terça-feira, 18 de junho de 2019

Acidente na Usina Nuclear de Chernobyl, União Soviética, Atual Ucrânia


Acidente na Usina Nuclear de Chernobyl 2, União Soviética, Atual Ucrânia
Artigo



O acidente nuclear de Chernobyl ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobyl (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido.
Grandes áreas da Ucrânia, Belarus e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas. Cerca de 60% de radioatividade caiu em terra na Belarus.
O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de Rússia, Ucrânia e Belarus têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobyl. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobyl, pelas mortes esperadas de câncer, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da ONU de 2005 atribui 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e 9 crianças com câncer de tireóide – e estima que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas ao acidente. O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.
A usina de Chernobyl está situada nas proximidades de Pripyat, Ucrânia, 18 km ao noroeste da cidade de Chernobyl, 16 km da fronteira com Belarus e cerca de 110 km ao norte de Kiev. A usina era composta por quatro reatores, cada um capaz de produzir 1 GW de energia elétrica (3.2 gigawatts de energia térmica). Em conjunto, os quatro reatores produziam cerca de 10% da energia elétrica utilizada pela Ucrânia na época do acidente. A construção da instalação começou na década de 1970, com o reator "1" instalado em 1977, seguido pelos reatores "2" (1978), "3" (1981) e "4" (1983). Dois outros reatores, "5" e "6", também capazes de produzir 1 GW cada, estavam em construção na época do acidente.
As quatro instalações eram projetadas com um tipo de reator chamado RBMK-1000.
Sábado, 26 de abril de 1986, à 1:23:58 da manhã, hora local, o quarto reator da usina de Chernobyl - conhecido como Chernobyl 4 - sofreu uma violenta explosão de vapor que resultou em incêndio, uma série de explosões sucessivas e um derretimento nuclear.
Há duas teorias oficiais conflitivas sobre a causa do acidente. A primeira foi publicada em agosto de 1986 e efetivamente colocou culpa exclusivamente nos operadores da usina. A segunda teoria foi publicada em 1991 e atribuiu o acidente a defeitos no projeto do reator RBMK, especificamente nas hastes de controle. As duas versões foram fortemente apoiadas por diferentes grupos, inclusive os projetistas dos reatores, pessoal da usina de Chernobyl e o governo. Alguns especialistas independentes acreditam que nenhuma das teorias estava satisfatoriamente correta.
Outro importante fator que contribuiu para o acidente foi o fato que os operadores não estavam informados sobre certos problemas do reator. De acordo com um deles, Anatoli Dyatlov, o projetista sabia que o reator era perigoso em algumas condições, mas intencionalmente omitiu esta informação. A gerência da instalação era em grande parte composta de pessoal não qualificado em reatores tipo RBMK. O diretor, V.P. Bryukhanov, possuía experiência e treinamento em usina termo-elétrica a carvão. Seu engenheiro chefe, Nikolai Fomin, também veio de uma usina convencional. O próprio Anatoli Dyatlov, ex-engenheiro chefe dos reatores 3 e 4, somente tinha alguma experiência com pequenos reatores nucleares.
O reator tinha um Coeficiente de Vazio positivo perigosamente alto. Dito de forma simples, isto significa que se bolhas de vapor se formam na água de resfriamento, a reação nuclear se acelera, levando à supervelocidade se não houver intervenção. Pior, com carga baixa, este Coeficiente de Vazio não era compensado por outros fatores, os quais tornavam o reator instável e perigoso. Que o reator fosse perigoso a baixa carga não era de fácil percepção nem de conhecimento dos operadores.
