domingo, 20 de agosto de 2017

Noite Estrelada sobre o Ródano, Arles, França (La Nuit Étoilée / Starry Night Over the Rhône) - Vincent van Gogh

                                     
Noite Estrelada sobre o Ródano, Arles, França (La Nuit Étoilée / Starry Night Over the Rhône) - Vincent van Gogh
Arles - França
Museu D'Orsay, Paris, França
OST - 72x92 - 1888


Noite Estrelada Sobre o Ródano é uma pintura de 1888 do pintor holandês Vincent van Gogh. O quadro foi pintado após a sua mudança para Arles, no sul da França, nove meses antes de ser hospitalizado e dois anos antes de cometer suicídio. Em Arles, van Gogh produziu outras obras famosas, como Quarto em Arles e Terraço do Café à Noite.
Atualmente a obra está exposta no Musée d'Orsay, em Paris, França. Ela foi exposta pela primeira vez em 1889 Salon des Artistes Independants.
A obra retrata a paisagem vista à noite à beira do Ródano, um importante rio europeu. Van Gogh descreveu para seu irmão Théo em uma carta o quadro:
“Incluí um pequeno esboço de uma tela quadrada de 30, o céu estrelado finalmente é pintado à noite, mesmo sob um lampião de gaz. O céu é azul verde, a água é azul real e o chão é malva. A cidade é azul e violeta e a luz do lampião é amarela com reflexos dourado, descendo até o bronze esverdeado. Sobre o campo azul esverdeado do céu a ursa maior tem uma cintilação verde rosa, cuja palidez discreta contrasta com o dourado do brutal lampião. Duas figuras de namorados estão no primeiro plano... eu não ficaria surpreso se você gostasse da Noite Estrelada, é mais calma do que outras telas... se o trabalho andasse sempre assim eu teria menos inquietações com dinheiro, pois as pessoas veriam mais facilmente que a técnica continua a ser cada vez mais harmoniosa. Mas este maldito mistral é bem incômodo para eu dar pinceladas que se portem bem e se entrelacem com sentimento... me faz bem fazer qualquer coisa difícil, mas isso não muda de forma alguma a minha imensa necessidade de religião, então saio para o ar livre da noite e pinto as estrelas, sonhando sempre com a imagem de um grupo de figuras simpáticas e animadas...”
Atualmente se sabe que vista do retrato é longe da Ursa Major, que é para o norte. É possível que o esboço enviado para o seu irmão fosse baseado na composição original.
Quando sinto uma terrível necessidade de religião, saio à noite para pintar as estrelas (Van Gogh)
Van Gogh se mudou para Arles em busca de luz e cor para suas obras. No lugar, a vivacidade cromática dos astros e estrelas o encantaram e chegou a dizer que estava “terrivelmente fascinado pelo problema de pintar cenas ou efeitos noturnos no local, ou melhor, à noite.” De acordo com biógrafos, para que ele pudesse pintar o céu de forma mais real possível, apenas com o efeito do gás dos lampiões da cidade, ele sentou à beira do rio Ródano e improvisou um candelabro colando velas em seu chapéu de palha. Neste momento, sua obra se mostra mais perto do Expressionismo.
De acordo com alguns críticos de arte, a representação das estrelas seriam uma expressão do eu lírico do pintor.
Apesar de todo esplendor cromático encontrado na obra, o quadro apresenta um certa calmaria, diferente de outras obras do pintor, carregadas de perturbação mental, como a famosa Noite Estrelada. Ele chegou a escrever ao seu irmão dizendo que se seus quadros tivessem todos esta calma, haveria público para as suas obras. Porém, foi durante este período que após uma crise nervosa e uma discussão com Gaughin, o artista cortou parte de sua própria orelha.
Estou terrivelmente fascinado pelo problema de pintar cenas ou efeitos noturnos no local, ou melhor, à noite. (Van Gogh)
No azul profundo as estrelas eram cintilantemente esverdeadas, amarelas, brancas, cor-de-rosa, de um brilhante mais vítreo do que em casa – mesmo em Paris: chame-se-lhes opalas, esmeraldas, lápis lazuli, rubis, safiras. Certas estrelas são amarelo-limão, outras têm um rubor rosa, ou um verde ou azul ou um brilho que não se esquece. E, sem querer alargar-me neste assunto, torna-se suficientemente claro que colocar pequenos pontos brancos numa superfície azul-preta não basta. (Carta de Van Gogh a Theo em 19 de junho de 1888)
