Monumento "Glória Imortal aos Fundadores de São Paulo", São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Foto Postal Colombo N. 116
Fotografia - Cartão Postal
"Glória Imortal aos Fundadores de São Paulo" consiste
de um grande pedestal em granito cinza Mauá, de onde parte uma coluna em
granito rosa polido. No alto, uma figura feminina em bronze representa a Cidade
de São Paulo coroando seus fundadores. Na mão direita, traz uma tocha, símbolo
de amor eterno; na esquerda, um ramo de louros e uma foice, simbolizando a
glória e o trabalho. A altura total do monumento é de 25,75m. Está implantada
no Pateo do Colégio, considerado o berço da cidade.
Nas quatro faces do pedestal, baixo-relevos em bronze mostram aspectos dos primeiros tempos da vila: a catequese, destacando o trabalho do Padre Anchieta; a primeira missa, celebrada pelo Padre Manoel de Paiva em 25 de janeiro de 1554, dia da Conversão de São Paulo; a defesa da vila pelo cacique Tibiriçá; a embaixada de paz por Anchieta e Manoel da Nóbrega junto aos índios Tamoios. Na base da coluna, figuras de bronze em alto-relevo representam os indígenas em trabalho braçal, erguendo as primeiras casas da vila e a igreja, sob as ordens do Padre Afonso Braz. Alguns carregam, às costas, cestos com terra e potes de água, ao passo que outros amassam a terra para formar a taipa. Pouco abaixo do alto-relevo, medalhões, também em bronze, estampam os perfis de autoridades da época: Martim Afonso de Souza, fundador da Vila de São Vicente; Mem de Sá, Governador Geral do Brasil de 1558 a 1572; Dom João III, Rei de Portugal entre 1521 e 1557; e o Papa Júlio III (1550 - 1555). Entre os medalhões, vinhas e folhas de bronze, em relevo, completam a ornamentação.
O jornal O Estado de S. Paulo publicou, em 1909, o edital do concurso para a seleção do melhor projeto de um "Monumento Comemorativo da Fundação de São Paulo", que perpetuasse a memória da fundação e homenageasse Anchieta, Nóbrega e Tibiriçá.
A comissão encarregada dos trabalhos era formada por figuras eminentes da sociedade paulistana, como Antonio Prado, M. A. Duarte de Azevedo, Júlio de Mesquita, Ramos de Azevedo, Adolpho Augusto Pinto, Cezar Lacerda Vergueiro e Eduardo Vergueiro de Lorena. Ao vencedor do concurso, o edital previa o pagamento de um prêmio de trinta contos de réis. Sete escultores inscreveram seus projetos: Correa Lima, Eduardo de Sá, E. Bertozzi, Nicolina Vaz de Assis, Amadeu Zani e a dupla Lorenzo Petrucci - Benedito Calixto.
Em abril de 1911, o Prefeito Raymundo Duprat autorizou a entrega de um auxílio de oitenta contos de réis, em três prestações iguais, pagas nos anos de 1911 e 1913, à comissão encarregada da escolha do melhor projeto e da execução do monumento, para o pagamento das despesas necessárias. O projeto vencedor foi o do escultor de origem italiana Amadeu Zani (Canda, 1869 - Niterói, RJ, 1944), que foi a Roma executá-lo, lá permanecendo entre 1911 e 1913.
As peças em bronze foram fundidas pela empresa Orestes Bongirolami, em Roma, na Itália, e em seguida remetidas ao Brasil. A revista A Cigarra, em sua edição de 21 de abril de 1915, publicava uma nota sobre o monumento, na qual o redator afirmava ter visto as peças, "através de enormes engradados, nos armazéns do Sr. C. P. Vianna, no Braz". Nesse armazém, as partes em bronze permaneceram durante muitos anos, para tristeza de Zani.
Por decisão da Câmara Municipal, providenciou-se a implantação do monumento no centro do então largo do Palácio, em 1922, pondo fim a uma situação que se arrastava havia anos, à espera de reformas no alinhamento do Palácio do Governo, demolido posteriormente para dar lugar ao edifício ocupado pelo Museu Padre Anchieta. A cerimônia de inauguração ocorreu no dia 11 de junho de 1925.
Sob a justificativa de protegê-lo da ação de vândalos, o monumento foi cercado por grades em 1988, situação ironicamente criticada pelo próprio escultor já no seu projeto de 1909. Zani previa a construção de "um amplo terraço que, contrariamente ao inveterado hábito de interdir o monumento da aproximação do público por meio de grades será accessível..."
