Gárgulas, Quimeras, Catedral de Notre-Dame de Paris, França
Paris - França
N. 19, 16, 73, 145, 149, 183, 237, 239, 241, 242, 243, 350, 449, 1172, 1185, 1189, 1190, 1194, 1196, 1198, 1701, 1760, 2027, 2053, 2544
Série de postais com os gárgulas da Catedral de Notre-Dame
Fotografia - Cartão Postal
As gárgulas, na arquitetura,
são desaguadouros, ou seja, são a parte saliente das calhas de telhados que
se destina a escoar águas pluviais a certa distância da parede e que, especialmente na Idade
Média, eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas,
comumente presentes na arquitetura gótica.
Acredita-se que as gárgulas eram colocadas nas catedrais medievais para indicar que o demônio nunca dormia, exigindo a vigilância
contínua das pessoas, mesmo nos locais sagrados.
Uma quimera, ou uma figura grotesca, é um tipo de escultura
similar que não funciona como desaguadouro e serve apenas para funções
artísticas e ornamentais. Elas também são popularmente conhecidas como
gárgulas.
O termo gárgula é majoritariamente aplicado ao trabalho
medieval, mas através das épocas alguns significados, como o de escoar a água do
telhado, quando não conduzidos por goteiras, foram adotados. No antigo
Egito, as gárgulas escoavam a água usada para lavar os vasos sagrados, o
que aparentemente precisava ser feito no telhado plano dos templos. Nos
templos gregos, a água dos telhados passava através da boca
de leões os quais eram esculpidos ou modelados em mármore ou terracota na cornija.
Em Pompeia,
muitas gárgulas de terracota que foram encontradas eram modeladas na forma de
animais.
Uma lenda francesa gira em torno do nome de São Romano,
primeiro chanceler do rei merovíngio Clotário
II, que foi feito bispo de Ruão. A história
relata como ele e mais um prisioneiro voluntário derrotaram
"Gárgula", (La Gargouille), um dragão-do-rio
(ou serpente-do-rio) que vivia nos pântanos da margem esquerda no rio Sena,
em Ruão,
e que afundava os barcos e comia as pessoas e os animais da região. Um dia, o
bispo atraiu a Gárgula para fora do rio com um crucifixo, e
usando seu lenço como cabresto, levou o monstro até à praça principal. Lá, os
aldeões a queimaram até a morte.
Apesar da maioria ser figuras grotescas, o termo gárgula inclui
todo o tipo de imagem. Algumas gárgulas são esculpidas como monges, outras
combinando animais reais e pessoas, e muitas são cômicas.
Gárgulas, ou mais precisamente quimeras, foram usadas na
decoração no século XIX e no começo do século XX em construções de cidades
como Nova York e Chicago.
Gárgulas podem ser encontrados em muitas igrejas e prédios.
Uma das mais impressionantes coleções de gárgulas modernas pode
ser encontrada na Catedral Nacional de Washington,
nos Estados Unidos. A catedral iniciada em 1908 é encrustada com quimeras em
pedra calcária. No século XX, o neogótico produziu
muitas gárgulas modernas, notavelmente na Universidade de Princeton, Universidade
de Duke e na Universidade de Chicago.

























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