Um defeito mais significante do reator era o projeto das hastes de controle. Num reator nuclear, hastes de controle são inseridas no reator para diminuir a reação. Entretanto, no projeto do reator RBMK, as extensões das hastes de controle eram parcialmente ocas. Quando as hastes de controle eram inseridas, pelos primeiros segundos, o resfriador (água) era distribuído pelas partes ocas das hastes. Uma vez que o resfriador (água) é um absorvedor de nêutrons, a potência do reator na realidade sobe. Este comportamento também não é de fácil percepção e não era de conhecimento dos operadores.
Os operadores foram descuidados e violaram procedimentos, parcialmente, porque eles ignoravam os defeitos de projeto do reator. Também muitos procedimentos irregulares contribuíram para causar o acidente. Um deles foi a comunicação ineficiente entre os escritórios de segurança e os operadores encarregados do experimento conduzido naquela noite.
É importante notar que os operadores desligaram muitos dos sistemas de proteção do reator o que era proibido pelos guias técnicos publicados, a menos que houvesse mau funcionamento. De acordo com o relatório da Comissão do Governo, publicado em agosto de 1986, os operadores removeram pelo menos 204 hastes de controle do núcleo do reator (de um total de 211 deste modelo de reator). O mesmo guia, citado acima, proibia a operação do RBMK-1000 com menos de 15 hastes dentro da zona do núcleo.
Dia 25 de abril de 1986, o reator da Unidade 4 estava programado para ser desligado para manutenção de rotina. Foi decidido usar esta oportunidade para testar a capacidade do gerador do reator para gerar suficiente energia para manter os sistemas de segurança do reator (em particular, as bombas de água) no caso de perda do suprimento externo de energia. Reatores como o de Chernobyl têm um par de geradores disel disponível como reserva, mas eles não são ativados instantaneamente - o reator é portanto usado para dar partida à turbina. A certo ponto a turbina seria desconectada do reator e deixada a girar sob a força de sua inércia rotacional e o objetivo do teste era determinar se as turbinas, na sua fase de queda de rotação poderiam alimentar as bombas enquanto o gerador estivesse sendo ligado. O teste foi realizado com sucesso previamente em outra unidade, com as medidas de proteção ativas e o resultado foi negativo, isto é, as turbinas não geravam suficiente energia, na fase de queda de rotação, para alimentar as bombas, mas melhorias adicionais foram feitas nas turbinas o que levou à necessidade de repetir os testes.
A potência de saída do reator 4 devia ser reduzida de sua capacidade nominal de 3,2 GW para 700 MW a fim de realizar o teste com baixa potência, mais segura. Porém, devido à demora em começar a experiência, os operadores do reator reduziram a geração muito rapidamente e a saída real foi de somente 30 MW. Como resultado, a concentração de nêutron absorvendo o produto da fissão, xenon-135, aumentou (este produto é tipicamente consumido num reator em baixa carga). Embora a escala de queda de potência estivesse próxima ao máximo permitido pelos regulamentos de segurança, a gerência dos operadores decidiu não desligar o reator e continuar o teste. Além disso, foi decidido reduzir a duração do experimento e aumentar a potência para apenas 200 MW. A fim de superar a absorção de nêutrons do excesso de xenon-135, as hastes de controle foram puxadas para fora do reator mais rapidamente que o permitido pelos regulamentos de segurança. Como parte do experimento, à 01:05 de 26 de abril, as bombas que foram alimentadas pelo gerador da turbina foram ligadas; o fluxo de água gerado por essa ação excedeu o especificado pelos regulamentos de segurança. O fluxo de água aumentou à 01:19 h. Uma vez que a água também absorve nêutrons, este adicional incremento no fluxo de água requeria a remoção manual das hastes de controle, produzindo uma condição de operação altamente instável e perigosa.
