Praça Antônio Pompeu / Clube Campineiro, Campinas, São Paulo, Brasil
Campinas - SP
Foto Postal Colombo N. 25
Fotografia - Cartão Postal
Notar o monumento-túmulo de granito ostentando em corpo inteiro a estátua em bronze do maestro, que se apresenta em atitude de regente de orquestra. Na base há uma figura de mulher, também em bronze, representando a cidade de Campinas. Obra do escultor Rodolfo Bernardelli.
Antônio Carlos Gomes nasceu em Campinas em 11 de julho de 1836. Filho e irmão de maestros, desde cedo revelou seus pendores musicais. Estimulado e amparado pelo Imperador D. Pedro II, frequentou o Conservatório Musical do Rio de Janeiro. Em 1861 regeu sua primeira ópera "A Noite do Castelo". Ainda no Rio de Janeiro compôs a sua segunda ópera, "Joana de Flandres" (1863), obtendo então uma bolsa para estudar na Itália. Diplomou-se como maestro-compositor no Conservatório de Milão em 1866. Alcançou o ápice da carreira artística com sua ópera "o Guarani", levada à cena no teatro Scala de Milão, em 1870. Escreveu ainda notáveis peças musicais, como as óperas "Fosca" (1873), "Salvador Rosa" (1874), "Maria Tudor" (1878), "O Escravo" (1.889), "Condor" (1891) e o poema "Colombo" (1892). É considerado o maior gênio musical das Américas. Morreu em Belém do Pará em 16 de setembro de 1896, sendo seu corpo trazido para Campinas, onde foi enterrado em seu monumento-túmulo em 2 de julho de 1905.
Sobre o Clube Campineiro: desde 1870, no local onde hoje está localizada a Delegacia de Polícia na Avenida Andrade Neves, existia uma raia onde realizavam-se corridas de cavalos.
Anos mais tarde, devido ao sucesso dessas corridas, foi fundada a Sociedade Campineira Clube de Corridas, um hipódromo com duas sedes: a urbana no antigo solar do Visconde de Indaiatuba, na Rua Barão de Jaguara, e a esportiva, no Bairro Bonfim.
No início dos anos 1890, devido a dificuldades financeiras, os dirigentes da sociedade resolveram separar a sede urbana da sede esportiva. Surgiram assim dois novos clubes: o Clube de Campinas (ou Clube de Corridas) e o Clube Campineiro, que permaneceu no solar do Visconde de Indaiatuba.
A sede própria do Clube Campineiro começou a ser erguida em 1914 na Praça Antônio Pompeu. Pouco tempo depois a construção foi paralisada, sendo retomada em 1923, sob responsabilidade do engenheiro Augusto Lefévre. As obras foram concluídas em 1925.
O prédio, com fachadas e decoração interior inspirado nos palacetes franceses do final do século 18, da zona urbana parisiense, segue linha muito utilizada na capital paulista nos anos 1920 para pequenos edifícios. No andar térreo o destaque fica por conta do elevador todo em ferro e dourado, funcionando desde a época em que o edifício foi inaugurado.
Em 1958, envolvida novamente em grandes problemas econômicos, a sociedade do Clube Campineiro une-se outra vez, agora ao Jóquei Clube de Campinas, formando nova sociedade com a denominação de Jóquei Clube Campineiro.
Atualmente, além da sede do clube, o edifício abriga um restaurante e um bar, possuindo ainda o antigo mobiliário, espelhos, lustres de cristal, pinacoteca, biblioteca e um piano de cauda.
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