São Paulo - SP
Fotografia
Em 1895, abriram-se na Câmara Municipal as discussões para a construção de um teatro dirigido às apresentações de ópera. Em 24 de janeiro de 1898 é aprovada a Lei nº 336 que estabelecia vantajosas condições para que teatros pudessem ser erguidos pela iniciativa privada. Por exemplo: isenção fiscal por 50 anos e desapropriação do terreno escolhido para a construção do teatro. Em 15 de fevereiro do mesmo ano é lançado o edital de concorrência pública para o empreendimento.
O arquiteto italiano Cláudio Rossi (também decorador e cenógrafo) era empresário e arrendatário do Theatro São José. Amigo pessoal do conselheiro Antônio da Silva Prado — o primeiro prefeito da cidade de São Paulo —, apresentou sua proposta, seguido por Francisco de Paula Ramos de Azevedo. Ficou acordado que o projeto e seu detalhamento estariam a cargo de Cláudio Rossi e do também italiano Domiziano Rossi. Ambos eram colaboradores frequentes de Ramos de Azevedo e não tinham nenhum parentesco. A execução da obra ficou sob a responsabilidade do Escritório Técnico Ramos de Azevedo.
O lugar escolhido para a construção foi o terreno no Morro do Chá, onde estava instalada a serraria do empresário alemão Gustavo Sydow. Por volta de 1902, o local é desapropriado e com a Lei nº 627 de 7 de Fevereiro de 1903 o prefeito recebe permissão para negociar com o estado a transferência do terreno para a municipalidade. Dois meses depois, a Câmara Municipal autoriza a construção do Theatro Municipal através da Lei nº 643 de 25 de Abril de 1903. As obras começaram em 26 de junho; em agosto, Cláudio Rossi viajou à Europa levando plantas do projeto e demais documentos relativos à construção para potenciais fornecedores dos itens de decoração, equipamentos e maquinários necessários. A histórica imagem, sem autoria e data definida, nos revela que utilizando os limitados recursos técnicos e materiais da época, a cidade inaugurou na noite de 12 de setembro de 1911, seu teatro definitivo, inspirado no Ópera de Paris.
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