À 01:23 h, o teste começou. A situação instável do reator não era percebida, de nenhuma maneira, no painel de controle e não parece que algum dos operadores estivesse totalmente consciente do perigo. A energia para as bombas de água foi cortada e como as turbinas foram conduzidas pela inércia rotacional do gerador da turbina, o fluxo de água diminuiu. A turbina foi desconectada do reator aumentando o nível de vapor no núcleo do reator. À medida que o líquido resfriador aquecia, bolsas de vapor se formavam nas linhas de resfriamento. O projeto peculiar do reator moderado à grafite, RBMK, em Chernobyl tem um grande Coeficiente de Vazio positivo, o que significa que a potência do reator aumenta rapidamente na ausência da absorção de nêutrons da água, e nesse caso, a operação do reator torna-se progressivamente menos estável e mais perigosa.
À 01:23 os operadores pressionaram o botão AZ-5 (Defesa Rápida de Emergência 5) que ordenou uma inserção total de todas as hastes de controle, incluindo as hastes de controle manual que previamente haviam sido retiradas sem cautela. Não está claro se isso foi feito como medida de emergência, ou como uma simples método de rotina para desligar totalmente o reator após a conclusão do experimento (o reator estava programado para ser desligado para manutenção de rotina). É usualmente sugerido que a parada total foi ordenada como resposta à inesperada subida rápida de potência. Por outro lado Anatoly Syatlov, engenheiro chefe da usina Nuclear de Chernobyl na época do acidente, escreveu em seu livro: "Antes das 01:23, os sistemas do controle central... não registravam nenhuma mudança de parâmetros que pudessem justificar a parada total. A Comissão...juntou e analisou grande quantidade de material e declarou em seu relatório que falhou em determinar a razão pela qual a parada total foi ordenada. Não havia necessidade de procurar pela razão. O reator simplesmente foi desligado após a conclusão do experimento."
Devido à baixa velocidade do mecanismo de inserção das hastes de controle (20 segundos para completar), as partes ocas das hastes e o deslocamento temporário do resfriador, a parada total provocou o aumento da velocidade da reação. O aumento da energia de saída causou a deformação dos canais das hastes de controle. As hastes travaram após serem inseridas somente a um terço do caminho e foram portanto incapazes de conter a reação. Por volta de 1:23:47 o reator pulou para cerca de 30GW, dez vezes a potência nominal de saída. As hastes de combustível começaram a derreter e a pressão de vapor rapidamente aumentou causando uma grande explosão de vapor, deslocando e destruindo a cobertura do reator, rompendo os tubos de resfriamento e então abrindo um buraco no teto.
Para reduzir custos, e devido a seu grande tamanho, o reator foi construído com somente contenção parcial. Isto permitiu que os contaminantes radioativos escapassem para a atmosfera depois que a explosão de vapor queimou os vasos de pressão primários. Depois que parte do teto explodiu, a entrada de oxigênio - combinada com a temperatura extremamente alta do combustível do reator e da grafite moderadora - produziu um incêndio da grafite. Este incêndio contribuiu para espalhar o material radioativo e contaminar as áreas vizinhas.
