Cemitério da Quarta Parada, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
O Cemitério da Quarta Parada, anteriormente denominado Cemitério do Brás, é uma necrópole localizada na zona leste do município brasileiro de São Paulo (SP), na Avenida Salim Farah Maluf, bairro da Quarta Parada, entre os bairros do Brás, Tatuapé, Belenzinho e Mooca. Possui entradas pelas ruas David Geizer, Tobias Barretos e Avenida Álvaro Ramos.
A cada ano, mais de cem mil pessoas visitam o local, especialmente no dia de finados.
Fundado no dia 6 de janeiro de 1893, é um dos mais antigos cemitérios da cidade de São Paulo. Conta com uma área de 183 mil metros quadrados, onde cerca de quatrocentas mil pessoas já foram sepultadas.
Leva o nome do bairro em que está localizado, que por sua vez foi nominado devido à estação ferroviária homônima localizada nas proximidades e que constituía a quarta parada do trem em direção ao município de Cachoeira Paulista, sendo que a primeira delas partia da estação do Brás. Hoje, as duas paradas intermediárias estão desativadas. O nome oficial anterior era "Cemitério do Brás", quando o bairro fazia parte daquele distrito. No início, a maioria de suas sepulturas era de chão, mas nos dias de hoje predominam mausoléus e túmulos familiares, com gavetas para urnas.
A exemplo de cemitérios paulistanos destinados às classes altas, o Quarta Parada também têm jazigos de tamanhos monumentais e diversas obras de artes esculpidas em seus túmulos, que foram encomendadas na época dos barões de café por juristas, industriais, comerciantes prósperos e políticos que sepultavam seus familiares em túmulos adornados. É considerado um dos mais caros da capital, junto com o Araça e o Consolação.
O acervo dos livros de sepultamento, de 1893 a 1941, foi totalmente digitalizado e está disponível para pesquisa no website "Family Search" da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons).
Sua fundação ocorreu após a inauguração do Cemitério da Consolação, em 1858, que apesar de ser municipal, passou a abrigar jazigos e túmulos da burguesia cafeeira e de pessoas importantes. Ambos os cemitérios foram alvos de famílias de imigrantes italianos, que construíam em suas sepulturas citações de acontecimentos históricos na metrópole paulista, por meio de inscrições, monumentos, esculturas ou até mesmo a localização, entre os séculos XIX e XX. Ao analisar o modo como os cemitérios foram criados e sua situação na época atual, é possível compreender a pluralidade da história dos imigrantes. A presença desses polos estrangeiros nos cemitérios acabaram por transformá-los em verdadeiros museus a céu aberto, mesmo que não tivessem essa intenção na época.
No cemitério ocorrem dezenas de velórios por mês. O número exumações também é elevado, devido à quantidade de sepulturas. O velório do Cemitério da Quarta Parada dispõe de salas, estacionamento, lanchonete e cabine da GCM (Guarda Civil Metropolitana).
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