quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Shekel de Tiro, as 30 Moedas de Prata da Traição de Judas - Artigo





Shekel de Tiro, as 30 Moedas de Prata da Traição de Judas - Artigo
Artigo



A Traição de Judas:
De acordo com os evangelhos, Judas Iscariotes era um dos discípulos de Jesus. Ele também é uma das principais personagens da Paixão de Cristo (“passio” em latim, que significa sofrimento), último ciclo da vida de Jesus, que engloba os episódios da última ceia até a crucificação.
Segundo a tradição, antes da última ceia, Judas foi até os principais sacerdotes e aceitou entregar Jesus por 30 moedas de prata. Assim, após a ceia, quando estavam no jardim Getsêmani, Judas revelou a identidade de Jesus aos soldados dando-lhe um beijo.
O capítulo 27 do Evangelho de Mateus narra que, após a condenação de Jesus, Judas ficou com remorso e devolveu as moedas antes de se enforcar. Os sacerdotes não acharam certo coloca-las de volta com as outras ofertas do templo, por considera-las dinheiro a preço de sangue.
Assim, com elas, compraram o Aceldama (Campo de Sangue), cemitério utilizado para enterrar os não judeus.
De qual tipo eram as 30 moedas de prata?
A Bíblia não traz nenhuma informação adicional além de que eram moedas de prata. Dessa forma, os estudiosos discordaram durante muito tempo sobre qual tipo se tratava. As três possibilidades mais aceitas são o siclo ou shekel de Tiro (14 gramas de 94% de prata), o estáter de Antioquia (15 gramas de 75% de prata) ou o half shekel (meio shekel) de Tiro (7 gramas de prata).
Durante essa época, o shekel de Tiro era a moeda utilizada como meio de pagamento de taxas para o templo de Jerusalém. Por isso, a maioria dos estudiosos acredita que essa era a peça que comprou a traição de Judas.
Shekel de Tiro:
O shekel ou siclo de prata foi uma moeda cunhada na cidade de Tiro, na antiga Fenícia. Tinha valor equivalente a 1 tetradracma (ou 4 dracmas).
O siclo de Tiro preencheu uma necessidade importante em muitas partes do mundo antigo: a de uma grande cunhagem de denominação de prata de alta pureza.
Na antiga Jerusalém, uma cidade proeminente da antiguidade, havia uma necessidade específica de moedas de boa prata. E a única cidade próxima que produzia consistentemente essas moedas era Tiro.
Como a cunhagem romana era de apenas 80% de prata, os shekels de Tiro, mais puros (94% ou mais de prata), eram usados para pagar o imposto do templo de Jerusalém.
A moeda mostrada no post:
Shekel de Tiro. Essa moeda é da edição do ano cívico 159, ou 33/4 d.C. Seguindo cronologias tradicionais, este é o ano em que Jesus foi crucificado pelo procurador Pôncio Pilatos.
A moeda apresenta no anverso um retrato do deus Melkart, o equivalente púnico do herói romano Hércules. O reverso mostra uma águia com um ramo de palma por cima do ombro.
As peças desse tipo, embora cunhadas desde o século V a.C., apresentaram pouca variação no design ao longo dos anos. As mudanças mais significativas são na forma de datas e monogramas.
Nota do blog: Atualmente (2023), uma dessas é comercializada por valores entre R$ 15.000,00 à 20.000,00.


Nenhum comentário:

Postar um comentário