Há alguma controvérsia sobre a exata sequência de eventos após 1:22:30 (hora local) devido a inconsistências entre declaração das testemunhas e os registros da central. A versão mais comumente aceita é descrita a seguir. De acordo a esta teoria, a primeira explosão aconteceu aproximadamente à 1:23:47, sete segundos após o operador ordenar a parada total. É algumas vezes afirmado que a explosão aconteceu antes ou imediatamente em seguida à parada total (esta é a versão do Comitê Soviético que estudou o acidente). Esta distinção é importante porque, se o reator tornou-se crítico vários segundos após a ordem de parada total, esta falha seria atribuída ao projeto das hastes de controle, enquanto a explosão simultânea à ordem de parada total seria atribuída à ação dos operadores. De fato, um fraco evento sísmico foi registrado na área de Chernobyl à 1:23:39. Este evento poderia ter sido causado pela explosão ou poderia ser coincidente. A situação é complicada pelo fato de que o botão de parada total foi pressionado mais de uma vez, e a pessoa que o pressionou morreu duas semanas após o acidente, em consequência da ação da radiação.
26 de abril de 1986.
Acidente no reator 4, da Central Elétrica Nuclear de Chernobyl. Acontece à noite, entre 25 e 26 de abril de 1986, durante um teste. A equipe operacional planejou testar se as turbinas poderiam produzir energia suficiente para manter as bombas do liquido de refrigeração funcionando, no caso de uma perda de potência, até que o gerador de emergência, à diesel, fosse ativado. Para prevenir o bom andamento do teste do reator, foram desligados os sistemas de segurança.
Para o teste, o reator teve que ter sua capacidade operacional reduzida para 25%.
Este procedimento não saiu de acordo com planejado. Por razões desconhecidas, o nível de potência de reator caiu para menos de 1% e por isso a potência teve que ser aumentada. Mas 30 segundos depois do começo do teste, houve um aumento de potência repentina e inesperada. O sistema de segurança do reator, que deveria ter parado a reação de cadeia, falhou.
Dentro de frações de segundo o nível de potência e temperatura subiram em demasia. O reator ficou descontrolado. Houve uma explosão violenta. A cobertura de proteção, de 1000 toneladas, não resistiu. A temperatura de mais de 2000°C, derreteu as hastes de controle. A grafite que cobria o reator pegou fogo. Material radiativo começou a ser lançado na atmosfera.
De 26 de abril até 4 de maio de 1986 - a maior parte da radiação é emitida nos primeiros dez dias. Inicialmente há predominância de ventos norte e noroeste. No final de abril o vento muda para sul e sudeste. As chuvas locais frequentes fazem com que a radiação seja distribuída local e regionalmente.
De 27 abril a 5 de maio de 1986 - aproximadamente 1800 helicópteros jogam cerca de 5000 toneladas de material extintor, como areia e chumbo, sobre o reator que ainda queima.
27 de abril 1986 - os habitantes de Pripyat são evacuados.
28 de abril 1986, 23:00 h - um laboratório de pesquisas nucleares da Dinamarca anuncia que a ocorrência do acidente nuclear em Chernobyl.
29 de abril de 1986 - o acidente nuclear de Chernobyl é divulgado como notícia pela primeira vez, na Alemanha.
Até 5 de maio 1986 - durante os 10 dias após o acidente, 130 mil pessoas são evacuadas.
6 de maio de 1986 - cessa a emissão radiativa.
De 15 a 16 de maio e 1986 - novos focos de incêndio e emissão radiativa.
23 de maio de 1986 - o governo soviético ordena a distribuição de solução de iodo à população.
Novembro de 1986 - o "sarcófago" que abriga o reator foi concluído. O "sarcófago" destina-se a absorver a radiação e conter o combustível remanescente. O "sarcófago" é considerado uma medida provisória. Foi construído para durar de 20 a 30 anos e seu maior problema é a falta de estabilidade. Como foi construído às pressas há um risco de ferrugem nas vigas.
1989 - o governo russo embarga a construção dos reatores 5 e 6 da usina.
12 de dezembro de 2000 - depois de várias negociações internacionais a usina de Chernobyl é desativada.

