quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Propaganda "Quereis a Saúde? Bebei Ferro-Quina Bisleri", Tônico Aperitivo Ferro-Quina Bisleri, Brasil







 

Propaganda "Quereis a Saúde? Bebei Ferro-Quina Bisleri", Tônico Aperitivo Ferro-Quina Bisleri, Brasil
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Texto 1:
“Quereis a saúde?
Bebei Ferro-Quina!”
A Ferro-Quina Bisleri servia para muita coisa: da anemia à tosse, da inapetência a problemas nervosos. Se curava alguma coisa eu não sei, mas por ser levemente alcóolica decerto ajudava a encarar todos esses males de forma mais leve e relaxada.
Vendido em farmácias, o santo remédio era anunciado pela cidade afora. Aqui vemos três anúncios: na via Anchieta, no viaduto Santa Ifigênia, e em algum ponto do centro de São Paulo que eu não consigo reconhecer.
Ultimamente apóstolos do atraso têm apregoado, para doença muito mais grave, panaceia de nome assemelhado. Este blog faz um alerta a seus leitores: não caiam na esparrela e não acreditem em imitações.
Foi-se há muito o tempo em que para os males da saúde havia remédios milagrosos. Quereis a saúde? Ficai em casa! Texto M. Jayo.
Texto 2:
Os mais antigos devem se lembrar, lá pelos anos sessenta havia um tonificante chamado "Ferro-Quina", o mais famoso era da Bisleri. Essa bebida à base de ferro e quinino, tinha a função de combater e evitar a anemia, que tanto assustava as mães, pois uma anemia mal curada poderia causar uma leucemia. Era o que nos diziam quando não queríamos tomar o cálice diário antes de irmos para a escola.
O quinino vem de uma árvore da América do Sul, a "Cinchona", principalmente da casca. Seus efeitos foram descobertos no século XIX , pois curava a malária, fazendo com que os pesquisadores, soldados na guerra e também sertanistas, levassem pílulas de quinino consigo, que misturavam à água não potável. Seus efeitos porém são mais amplos, pois é anti-inflamatório, digestivo, ajuda a limpar o fígado, restitui o apetite, etc.
Por essa época, as crianças também tomavam o Tônico Fontoura, que tem uma fórmula parecida, um ajudante e tanto para as mães da época.
A minha mãe tinha o hábito de examinar o vermelho dos olhos com certa frequência, e eu não me lembro de ter problemas com nada disso, era um serelepe, precisava sim de um "anestésico", pois não parava, estava sempre correndo e pulando.
A Ferro-Quina até que eu tomava, mesmo não gostando do sabor, fechava os olhos e "pra dentro", mas o tal do "óleo de fígado de bacalhau", nem pagando. Para minha sorte, minha mãe entendia que podia pular essa etapa.
Hoje não se necessita mais desses produtos, tudo está devidamente balanceado e higienizado, as crianças crescem mais fortes e saudáveis.
Na minha infância as mães rezavam para a gente não se machucar, pois não haviam postos próximos, e geralmente o farmacêutico é quem dava um jeito, isso quando as próprias mães não usavam de sua medicina doméstica, recebida de gerações anteriores. Nunca faltavam álcool forte (não como os de hoje), arnica, merthiolate ou mercúrio, algodão, esparadrapo, e gaze. Para as picadas de insetos, vinagre resolvia na maioria das vezes.
Hoje as farmácias não podem mais colocar a mão, falta pouco para as pessoas não tomarem sequer injeções nas farmácias, enfim...novos tempos. Texto de A. Guerrero.
Nota do blog: Em tempos de pandemia, impossível não lembrar da Cloroquina, aquele remédio que embora efetivo para alguns problemas, possui serventia zero no combate ao vírus do Covid-19, e que, mesmo assim, continua sendo diariamente indicado pelo estulto presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, como "a solução" do problema...

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