Monumento à Independência, Ipiranga, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Uma das mais belas recordações históricas de São Paulo, o
Monumento à Independência, homenageia um importante momento vivido pelo nosso
país no ano de 1822. Criado no ano de 1922 como parte das comemorações do
centenário da emancipação política nacional, a linda estátua surgiu de uma
maneira curiosa: um concurso, organizado pelo estado, pedindo a participação de
artistas brasileiros e estrangeiros que apresentaram diversos projetos e
maquetes.
Os finalistas se apresentaram no Palácio das Indústrias e o
meio intelectual brasileiro fez várias críticas à realização do concurso,
contestando, inclusive, a participação de estrangeiros e, até mesmo, a
composição da comissão julgadora dos projetos. Passados esses momentos de
tensão, o país ficou sabendo que Ettore Ximenes, um artista italiano, saiu
vencedor do concurso sem ter a aprovação unânime da comissão que pediu algumas
alterações para inserir elementos representativos da história nacional.
O projeto do italiano foi alterado e alguns episódios e
personalidades acabaram incluídas na obra. Lembranças da Revolução Pernambucana
de 1817, a Inconfidência Mineira de 1789, as figuras de José Bonifácio de
Andrada e Silva, Hipólito da Costa, Diogo Antônio Feijó e Joaquim Gonçalves
Ledo, principais articuladores do movimento.
Mesmo sem estar concluído, o monumento foi inaugurado no dia 7
de setembro de 1922, ficando completamente pronto somente quatro anos depois.
Com o passar dos anos, o monumento sofreu acréscimos: em 1953, uma cripta foi
construída em seu interior, onde foram depositados os restos da Imperatriz
Leopoldina um ano depois; em 1972, os restos de Dom Pedro I chegaram ao local
e, em 1984, os restos de D. Amélia, a segunda imperatriz do Brasil se juntou
aos outros dois. Vale o destaque que, alguns desses acréscimos, foram sugeridos
por nomes como: Ramos de Azevedo, Adolfo A. Pinto e Vitor Freire.
No ano 2000, a fim de criar um espaço de visitação pública ao
interior da obra, a estátua foi mais uma vez modificada através do Departamento
do Patrimônio Histórico (DPH). O trabalho foi focado nas alterações
dentro do monumento e foram concebidos novos acessos da Capela Imperial,
construção da escada, sanitários, áreas de apoio e serviços.
Externamente foram restaurados os grupos escultóricos do
monumento. O painel em alto-relevo, “Independência ou Morte”, recebeu
intervenção interna e externa. Texto do blog São Paulo in Foco.
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