Usina Nuclear de Chernobyl, União Soviética, Atual Ucrânia




Usina Nuclear de Chernobyl, União Soviética, Atual Ucrânia
Artigo


São mais de 100 as versões que tentam explicar o que ocorreu naquela madrugada de 26 de abril de 1986 no 4º bloco da usina nuclear de Chernobyl.
"Os cientistas nos garantiram que o reator poderia ser instalado inclusive na Praça Vermelha, porque não representava risco maior do que um samovar - uma espécie de vaso de origem russa - comum", lembrou o então líder soviético, Mikhail Gorbachev.
A confiança inabalável na segurança tecnológica do reator era tamanha, que durante sua construção decidiu-se prescindir do sistema de confinamento do circuito primário e da gigantesca bolha de concreto para reter em seu interior os produtos de fissão nuclear em caso de defeito.
Chernobyl, que começou a gerar fluído elétrico em 1977, foi a terceira usina nuclear soviética, dotada de reatores RBMK-1000 moderados a grafite e refrigerados a água com dióxido de urânio enriquecido a 2% como combustível.
Ao contrário dos reatores VVBR, os RBMK-1000 permitiam carregar "em andamento" o combustível, o que garantia aumento do coeficiente de uso de sua potência.
Mas o calcanhar de Aquiles do reator soviético radicava em seu coeficiente positivo de baixa potência, por isso que seus projetistas haviam proibido sua operação abaixo de 20%.
Uma série fatal de erros durante os testes provocou as duas explosões que transformaram o nome de Chernobyl em sinônimo de ameaça fatal.
A contagem regressiva começou ao meio-dia de 25 de abril de 1986, quando os técnicos começaram a reduzir a potência do sexto bloco para testar a capacidade do turbogerador de fornecer de energia à planta em caso de paralisação.
Para isso, os trabalhadores da central desligaram o refrigerador de emergência do núcleo do reator. Durante as horas seguintes a potência foi diminuindo até o nível necessário para a experiência (700-1.000 megawatts).
No entanto, 12h após um operário um erro de um operário levou a queda de até 30 megawatts, o que exigiu medidas extraordinárias para recuperar a potência.
Após o aumento a 200 megawatts, foram ativadas as bombas de refrigeração para garantir o resfriamento e, como o aumento do caudal em condições de baixa potência exigiria muitos ajustes manuais, optaram por desligar vários sistemas de alarme e paralisar o reator.
Dezenove minutos depois, o computador alertou de que as condições mínimas do reator exigiam a parada imediata. Mas o sinal de alarme, no entanto, passou despercebido pelos operadores que justo naquele momento bloqueavam o último mecanismo de segurança para começar a experiência.
Um minuto antes da hora fatal, a 1h23, o botão de parada foi pressionado os alarmes ativados. Mas a potência do bloco energético já havia se multiplicado por cem e o mecanismo de segurança não funcionava mais.
Ocorreram então duas explosões seguidas. O circuito primário de resfriamento do reator tinha ficado praticamente destruído, o teto da central havia voado pelos ares.
A temperatura no núcleo do reator superava os 2 mil graus centígrados, o grafite havia explodido e as chamas alcançavam os 30 metros de altura.
Como a planta não tinha recinto de confinamento, uma gigantesca nuvem de iodo, estrôncio, césio e plutônio ganhou a atmosfera.
A radiação superava, conforme as diferentes fontes, entre cem e 500 vezes à produzida pela bomba que arrasou a cidade japonesa de Hiroshima em 1945.
