domingo, 18 de dezembro de 2022

Selos "Vacinas", 2022, Brasil

 


Selos "Vacinas", 2022, Brasil
Selo


Sobre o Bloco:
Os selos estão aplicados sobre as cores da bandeira nacional. O primeiro selo está en - focando o médico Edward Jenner, pionei - ro no conceito de vacina, inoculando uma criança. A palavra vem do latim vaccinus, que significa “derivado da vaca”, represen - tada por uma ordenhadeira de leite e uma vaca. O segundo selo tem ilustrações de vários frascos, ampolas, seringa, representando as diversas vacinas disponíveis no “PNI - Programa Nacional de Imunização”. O selo da segunda fileira mostra a Caderneta de Vacinação de meninas e me - ninos, o calendário de vacinação infantil, e uma mãe erguendo o seu bebê. Ao lado, uma família admirando as mãos em luvas que preparam uma seringa para a vacina - ção. Na última fileira, o selo da esquerda ilustra uma imunização feita com uma pistola, similar a utilizada na época, e um casal de idosos que remetem a população que se beneficiou com os efeitos da vacina no combate e erradicação da varíola. E por último, a estampa da vacinação contra a poliomielite, com uma criança recebendo a gotinha das mãos de um profissional de saúde, e dois jovens também beneficiados por campanhas de vacinação anteriores. A técnica usada foi computação gráfica.
Vacinas:
As vacinas estão em primeiro lugar entre as dez maiores conquistas em saúde pública do século XX. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação é responsável por evitar cerca de 2,5 milhões de mortes por ano, valor que poderia ser ainda maior se as taxas de coberturas vacinais mundiais fossem atingidas. Para celebrar a importância histórica das vacinas e incentivar a vacinação da população brasileira, os Correios lançaram os Selos Postais Comemorativos na temática Vacinas.
1798 Edward Jenner desenvolve a vacina contra varíola:
Edward Jenner (1749-1823) é conhecido mundialmente na história das vacinas pela sua contribuição inovadora para a imunização contra varíola, que culminaram com a posterior erradicação da doença, declarada pela OMS em 1980. Seu trabalho foi a base da imunologia moderna, porque representou a primeira comprovação científica de que é possível controlar uma doença infecciosa a partir da vacinação. O médico inglês foi o primeiro a sugerir a aplicação da varíola bovina para conferir a imunidade contra a varíola humana, uma proteção cruzada, pois são vírus da mesma família, considerada inovadora para a época.
PNI – Programa Nacional de Imunizações:
O Brasil possui um sistema de saúde pública de acesso universal e gratuito, o Sistema Único de Saúde (SUS), que promove e oferece à população diferentes tipos de vacinas e imunobiológicos. O Programa Nacional de Imunizações brasileiro (PNI) foi criado em 1973 e desde então, tem realizado esforços para proteção da população contra doenças infecciosas. Em 2023, o PNI completa 50 anos sendo referência internacional de política pública, e agora enfrenta o desafio de reconquistar as altas coberturas vacinais no território nacional.
Caderneta de Vacinação:
A caderneta de vacinação é um dos documentos mais importantes para a saúde, ao apresentar um conjunto de orientações e vacinas específicas cada faixa etária, seja prematuro, criança (0 a < 10 anos), adolescente (10 a 19 anos), adulto (20 a 59 anos) ou idoso (≥ 60 anos). O calendário básico de vacinação nacional é definido pelo PNI e corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país. Atualmente (2022) é constituído por 19 vacinas recomendadas à população, desde o nascimento até a terceira idade e distribuídas gratuitamente nos postos de vacinação da rede pública de saúde distribuídos por todo o Brasil.
Vacinação um direito de todos:
A OMS define saúde como “um estado de completo de bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. O acesso à saúde, neste contexto, incluído o acesso à vacinação, saneamento básico, moradia, trabalho, lazer e alimentação são direitos de toda a população brasileira. Vacinar não é só uma decisão individual, mas uma responsabilidade coletiva entre o indivíduo e a sociedade, com seus direitos e deveres; incluindo também os profissionais de saúde, responsáveis por cuidar da sua saúde e de seus pacientes; os diferentes níveis de esferas governamentais com a prevenção de doenças e campanhas de vacinação; e as indústrias produtoras de vacinas, ao fornecer um produto seguro e eficaz.
Erradicação da varíola:
A varíola humana foi uma doença viral de transmissão por gotículas respiratórias que atormentou a humanidade por três mil anos. Inicialmente, causava febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor nas costas e abatimento, e posteriormente evoluía para as erupções cutâneas no corpo, causando coceira e dor. Estima-se que ocorreram cerca de 300 milhões de óbitos decorrentes de casos de varíola humana no século XX.
As campanhas de vacinação para erradicação da varíola humana se iniciaram pela OMS em 1967, em um esforço mundial. No início, a vacinação era realizada utilizando agulha bifurcada, que em seguida foi substituída pela pistola de pressão, o que tornou possível a vacinação em massa. Apesar de eficiente, havia uma preocupação de que o dispositivo poderia veicular outros vírus transmitidos pelo sangue, como os da hepatite C e o HIV, e, assim, foi descontinuado. Porém é um testemunho histórico da vitória sobre uma doença de grande impacto em saúde pública. A vacinação nos tempos modernos é realizada utilizando seringas e agulhas descartáveis, com segurança e eficácia.
Campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e multivacinação:
O Brasil foi pioneiro nas estratégias como as campanhas de vacinação em massa em um país com grande extensão territorial, com uma estrutura consolidada considerada modelo pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS). As campanhas nacionais de vacinação contam com a organização de operações de vacinação em diversos estados, mediante mobilização de recursos locais. Originalmente, concebidas para o combate da varíola, após sua erradicação passou a ter como principal objetivo a vacinação contra poliomielite e a manutenção de uma cobertura vacinal de 95% na faixa etária de menores de 5 anos de idade, valores estes que vêm apresentando uma queda desde 2016. Na década de 1990 foi instaurada a multivacinação, com a ampliação da campanha para outras vacinas, com a meta de reduzir o número de crianças e adolescentes menores de 15 anos não vacinados e melhorar as coberturas vacinais de acordo com o calendário de vacinação nacional.
A OMS afirma que a pandemia da Covid-19 reduziu as coberturas vacinais para o menor patamar dos últimos 30 anos, influenciada por diferentes questões como o crescimento da desinformação, conflitos armados, dentre outros, causando dificuldade de acesso à imunização. Dentre os desafios da saúde para o próximo século, os principais são intensificar os esforços para a retomada de altas coberturas vacinais, combater a desinformação e aumentar a confiança nas vacinas, diminuindo a hesitação vacinal.

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