sexta-feira, 10 de maio de 2019

Canal do Mangue, Rio de Janeiro, Brasil



Canal do Mangue, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia - Cartão Postal

Até o século XIX, na área onde hoje situa-se o bairro da Cidade Nova, havia um imenso manguezal denominado Mangue de São Diogo. No ano de 1835, o Governo Imperial decidiu sanear a área do mangue; na época, havia um plano de se construir um estreito canal na região a fim de receber as águas de chuva e de riachos que desaguavam nas imediações.
As obras do Canal do Mangue tiveram início em 1857, ano em que Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, conseguiu uma concessão para construção. As obras iniciaram-se em 21 de janeiro de 1857 do mesmo ano e duraram 3 anos. O canal inaugurado no dia 7 de setembro de 1860.
Durante o mandato do prefeito Pereira Passos, foi feito o aterramento do Saco de São Cristóvão em virtude da construção do Porto do Rio de Janeiro. Junto com o aterro, foi feita a expansão do Canal do Mangue, ao longo da Avenida Francisco Bicalho, a fim de que continuasse a desaguar na Baía de Guanabara.
As obras de expansão foram comandadas por Lauro Müller, o então Ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas. Apesar do aterro desaparecer com duas praias, por outro lado a extensão do canal pôs fim às constantes enchentes e inundações provocadas pelas vazões dos rios que hoje desaguam no canal.
O Canal do Mangue atualmente é margeado pela Avenida Francisco Bicalho, no bairro do Santo Cristo, e pela Avenida Presidente Vargas, no bairro da Cidade Nova.
Há muitos anos, o esgoto sanitário dos bairros circunvizinhantes são lançados diretamente no canal. A fim de captar esse esgoto, encontra-se em construção o Coletor Tronco Cidade Nova, que terá um total de 4,2 km de dutos. Será captado o esgoto de parte dos seguintes bairros: CatumbiCentroCidade NovaEstácioRio Comprido e Santa Teresa.


Hoje vamos falar sobre a construção de um canal que ficou conhecido como Canal do Mangue, no bairro hoje conhecido como Cidade Nova.
Voltando à primeira metade do Século 19, foi no ano de 1835, quando então o Governo Imperial decidiu que aquela ampla superfície alagada deveria ser saneada, reduzindo à um estreito canal que pudesse receber as águas de chuva e também dos riachos que lá desaguavam.
Entretanto, o plano somente se concretizou me 1857, quando o empresário Irineu Evangelista de Souza, que viria a ser titular do Império como Barão e Visconde de Mauá conseguiu uma concessão para construir sob regime de administração o tão sonhado canal. O canal deveria chegar até a Praça 11, permitindo inclusive navegação de pequenas balsas para transporte de mercadorias.
O início das obras e lançamento da pedra fundamental se deu em 21 de Janeiro do mesmo ano, e após 3 anos o Canal do Mangue foi inaugurado, no dia 7 de Setembro de 1860. As obras estiveram a cargo do engenheiro inglês William Gilbert Ginty.
O Canal se estendia da Ponte do Aterrado (ou dos Marinheiros) até a Praça 11 ou antigo Rossio Pequeno. A ponte dos Marinheiros situa-se no local onde está o chamado "Viaduto dos Marinheiros", à frente do encontro da Av. Presidente Vargas com Francisco Bicalho.
O Canal do Mangue somente teve as obras completadas no ano de 1876, quando então foi feito o assentamento de gradil de ferro e arborização das vias marginais com plantação de 700 palmeiras.
Uma comporta junto à Ponte dos Marinheiros também foi inaugurada neste mesmo ano, provavelmente para evitar problema com maré alta.
Durante o mandato de 4 anos do Presidente Rodrigues Alves, o Rio, então capital federal, passou por grandes transformações, tempo também do Prefeito Pereira Passos que se incumbia também de várias obras a nível municipal.
O grande plano de obras para construção dos Cais do então Novo Porto do Rio, fez com que o Canal do Mangue fosse prolongado agora sobre aterros até a mar, passando ao centro da Av. Francisco Bicalho.
Estes novos aterros situam-se onde existiu o "Saco de São Cristóvão" que chegava até onde é aproximadamente a junção da Av. Francisco Bicalho com Presidente Vargas, tendo por um lado os alagadiços das praias de São Cristóvão (Praias dos Lázaros e Paia Formosa) e o Morro de São Diogo do outro lado.
Esta foi uma das grandes obras de engenharia do início do Século 20, tendo à sua frente Lauro Miller, então Ministro da Viação.
Esta grande obra por um lado acabou um pitoresco cenário natural de rara beleza, mudando a topografia da cidade e de parte da Baía de Guanabara.
Por outro lado saneou e acrescentou uma enorme área urbanizável à cidade, pondo fim à constantes enchentes e inundações provocadas pelas vazões do Rio Comprido, Trapicheiro, Maracanã e Joana, que hoje desaguam naquele canal.

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