terça-feira, 2 de março de 2021

Rua Barão de Jaguara, Campinas, São Paulo, Brasil





Rua Barão de Jaguara, Campinas, São Paulo, Brasil
Campinas - SP
Foto Postal Colombo N. 6
Fotografia - Cartão Postal

Nascida por ordem do governador de São Paulo, que determinou que se formasse uma povoação e implantasse “ruas que tivessem 70 palmos de largura”, a antiga Rua de Cima possuía características, desde o início, que garantiram a sua importância no povoado da Freguesia.
Entre as denominações, a via recebeu no início o apelido de Rua de Cima em razão da topografia da região, já que estava em um local elevado quando comparado com a Rua Lusitana, que na época recebeu a denominação de Rua de Baixo. Em 1848, a Câmara Municipal alterou a sua nomenclatura para Rua da Direita. Segundo historiadores, a decisão foi tomada por existir vias no Rio de Janeiro, até então sede da Corte, e em São Paulo, capital da província, com a mesma denominação. Este nome permaneceu até 1889.
Após a epidemia de febre amarela que assolou a cidade, o poder público decidiu homenagear um dos importantes nomes da época: o Barão de Jaguara. Por ser chefe do Executivo, o homenageado se dedicou à conclusão das obras dos serviços de água e esgotos da cidade para minimizar os problemas causados pela doença.
Iniciando na Praça José Rodrigues e seguindo até a Rua Barreto Leme, a Rua Barão de Jaguara tem hoje 1550 metros de comprimento.
Localizada no Centro de Campinas, a Rua Barão de Jaguara já foi considerada a principal via da cidade. Além de ser o principal caminho que conduzia os viajantes que chegavam de São Paulo ao centro da cidade, a via estava localizada bem em frente à Matriz, atual Basílica Nossa Senhora do Carmo. Muito mais do que pelo comércio, a Barão de Jaguara passou a ser conhecida como a rua do poder, já que, além da igreja, nela estavam, também, a Câmara Municipal e a Cadeia Pública. Por esse motivo, qualquer tipo de manifestações políticas eram realizadas no Largo do Rosário (que também estava na Barão de Jaguara).
A Barão de Jaguara foi ainda palco da chegada da modernidade na cidade, sendo a primeira via a receber iluminação pública, telefone, energia elétrica e fotografia.
Em 1935, o primeiro arranha-céu da cidade surgiu nesta via, localizado na esquina com a Rua César Bierrembach
Já na esquina com a Rua General Osório, instalou-se o primeiro sobrado da cidade. Carlos Gomes aprendeu a ler e escrever nesse sobrado, onde funcionou a escola particular de João Batista Alves de Souza.

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