sábado, 9 de novembro de 2019

Seção de Fermentação, Usina Central Barreiros, Barreiros, Pernambuco, Brasil


Seção de Fermentação, Usina Central Barreiros, Barreiros, Pernambuco, Brasil
Barreiros - PE
Fotografia - Cartão Postal


Situada ao sul do município de Barreiros, foi fundada entre 1885 e 1890, com o nome de Carassu, por João Carlos de Mendonça Vasconcelos e João Paulo Moreira Temporal. Sua capacidade de moagem era de vinte mil toneladas de cana esmagada por safra.
Foi desativada e substituída pela usina Central Barreiros, construída pela Companhia A. M. de Pernambuco, pertencente a Alfredo Osório e Estácio de Albuquerque Coimbra.
Em 1929, possuía vinte propriedades agrícolas, 28 quilômetros de ferrovia, quatro locomotivas e cinquenta vagões. O transporte da cana e da lenha era feito pela via férrea e caminhões e o do açúcar e do álcool por via marítima.
Durante a época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 180 operários. Toda a maquinaria da usina, com estrutura metálica, foi adquirida na Holanda. Comentava-se que era a usina mais moderna e eficiente da época. Tinha capacidade para trabalhar 500 toneladas de cana e fabricar 3.000 litros de álcool.
A exploração das terras era feita por arrendamento e administração direta da fábrica.
Com a morte de Estácio Coimbra, em 1937, a usina passou, por herança, para João Coimbra, Jaime Coimbra e outros irmãos que a administraram até ser adquirida pelo Grupo Carlos de Brito, da fábrica de doce Peixe, de Pesqueira.
Na década de 1950, a usina atingiu a produção anual de 650 mil sacos de açúcar de 60 quilos.
Por estar situada numa região sujeita a grandes intensidades de chuva, o que diminui o teor de sacarose, há uma preocupação da usina em cultivar variedades de cana com alto rendimento industrial.
De propriedade do Grupo Othon Bezerra de Melo, a Usina Central Barreiros faliu em 1999, quando tinha cerca de 5.000 trabalhadores, 20 hectares de terra e era a principal fonte de emprego e renda da região.

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