Nos 12 dias que seguiram à explosão, enquanto uma centena de homens trabalhava para apagar o fogo ao custo de suas próprias vidas, mais de 30 milhões de curies escaparam à atmosfera.
Nem sequer no Kremlin, segundo o testemunho do próprio Gorbachev, era sabido o tamanho da catástrofe.
Uma alta comissão governamental viajou ao local do acidente sem proteção alguma contra a radiação.
Apenas em 27 de abril, 36 horas após o acidente, foram evacuados os primeiros 40 mil habitantes da cidade próxima de Pripyat, dando início ao êxodo de mais de 135 mil pessoas, já atingidas pela radiação.
A pouco mais de 150 quilômetros da capital ucraniana Kiev, entre os dias 25 e 26 de abril de 1986, cerca de 31 pessoas morreram no acidente da usina nuclear de Chernobyl e milhares foram afetados devido à nuvem de radiação, que obrigou a evacuação de 350 mil moradores da cidade de Pripyat.
O reator envolvido no acidente, o RBMK-1000, não foi fabricado apenas para a usina de Chernobyl. De acordo com especialistas, atualmente ainda existem 10 reatores do mesmo tipo operando na Rússia: há equipamentos operação na cidade de Kursk, três em Smolensk e mais outros três em São Petersburgo.
Embora cientistas afirmem que os aparelhos foram modificados para a diminuição dos riscos de acidentes, não se sabe ao certo se os reatores podem apresentar um comportamento semelhante ao que causou o desastre em Chernobyl.
“Existem diferentes tipos de reatores em vários países que têm problemas de segurança e os engenheiros têm trabalhado para atenuar”, afirmou ao site Live Science, Edwin Lyman, diretor do Projeto Nuclear de Segurança da Union of Concerned Scientists, organização sem fins lucrativos de cientistas para proteção ambiental com sede no Estados Unidos.
Os reatores de água leve, mais comuns entre os equipamentos em funcionamento no mundo, operam com um compartimento de material nuclear, resfriado por um estoque de água que circula graças ao calor liberado pela fissão nuclear — processo que ocorre quando um átomo se rompe e libera nêutrons e calor de seu núcleo.
O reator de Chernobyl não era de água leve e consistia em uma tecnologia desenvolvida pela União Soviética. Nesse aparelho havia também água para o resfriamento, mas a substância não servia como moderadora do processo de fissão: tal função era realizada por blocos de grafite e a fissão era acelerada conforme a água se tornava vapor.
Os operadores da Usina de Chernobyl estavam fazendo um teste que implicava em fazer o sistema funcionar com energia reduzida. Ao diminuir a potência das turbinas, o reator número quatro parou de funcionar, causando um superaquecimento que culminou em uma grande explosão de vapor. O teto do reator, que pesava mil toneladas, foi destruído e a radiação escapou.
Como resposta ao incidente, houve modificações em outros 17 reatores similares ao RBMK-1000. Outros três reatores similares ao do desastre operaram até os anos 2000 em território russo, mas estão desativados, assim como outros dois reatores na Lituânia, que encerraram suas operações quando o país entrou na União Europeia.
“Há aspectos fundamentais no design que não conseguiram ser consertados não importa o que fizessem. Não diria que foi possível aumentar a segurança dos reatores até o padrão esperado para um reator de água leve estilo ocidental”, contou Lars-Erik De Geer, físico nuclear aposentado da Swedish Defence Research Agency.

