Casa da Cultura Luiz Gonzaga, Recife, Pernambuco, Brasil
Recife - PE
Edicard
Fotografia - Cartão Postal
Localizada às margens do Rio Capibaribe, a Casa da Cultura Luiz
Gonzaga é um dos maiores polos de comercialização de artesanato do Recife e um
dos cartões postais do estado. O imponente prédio onde está instalada foi
construído para abrigar a antiga Casa de Detenção do Recife, que permaneceu por
mais de um século como a mais importante penitenciária de Pernambuco. Hoje, as
antigas celas são ocupadas por lojas, associações culturais e lanchonetes. A
Casa conta ainda com teatro e anfiteatro que acolhem ações formativas e
espetáculos de teatro, música e dança promovidas ou apoiadas pelo Governo do
Estado através da Fundarpe.
Inaugurada no dia 25 de abril de 1855, a antiga Casa de
Detenção do Recife é uma das maiores edificações do século XIX, localizada
próximo a duas expressivas obras desse século: a Estação Ferroviária do Recife
e a Ponte 6 de Março (mais conhecida como a Ponte Velha). O projeto original é
de autoria do engenheiro e urbanista José Mamede Alves Ferreira, responsável
por outras obras importantes na cidade, como o Hospital Pedro II e o Ginásio
Pernambucano. A construção de Mamede segue o modelo “panopticon”, obedecendo
aos padrões tradicionais de segurança das penitenciárias da época.
Após funcionar 118 anos como presídio, em 1973 o então
governador Eraldo Gueiros Leite determinou o fechamento da Casa de Detenção do
Recife. No mesmo ano, um plano de restauração do edifício foi elaborado e a
partir de 14 de abril de 1976 o prédio se tornou a Casa da Cultura de
Pernambuco. Essa mudança de penitenciária para centro cultural havia sido
idealizada e planejada cerca de dez anos antes, pelo artista plástico Francisco
Brennand, na época em que era o chefe da Casa Civil do Governo do Estado.
Convidados por Brennand, a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi e o
arquiteto Jorge Martins Júnior foram os responsáveis pela elaboração do projeto
de renovação e adequação do edifício.
A Casa da Cultura abriga dois painéis do pintor pernambucano
Cícero Dias, que representam a Revoluções Pernambucanas de 1817 e 1824. Além do
Teatro Clênio Wanderley, do Palco Nelson Ferreira e mais de 110 lojas de arte e
artesanato, a Casa é endereço da sede de movimentos, associações e sindicatos
como o Movimento Negro Unificado, Anistiados Políticos, Sindicato de Artesãos
da Região Metropolitana do Recife e de Pernambuco.

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