Seção de Fermentação, Usina Central Barreiros, Barreiros, Pernambuco, Brasil
Barreiros - PE
Fotografia - Cartão Postal
Situada ao sul
do município de Barreiros, foi fundada entre 1885 e 1890, com o nome de
Carassu, por João Carlos de Mendonça Vasconcelos e João Paulo Moreira Temporal.
Sua capacidade de moagem era de vinte mil toneladas de cana esmagada por safra.
Foi desativada
e substituída pela usina Central Barreiros, construída pela Companhia A. M. de
Pernambuco, pertencente a Alfredo Osório e Estácio de Albuquerque Coimbra.
Em 1929,
possuía vinte propriedades agrícolas, 28 quilômetros de ferrovia, quatro
locomotivas e cinquenta vagões. O transporte da cana e da lenha era feito pela
via férrea e caminhões e o do açúcar e do álcool por via marítima.
Durante a
época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 180 operários. Toda a
maquinaria da usina, com estrutura metálica, foi adquirida na Holanda.
Comentava-se que era a usina mais moderna e eficiente da época. Tinha
capacidade para trabalhar 500 toneladas de cana e fabricar 3.000 litros de
álcool.
A exploração
das terras era feita por arrendamento e administração direta da fábrica.
Com a morte de
Estácio Coimbra, em 1937, a usina passou, por herança, para João Coimbra, Jaime
Coimbra e outros irmãos que a administraram até ser adquirida pelo Grupo Carlos
de Brito, da fábrica de doce Peixe, de Pesqueira.
Na década de
1950, a usina atingiu a produção anual de 650 mil sacos de açúcar de 60 quilos.
Por estar
situada numa região sujeita a grandes intensidades de chuva, o que diminui o
teor de sacarose, há uma preocupação da usina em cultivar variedades de cana
com alto rendimento industrial.
De propriedade
do Grupo Othon Bezerra de Melo, a Usina Central Barreiros faliu em 1999, quando
tinha cerca de 5.000 trabalhadores, 20 hectares de terra e era a principal
fonte de emprego e renda da região.

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