Reator Nuclear RBMK, União Soviética, Atual Ucrânia


Reator Nuclear RBMK, União Soviética, Atual Ucrânia
Fotografia


RBMK é um acrônimo em russo, que significa Reaktor Bolshoy Moshchnosty Kanalnyy (Reator Canalizado de Alta Potência) sendo um reator nuclear de canais pressurizados, refrigerado à água ordinária com canaletas individuais de combustível passando por dentro de blocos de grafite que além de moderator, atua como elemento estrutural do núcleo. Tais projetos de reator nuclear, juntamente com os reatores VVER são um dos dois projetos principais a emergir na extinta União Soviética, e ainda são fundamentais para geração de nucloeletricidade na Rússia moderna, que é o único país a operar estes reatores, com um total de 11 ainda em ampla operação. Como muitos projetos das primeiras gerações de reatores, não possuem estruturas de contenção adequadas, sendo esta uma de suas principais deficiências. Logo após Chernobyl muitas modificações e aprimoramentos importantes de sistemas de segurança visando acidentes como perda do fluido de arrefecimento e maior velocidade de desligamento de emergência estão entre as principais. É muito diferente da maioria dos outros projetos ocidentais pois derivou de um projeto específicamente criado para gerar principalmente plutônio para armas nucleares. A combinação do moderador de grafite e do refrigerador à água não é encontrada em nenhum outro reator de força. A característica negativa principal do projeto do núcleo do reator é ser instável em níveis baixos de força, e isso foi mostrado no acidente de Chernobyl. A instabilidade era devida primeiramente ao projeto da haste de controle e a um coeficiente vago positivo. Um número de mudanças significativas do projeto têm sido feitas agora para resolver estes problemas.
· Características do combustível: As pastilhas de óxido de urânio de nêutrons rápidos são colocadas em um tubo de zircaloy de 3,65 m por muito tempo, dando forma a uma haste de combustível. Um jogo de 18 hastes de combustível é arranjado cilìndricamente em um suporte para dar forma a um conjunto do combustível. Dois destes são colocados em cada tubo de pressão.
· Tubos de pressão: Dentro do reator cada conjunto do combustível é posicionado em seu próprio tubo ou canaleta vertical de pressão de aproximadamente 7 m de comprimento por muito tempo. Cada canaleta é refrigerada individualmente pela água pressurizada que é permitida ferver no tubo e emerge à aproximadamente 290°C.
· Reabastecimento: Quando as canaletas de combustível são isoladas, estes conjuntos do combustível podem ser levantados para fora do reator, permitindo a substituição do combustível, mesmo quando o reator estiver em operação.
· Moderador de grafite: Uma série de blocos de grafite cerca e separa os tubos de pressão. Agem como um moderador para retardar os nêutrons liberados durante a fissão de modo que uma reação em cadeiacontínua possa ser mantida. A conducão de calor entre os blocos é realçado por uma mistura de hélio e nitrogênio.
· Hastes de controle: As hastes de controle de carboneto de boro absorvem nêutrons para controlar a taxa de fissão. Algumas hastes curtas, introduzidas pelo fundo do núcleo, nivelam a distribuição de força através do reator. As hastes de controle principais são introduzidas do alto para baixo e fornecem, automática ou manualmente, controle de potência ou o controle de emergência. As hastes automáticas são reguladas pelos sensores embutidos. Se houver um desvio dos parâmetros de operação normais (por exemplo nível aumentado do poder do reator), as hastes podem ser deixadas cair no núcleo para reduzir ou parar a atividade do reator. Um número de hastes remanescem normalmente no núcleo durante a operação.
· Refrigerador: Dois sistemas de refrigeração separados com quatro bombas circulam a água através dos tubos de pressão para remover a maioria do calor liberado pela fissão. Há também um sistema de emergência refrigerando do núcleo, que entra em operação se um ou outro circuito do refrigerador for interrompido.
· Separador de vapor: O vapor do reator aquecido é enviado às turbinas e estas criam eletricidade, através do gerador. O vapor então é condensado e reenviado ao circuito de resfriamento.
· Contenção: Não há nenhuma contenção segura no sentido aceite no ocidente. O núcleo do reator é situado em uma cavidade de concreto que age como um protetor contra a radiação. O protetor ou o tampão superior da contenção acima do núcleo é feita de aço e suporta os conjuntos do combustível. Os separadores do vapor dos sistemas de refrigeração são abrigados em seus próprios protetores de concreto.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Fernet-Branca, Itália

