Avenida de São Jerônimo, Belém, Pará, Brasil - George Huebner (Atribuída)
Belém - PA
Fotografia - Cartão Postal
A surpreendente história de uma
avenida que foi sem nunca deixar de ter sido. Que sumiu do mapa há quase 60
anos e continua presente no dia a dia dos moradores de Belém. Talvez uma das
únicas do mundo com dois nomes.
Lugar de poços que abasteciam de água
potável a Belém do século XIX, ganhou o primeiro nome por causa de um deles, o
que ficava no sítio Pau de Água, na então Estrada de Pau D’Água. E você deve
estar se perguntando...que história é essa?
O livro ‘Ruas de Belém’, de Ernesto
Cruz, diz que era “Estrada de Pau D’Água”, muito provavelmente por causa do
poço que ficava na esquina da Piedade e que abastecia Belém até metade do
século XIX.
O nome São Jerônimo, veio em seguida
como homenagem ao conselheiro Jerônimo Francisco Coelho, presidente e comandante
das armas no Pará em 1848, que abriu desde o Arraial de Nazaré, várias das ruas
e travessas que dariam origem ao bairro do Umarizal.
Antiga região de sítios, viria a
abrigar palacetes ao estilo europeu no final do século XX, bancados pela
riqueza da borracha como o de Augusto Montenegro, governador no início do
século XX, em frente à residência do Senador Virgílio Sampaio, ambos na esquina
da São Jerônimo com a Generalíssimo Deodoro.
Em 1907, ganha o sistema de bondes
elétricos e novos palacetes como o Bolonha e o Bibi Costa. O nome atual
homenageia o interventor federal Governador José Malcher, que chegou ao poder
em 1937, por ocasião da mudança do sistema político no Brasil.
A mudança ocorreu por decreto em
1956. Ganhou novo nome oficial, mas nunca perdeu o antigo.
É a avenida de dois nomes...tão presente e tão ausente do dia a dia da capital que ajudou a construir. Hoje, quando passar pela “São Jerônimo”, quer dizer, “José Malcher”, contemple esta história, conte para seus amigos, veja a beleza do casario e ajude a preservar a memória de Belém.
É a avenida de dois nomes...tão presente e tão ausente do dia a dia da capital que ajudou a construir. Hoje, quando passar pela “São Jerônimo”, quer dizer, “José Malcher”, contemple esta história, conte para seus amigos, veja a beleza do casario e ajude a preservar a memória de Belém.

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