sábado, 29 de setembro de 2018

Lavalleja e o Juramento dos 33 Orientais, Uruguai (El Juramento de los Treinta y Tres Orientales) - Juan Manuel Blanes





Lavalleja e o Juramento dos 33 Orientais, Uruguai (El Juramento de los Treinta y Tres Orientales) - Juan Manuel Blanes
Museu Nacional de Artes Visuais, Montevidéu, Uruguai
OST - 311x564 - Entre 1875 e 1878



Trinta e Três Orientais (em castelhano Treinta y Tres Orientales) é o nome do movimento encabeçado por Juan Antonio Lavalleja e apoiado pelas Províncias Unidas do Rio da Prata para libertação do território da Província Cisplatina do domínio do Império do Brasil.
Em 15 de abril de 1825, Juan Antonio Lavalleja e seus homens embarcaram em San Isidro, localidade na costa do Rio da Prata a poucos quilômetros de Buenos Aires, avançaram cuidadosamente pelas ilhas do delta do Paraná evitando a vigilância da frota do Império do Brasil, cruzaram à noite o Rio Uruguai em duas lanchas e desembarcaram na Praia de La Agraciada, também conhecida como "Arenal Grande", na madrugada do dia 19 de abril.
Ali desfraldaram a bandeira de três listas horizontais vermelha, azul e branca, cores tradicionalmente usadas desde os tempos de Artigas, não apenas na Província Oriental, mas também em outras da região riopratense.
O número dos expedicionários de 1825 tem sido objeto de diversas controvérsias a partir da existência de várias listas de integrantes, publicadas entre 1825 e 1832. Embora o número de 33 seja oficialmente aceito, os nomes diferem de uma lista para outra. Isso se deve ao fato de que seus redatores também incorriam em confusões devido aos apelidos de alguns dos integrantes da expedição. Além disso, deve somar-se o fato das deserções de alguns, o que fez com que seus nomes não fossem incluidos posteriormente.
Vale dizer que nem todos eram orientales (isto é, habitantes da região ao leste do Rio Uruguai), já que haviam em suas fileiras vários argentinos e paraguaios.
É relevante saber que os líderes libertadores pertenciam à loja Los Caballeros Orientales, que usavam simbolicamente o número 33, grau supremo da maçonaria.
Muito tempo depois, em 1877, o sucesso seria retratado pelo pintor Juan Manuel Blanes. Blanes freqüentava os temas históricos em sua produção e realizou uma reconstrução pormenorizada dos caracteres fisionômicos dos protagonistas, entrevistando a alguns sobreviventes e recolhendo uma apreciável quantidade de informação.

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