A remoção das grades, em 2002, deu início a um processo de recuperação daquele bem. O minucioso restauro em 2004, associado a outras ações de revitalização do Pateo do Colégio e às comemorações pelos 450 anos da cidade, reintegrou o monumento ao logradouro e à cidade.
Nas quatro faces do pedestal, baixo-relevos em bronze mostram aspectos dos primeiros tempos da vila: a catequese, destacando o trabalho do Padre Anchieta; a primeira missa, celebrada pelo Padre Manoel de Paiva em 25 de janeiro de 1554, dia da Conversão de São Paulo; a defesa da vila pelo cacique Tibiriçá; a embaixada de paz por Anchieta e Manoel da Nóbrega junto aos índios Tamoios. Na base da coluna, figuras de bronze em alto-relevo representam os indígenas em trabalho braçal, erguendo as primeiras casas da vila e a igreja, sob as ordens do Padre Afonso Braz. Alguns carregam, às costas, cestos com terra e potes de água, ao passo que outros amassam a terra para formar a taipa. Pouco abaixo do alto-relevo, medalhões, também em bronze, estampam os perfis de autoridades da época: Martim Afonso de Souza, fundador da Vila de São Vicente; Mem de Sá, Governador Geral do Brasil de 1558 a 1572; Dom João III, Rei de Portugal entre 1521 e 1557; e o Papa Júlio III (1550 - 1555). Entre os medalhões, vinhas e folhas de bronze, em relevo, completam a ornamentação.
O jornal O Estado de S. Paulo publicou, em 1909, o edital do concurso para a seleção do melhor projeto de um "Monumento Comemorativo da Fundação de São Paulo", que perpetuasse a memória da fundação e homenageasse Anchieta, Nóbrega e Tibiriçá.
A comissão encarregada dos trabalhos era formada por figuras eminentes da sociedade paulistana, como Antonio Prado, M. A. Duarte de Azevedo, Júlio de Mesquita, Ramos de Azevedo, Adolpho Augusto Pinto, Cezar Lacerda Vergueiro e Eduardo Vergueiro de Lorena. Ao vencedor do concurso, o edital previa o pagamento de um prêmio de trinta contos de réis. Sete escultores inscreveram seus projetos: Correa Lima, Eduardo de Sá, E. Bertozzi, Nicolina Vaz de Assis, Amadeu Zani e a dupla Lorenzo Petrucci - Benedito Calixto.
Em abril de 1911, o Prefeito Raymundo Duprat autorizou a entrega de um auxílio de oitenta contos de réis, em três prestações iguais, pagas nos anos de 1911 e 1913, à comissão encarregada da escolha do melhor projeto e da execução do monumento, para o pagamento das despesas necessárias. O projeto vencedor foi o do escultor de origem italiana Amadeu Zani (Canda, 1869 - Niterói, RJ, 1944), que foi a Roma executá-lo, lá permanecendo entre 1911 e 1913.
As peças em bronze foram fundidas pela empresa Orestes Bongirolami, em Roma, na Itália, e em seguida remetidas ao Brasil. A revista A Cigarra, em sua edição de 21 de abril de 1915, publicava uma nota sobre o monumento, na qual o redator afirmava ter visto as peças, "através de enormes engradados, nos armazéns do Sr. C. P. Vianna, no Braz". Nesse armazém, as partes em bronze permaneceram durante muitos anos, para tristeza de Zani.
Por decisão da Câmara Municipal, providenciou-se a implantação do monumento no centro do então largo do Palácio, em 1922, pondo fim a uma situação que se arrastava havia anos, à espera de reformas no alinhamento do Palácio do Governo, demolido posteriormente para dar lugar ao edifício ocupado pelo Museu Padre Anchieta. A cerimônia de inauguração ocorreu no dia 11 de junho de 1925.
Sob a justificativa de protegê-lo da ação de vândalos, o monumento foi cercado por grades em 1988, situação ironicamente criticada pelo próprio escultor já no seu projeto de 1909. Zani previa a construção de "um amplo terraço que, contrariamente ao inveterado hábito de interdir o monumento da aproximação do público por meio de grades será accessível..."
A remoção das grades, em 2002, deu início a um processo de recuperação daquele bem. O minucioso restauro em 2004, associado a outras ações de revitalização do Pateo do Colégio e às comemorações pelos 450 anos da cidade, reintegrou o monumento ao logradouro e à cidade.
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