domingo, 10 de novembro de 2019

Instituto de Psiquiatria Philippe Pinel, São Paulo, Brasil


Instituto de Psiquiatria Philippe Pinel, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Inaugurado em 1929 no bairro de Pirituba, surgiu por iniciativa do médico Antonio Carlos Pacheco e Silva. Batizado em homenagem ao médico francês Philippe Pinel, foi considerado o hospital psiquiátrico mais moderno da cidade, onde eram atendidos membros da alta sociedade paulistana. Então uma instituição privada, direcionava-se aos “nervosos, psicopatas e toxicômanos”.
Naquela época, reunia cerca de 120 pacientes — havia alguns casos curiosos, como o de um imigrante japonês de 60 anos diagnosticado com “vício em seu trabalho na lavoura”. O pensamento eugenista, comum no princípio do século XX, também levava à internação de homossexuais e de mulheres que apresentavam “interesse excessivo pela leitura”. O sanatório é objeto de uma dissertação de mestrado do linguista Antonio Ackel na Universidade de São Paulo (USP), em que ele analisa prontuários e cartas redigidos até o hospital tornar-se propriedade do estado, em 1944.
Nesse ano, as mulheres passaram a constituir uma grande parcela dos pacientes. Havia até um cassino, utilizado pelos maridos das internadas. Em 1984, o local tornou-se oficialmente de uso misto. A estrutura, que inclui seis pavilhões, o prédio da administração, a biblioteca e antigas residências médicas, foi tombada em 2018 pelo Condephaat, o conselho estadual de preservação do patrimônio histórico. Atualmente o centro emprega 460 funcionários e atende 500 pessoas, entre dependentes químicos e doentes mentais.
Construído na antiga Fazenda Anastácio, o CAISM - Philippe Pinel - completou no ano de 2015, 86 anos de existência e de atividades assistenciais à saúde mental junto à população. Ao longo desses anos o hospital passou por diversas transformações. Fundado no século passado, no ano de 1929 pelo Dr. Pacheco e Silva e outros, era chamado de Sanatório Pinel de caráter privado com objetivo de atender famílias com alto poder aquisitivo.
Em 29/08/1944 o Governo do Estado de São Paulo adquiriu o acervo social do Sanatório Pinel que passou a se chamar Hospital Psiquiátrico Pinel. Atendia pacientes de todas as camadas sociais, principalmente os de baixa renda, tornando-se então, uma instituição de pacientes crônicos voltados ao sexo feminino.
Nesta mesma época já existia a Chácara Paraíso que era uma extensão do Hospital Psiquiátrico Pinel, localizada na Vila Clarice a minutos do hospital. O Pinel era formado por 06 pavilhões femininos, já a Chácara Paraíso continha 03 pavilhões, sendo 02 femininos e 01 masculino, além de promover atividades ligadas a pesca e pecuária desenvolvida pelos próprios pacientes internos. No ano de 1976 a Chácara Paraíso teve encerrada as suas atividades na área da saúde, passando o espaço físico para outra esfera da administração pública. Somente em meados de 1984 o Hospital Psiquiátrico Pinel passou a atender pacientes do sexo masculino, tornando-se assim, um hospital misto.
Em 1998 iniciou-se um estudo por parte da Secretaria da Administração para implementação de um novo modelo organizacional, modificando o organograma atual, para que se tornasse um complexo hospitalar.
Em 16 de maio de 2008, com o decreto 53.004, o novo organograma hospitalar recebeu a aprovação do governo do Estado de São Paulo e o hospital tornou-se um Centro de Atenção Integrada em Saúde Mental (CAISM).
 Atualmente, o CAISM Philippe Pinel é um estabelecimento de saúde vinculado a Coordenadoria de Serviços de Saúde, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

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