Antigos Cofres Bancários de Depósito Noturno, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Caminhando pelo centro de São Paulo, principalmente pelas ruas
São Bento e 15 de novembro, é possível observar alguns cofres instalados na
parede externa de alguns dos edifícios. São os cofres para depósitos noturnos.
Estes cofres começaram a surgir em São Paulo nos primeiros anos
do século 20 e por décadas – até bem pouco tempo atrás – eram bastante
utilizados. No início atendiam principalmente a empresários e comerciantes
cujos estabelecimentos funcionavam até bem depois do horário de expediente
bancário.
A pessoa preparava um envelope, ou até mesmo um malote, e dirigia-se ao cofre do banco em que tinha conta,
fazendo o chamado depósito noturno. No dia seguinte um funcionário do banco
retira os depósitos por dentro do banco e fazia o crédito nas contas
correspondentes.
Em uma segunda fase da utilização dos depósitos noturnos, as
empresas de segurança é que passaram a utilizá-los, parando seus carros-fortes
diante deles e descarregando os malotes nos cofres. Com o passar dos anos e a
modernização das atividades bancárias e financeiras, os mecanismos de depósitos
noturnos foram caindo em desuso.
Com o tempo muitos dos chamados "recebedores automáticos" foram arrancados das paredes, mas ainda existem
vários espalhados pelas principais ruas do centro da cidade. Alguns deles,
inclusive, remetem a bancos que nem existem mais.
Os principais fabricantes de cofres para depósitos noturnos são
estrangeiros. As empresas Mosler e
Diebold são as mais encontradas, enquanto a marca Bernardini era a nacional
mais requisitada. Texto Douglas Nascimento.
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