Honda Civic SI, Brasil
Fotografia
Lançado em 2007, o Honda
Civic Si entrou imediatamente para o rol dos melhores esportivos nacionais. Boa
parte desse prestígio se deve aos seus atributos mecânicos, com especificações
exclusivas de motor, câmbio, suspensão e freios, que garantem muito prazer ao
volante.
Destaque para o motor K20 de 2 litros com
duplo comando de válvulas, que resultam em 192 cv a 7.800 rpm e 19,2 mkgf a
6.100 rpm. Mas o sistema de variação de válvulas i-VTEC atinge 18 mkgf a apenas
2.500 rpm, favorecendo a dirigibilidade e o consumo de 8 km/l na cidade e 13,1
na estrada.
O câmbio de seis marchas e o peso/potência
de apenas 6,8 kg/cv garantem o 0 a 100 km/h em 7,9 s e a máxima declarada de
232 km/h. Mas esqueça os números: bom mesmo é sentir o coice do i-VTEC pouco
antes dos 6.000 rpm e o ronco acima dos 8.000 rpm.
A estabilidade é favorecida pelo
diferencial autoblocante, e o comportamento dinâmico é neutro com tendência ao
sobresterço, com intrusão mínima do controle de estabilidade e tração, que pode
ser desligado. Os freios são muito eficientes e a suspensão firme não
sacrifica o conforto.
Sua decoração externa exibe uma
agressividade discreta, com pintura vermelha, preta ou prata. O aerofólio
traseiro está sempre presente, bem como as exclusivas rodas de 17 polegadas com
pneus 215/45, a ponteira de escape cromada e a elegante inscrição “i-VTEC” nas
laterais.
O interior segue o mesmo padrão, com
bancos esportivos revestidos de tecido preto, pedais de alumínio, volante
multifuncional de couro, painel de instrumentos com iluminação vermelha e
shift-light ao lado do velocímetro, para indicar o melhor momento para a troca
das marchas.
Mas nem tudo são flores: pela idade do
projeto, pode esquecer a conectividade, pois nunca houve oferta de central
multimídia. Outro defeito grave da oitava geração é o espaço do porta-malas,
limitado a irrisórios 340 litros (insuficiente para uma família com dois
filhos).
O mercado costuma valorizar mais os
modelos 2009 em diante, já com o leve retoque de estilo na dianteira e oferta
de airbags laterais. Mas o mais importante é a procedência: trata-se de um
esportivo que deixou de ser feito há quase dez anos.
Não é fácil encontrar um Si abaixo dos
100.000 km. A enorme tolerância do modelo ajuda a suportar abusos nas ruas,
estradas e autódromos, mas é preciso critério na avaliação antes de fechar
negócio.
“Além de ter peças caras, o motor K20
exige cuidados específicos: uma retífica de cabeçote bem feita não sai por
menos de R$ 7.000 entre peças, fluidos e mão de obra.
Uma retífica completa
pode facilmente chegar aos R$ 20.000”, explica o preparador Diogo Oliveira,
especialista em Honda.
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