domingo, 16 de setembro de 2018

Tribuna dos Uffizi, Florença, Itália (Tribuna degli Uffizi) - Johann Zoffany


Tribuna dos Uffizi, Florença, Itália (Tribuna degli Uffizi) - Johann Zoffany
Florença - Itália
Royal Collection Trust Castelo de Windsor
OST - 123x155 - 1776


A Tribuna dos Uffizi (Tribuna degli Uffizi, em italiano) é uma pintura a óleo sobre tela, pintada em 1776 pelo pintor alemão Johann Zoffany, figura prestigiosa entre os artistas estrangeiros radicados em Florença, e que retrata a Tribuna, uma sala de forma octogonal situada na seção nordeste da Galleria degli Uffizi, e que Mark Twain designou como "a mais pequena galeria mais visitada que existe no mundo".
A pintura atualmente faz parte da Royal Collection e constitui a imagem símbolo dos frequentadores dos salões no século XVIII, quando, a partir de 1765, os Uffizi se abrem oficialmente ao público.
Após ter conquistado notoriedade em Londres, em particular junto a Família Real, o pintor alemão Johann Zoffany viajou para Florença no verão de 1772, onde permanece até 1779, para pintar a Galleria degli Uffizi por encomenda da Rainha Carlotta, mulher de Jorge III e que nunca esteve em Itália.
O preço acordado para a pintura foi de 300 libras esterlinas, uma grande soma para a época.
A pintura reproduz as obras de arte expostas na Tribuna e que podem ser identificadas na sua maior parte. 
Algumas das obras foram mais tarde deslocadas para outros locais e museus. Por exemplo, algumas estátuas romanas antigas da coleção Médici são exibidas nos corredores principais da Galleria degli Uffizi, enquanto vários pequenos bustos estão na Villa Corsini a Castello ou no Museu Arqueológico Nacional de Florença, juntamente com obras etruscasegípcias ou gregas. Uma pequeno grupo de obras da Renascença está localizado no Museu Nacional do Bargello.
Zoffany modificou a disposição das obras em relação à instalação original da galeria e juntou sete quadros pertencentes à coleção Médici, emprestados temporariamente para a pintura pelo Palazzo Pitti por concessão especial graças ao pedido do conde George Clavering-Cowper e do baronete Sir Horace Mann. Desta forma, Zoffany teve a oportunidade de retratar "in situ" tais obras, incluindo a Virgem da Cadeira de Rafael.
Em sinal de gratidão pela intercessão deles, Zoffany retrata Mann e Cowper, este absorto na contemplação da sua última aquisição, a Grande Virgem de Cowper de Rafael, que foi mais tarde adquirida pela Galeria Nacional de Arte de Washington, e talvez por isso colocada em posição proeminente na pintura.
A tela tornou-se o emblema do Grand Tour também pela fama de alguns dos personagens que representa. Em frente da Vênus de Ticiano, podem-se identificar Thomas Patch e Sir Horace Mann. O primeiro era pintor, mas também antiquário e copista, e o segundo residente inglês e, portanto, figura oficial da colônia inglesa em Florença.
Todos os personagens representados estão identificados sendo especialistas de arte, diplomatas e visitantes e fazem desta pintura uma combinação de conversation piece, de retrato de gênero britânico e da tradicional pintura flamenga do século XVII de vistas de galerias e de gabinetes de curiosidades
Na pintura, Pietro Bastianelli, curador da Galleria degli Uffizi, mostra a Vênus de Urbino a John Gordon, cuja coleção é conhecida graças a um texto de John Chambers de 1829.
Diante do quadro da Vênus de Ticiano estão Thomas Patch, de pé, e Felton Hervey, sentado, em conversa com Sir John Taylor e Sir Horace Mann. Felton Hervey, detentor de uma prestigiosa coleção de arte, estava entre os britânicos com acesso à corte sendo retratado em primeiro plano, mas morrerá antes do regresso a Inglaterra de Zoffany.

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