Nos últimos anos de sua vida, o pintor holandês demonstrou um grande interesse pelos céus noturnos. Dizem que nutria grande interesse pela astronomia, sendo um leitor assíduo de uma revista com tal tema. Em uma de suas cartas ao irmão Theo, ele fala com grande entusiasmo sobre as cores e cintilações das estrelas e outros corpos celestes. E, segundo algumas fontes, quanto mais ele questionava a relação entre o homem e o Cosmo, mais se interessava por tal ciência.
A tela Noite Estrelada sobre Ródano foi pintada em Arles, sul da França, para onde Van Gogh mudou-se em busca de luz e cor, nove meses antes de se internar. Apesar da exuberância das cores azul e amarela, vistas na pintura acima, tudo se mostra calmo e esplendoroso com as luzes naturais, vindas das estrelas, e a luz dourada das casas refletindo-se no rio. As ondulações da água trazem um clima romântico. O impacto visual causado é imediato, estabelecendo uma magia entre a pintura e o observador.
Esta cena noturna baseou-se, segundo os pesquisadores, numa experiência comovente da escuridão sem fim, que Van Gogh descreve numa carta ao irmão:
Uma vez fui dar um passeio pela praia deserta, à noite. Não foi alegre, nem triste – foi belo.
O Ródano (francês Rhône) é um importante rio europeu que tem sua nascente na Suíça e acaba seu curso na França, onde desagua no mar Mediterrâneo. É o rio francês mais caudaloso e o mais importante rio europeu a desaguar no Mediterrâneo.
Starry Night Over the Rhône (September 1888, French: Nuit étoilée sur le Rhône) is one of Vincent van Gogh's paintings of Arles at nighttime. It was painted at a spot on the bank of the Rhône that was only a one or two-minute walk from the Yellow House on the Place Lamartine which Van Gogh was renting at the time. The night sky and the effects of light at night provided the subject for some of his more famous paintings, including Cafe Terrace at Night (painted earlier the same month) and the later canvas from Saint-Rémy, The Starry Night.
A sketch of the painting is included in a letter van Gogh sent to his friend Eugène Boch on October 2, 1888.
Starry Night Over the Rhône, which is now in the Musée d'Orsay in Paris, was first exhibited in 1889 at Paris' annual exhibition of the Société des Artistes Indépendants. It was shown together with van Gogh's Irises, which was added by Vincent's brother, Theo, although Vincent had proposed including one of his paintings from the public gardens in Arles.
The view is from the quay (a waterside street) on the east side of the Rhône, into the knee of the river towards the western shore: coming down from the north, the Rhône turns to the right at this point to surround the rocks on which Arles is built. From the towers of Saint-Julien and Saint-Trophime at the left, the spectator follows the east bank up to the iron bridge connecting Arles to the suburb of Trinquetaille on the right, western bank. This implies a view from Place Lamartine towards the southwest.
Van Gogh announced and described this composition in a letter to his brother Theo:
Included a small sketch of a 30 square canvas - in short the starry sky painted by night, actually under a gas jet. The sky is aquamarine, the water is royal blue, the ground is mauve. The town is blue and purple. The gas is yellow and the reflections are russet gold descending down to green-bronze. On the aquamarine field of the sky the Great Bear is a sparkling green and pink, whose discreet paleness contrasts with the brutal gold of the gas. Two colorful figurines of lovers in the foreground.
In reality, the view depicted in the painting faces away from Ursa Major, which is to the north. The foreground indicates heavy rework, wet-in-wet, as soon as the first state was finished. The letter sketches executed at this time probably are based on the original composition.
The challenge of painting at night intrigued van Gogh. The vantage point he chose for Starry Night Over the Rhône allowed him to capture the reflections of the gas lighting in Arles across the glimmering blue water of the Rhône. In the foreground, two lovers stroll by the banks of the river. Depicting color was of great importance to Vincent; in letters to his brother, Theo, he often described objects in his paintings in terms of color. His night paintings, including Starry Night Over the Rhône, emphasize the importance he placed on capturing the sparkling colors of the night sky and of the artificial lighting that was new to the era.







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