Tribuna dos Uffizi, Florença, Itália (Tribuna degli Uffizi) - Johann Zoffany
Florença - Itália
Royal Collection Trust Castelo de Windsor
OST - 123x155 - 1776
A Tribuna dos Uffizi (Tribuna degli Uffizi, em italiano) é uma
pintura a óleo sobre tela, pintada em 1776 pelo pintor alemão Johann Zoffany, figura prestigiosa entre os artistas
estrangeiros radicados em Florença, e que retrata a Tribuna, uma
sala de forma octogonal situada na seção nordeste da Galleria degli Uffizi, e
que Mark Twain designou como "a mais pequena galeria
mais visitada que existe no mundo".
A
pintura atualmente faz parte da Royal Collection e constitui a imagem símbolo dos
frequentadores dos salões no século XVIII, quando, a partir de 1765, os Uffizi se
abrem oficialmente ao público.
Após
ter conquistado notoriedade em Londres, em particular junto a Família Real, o
pintor alemão Johann Zoffany viajou para Florença no verão de
1772, onde permanece até 1779, para pintar a Galleria degli Uffizi por encomenda
da Rainha Carlotta,
mulher de Jorge III e que nunca
esteve em Itália.
O
preço acordado para a pintura foi de 300 libras esterlinas, uma grande soma para a época.
A
pintura reproduz as obras de arte expostas na Tribuna e que podem ser
identificadas na sua maior parte.
Algumas
das obras foram mais tarde deslocadas para outros locais e museus. Por exemplo,
algumas estátuas romanas antigas da coleção Médici são exibidas nos corredores
principais da Galleria degli Uffizi, enquanto vários pequenos bustos estão na Villa Corsini a Castello ou
no Museu
Arqueológico Nacional de Florença, juntamente com obras etruscas, egípcias ou gregas. Uma pequeno grupo de obras da Renascença está localizado no Museu Nacional do Bargello.
Zoffany
modificou a disposição das obras em relação à instalação original da galeria e
juntou sete quadros pertencentes à coleção Médici, emprestados temporariamente para a pintura pelo Palazzo Pitti por concessão especial graças ao pedido do
conde George Clavering-Cowper e do baronete Sir Horace Mann. Desta forma,
Zoffany teve a oportunidade de retratar "in situ" tais obras,
incluindo a Virgem da Cadeira de Rafael.
Em
sinal de gratidão pela intercessão deles, Zoffany retrata Mann e Cowper, este
absorto na contemplação da sua última aquisição, a Grande Virgem de
Cowper de Rafael, que foi mais tarde adquirida pela Galeria Nacional de Arte de Washington, e talvez por isso colocada em posição proeminente
na pintura.
A
tela tornou-se o emblema do Grand Tour também pela fama de alguns dos personagens que
representa. Em frente da Vênus de Ticiano, podem-se identificar Thomas Patch e Sir Horace Mann. O
primeiro era pintor, mas também antiquário e copista, e o segundo residente
inglês e, portanto, figura oficial da colônia inglesa em Florença.
Todos os personagens representados estão identificados sendo especialistas de arte,
diplomatas e visitantes e fazem desta pintura uma combinação de conversation piece, de
retrato de gênero britânico e da tradicional pintura flamenga do século XVII de vistas de galerias e de gabinetes de curiosidades.
Na
pintura, Pietro Bastianelli, curador da Galleria degli Uffizi, mostra a Vênus de Urbino a
John Gordon, cuja coleção é conhecida graças a um texto de John Chambers de
1829.
Diante
do quadro da Vênus de Ticiano estão Thomas
Patch, de pé, e Felton Hervey, sentado, em conversa com Sir John Taylor e Sir
Horace Mann. Felton Hervey, detentor de uma prestigiosa coleção de arte,
estava entre os britânicos com acesso à corte sendo retratado em primeiro
plano, mas morrerá antes do regresso a Inglaterra de Zoffany.
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