Fernet-Branca, Itália
Bebida

Fernet-Branca, Itália




Fernet-Branca, Itália
Bebida


O estrangeiro que se senta em um bar em Puerto Madero ou na Recoleta provavelmente vai pedir um vinho ou uma cerveja argentina e se levantar da mesa se sentindo muito portenho.
Mas o drinque nacional da Argentina, uma espécie de caipirinha dos "hermanos", é outro: o "fernet con coca", ou com "cola", mas os mais íntimos também o chamam de "fernando", "fernucho" ou "cabezón" (este último, para uma dose mais forte).
Vendida por até 40 pesos (R$ 18) na vida noturna da capital, a bebida tem como ingrediente-base, como o próprio nome diz, o fernet.
Criado em 1845 pelo boticário Bernardino Branca, em Milão, o "amaro" chegou à Argentina nas malas dos imigrantes italianos, como remédio -recomendado para curar os eventuais enjoos que poderiam acometer aqueles que cruzavam o Atlântico.
Embora os mais velhos ainda guardem suas garrafas no banheiro, nas gerações seguintes elas passaram às prateleiras da despensa.
O sabor amargo, frequentemente comparado ao Campari ou à Jägermeister (embora com menos açúcar, e sim, o primeiro gole pode não ser dos mais agradáveis), caiu no gosto local e hoje só fica atrás do vinho e da cerveja em vendas -com aproximadamente 20 milhões de litros consumidos anualmente no país.
Diversas marcas vendem a bebida, mas a mais comum em bares chiques, e também a mais cara, é a da destilaria criadora do produto, a Fratelli Branca. Sua receita, secreta, inclui mais de 40 ervas na composição, entre elas o caríssimo açafrão -pelo qual a empresa responde por 75% do consumo mundial.
Já em 1925, a companhia instalou uma fábrica próxima a Buenos Aires. Hoje em dia, sua planta argentina é a única em atividade fora de Milão. O processo de fabricação envolve o descanso do líquido por até um ano em barris de carvalho.
Se Buenos Aires responde pelo maior consumo geral da bebida, com 35% do total na Argentina, Córdoba detém a liderança do consumo "per capita". É desta que vem a receita mais famosa de fernet con coca, o "90210": 90% de Fernet, duas pedras de gelo e 10% de Coca-Cola.
O mais comum na capital argentina, porém, é que a dosagem seja mais fraca, com mais gelo e menos álcool. Em muitos lugares, o copo vem somente com fernet e gelo, e o cliente, com a garrafa de Coca (ou Pepsi, dependendo do bar, embora os puristas não a recomendem), ministra a dosagem.
Integrado ao imaginário do país, "Fernet con Coca" também se tornou um hit da banda de rock Vilma Palma e Vampiros em 1993. E, ao contrário do que pensa Alfred Pennyworth (Michael Caine), o mordomo de Bruce Wayne, em "Batman: o Cavaleiro das Trevas Ressurge", é muito mais fácil encontrar um trago de fernet numa esquina de Palermo Soho do que na Itália.
Texto 2:
Fernet (Italian pronunciation: [ferˈnɛt]) is an Italian type of amaro, a bitter, aromatic spirit. Fernet is made from a number of herbs and spices which vary according to the brand, but usually include myrrh, rhubarb, chamomile, cardamom, aloe, and especially saffron, with a base of grape distilled spirits.
Fernet is usually served as a digestif after a meal but may also be served with coffee and espresso or mixed into coffee and espresso drinks. It typically contains 45% alcohol by volume. It may be served at room temperature or with ice.
While the Italian liqueur has a cult following in the international bartending community, it is immensely popular in Argentina. The South American country consumes more than 75% of all fernet produced globally and because of its popularity, it has Fratelli Branca's only distillery outside of Italy. As it is traditionally mixed with Coke, fernet has also contributed in making Argentina one of the biggest consumers of Coca-Cola in the world. Fernet and Coke (Spanish: fernet con coca) is so ubiquitous in Argentina that it has been described as "the country's unofficial drink".
Fernet was introduced to Argentina by Italians during the Great European immigration wave to the country. It is particularly associated with Córdoba Province, which has been called "the world fernet capital"; almost 3 million litres are consumed there annually, representing just under 30 percent of national consumption. National production is around 25 million liters, 35% sold in Buenos Aires Province and the Autonomous City of Buenos Aires. Fernet-Branca is by far the most popular brand in the country, leading the market and reaching a "mythical" status among Argentines. Other popular brands include 1882, Capri, Ramazzotti and Vittone.
Fernet is commonly mixed with Coca-Cola, a mixed drink known as fernet con coca (Spanish for "fernet and Coke") or fernando. This drink was popularized during the mid-1980s encouraged by advertisements of Fratelli Branca in Buenos Aires TV stations with national scope, its popularity growing steadily ever since. In fact, fernet has had the highest growth in consumption in the last 10 years. The popularity of fernet is so strong that many bars in Buenos Aires have removed it from their menus to encourage consumption of more expensive drinks. Texto da Wikipédia.
Nota do blog: Data e autoria da imagem não obtidas.

Fernet-Branca, Itália




Fernet-Branca, Itália
Bebida



Fernet é uma bebida alcoólica amarga (bitter) obtida por meio da maceração no álcool de diversas ervas e raízes medicinais, entre elas o ruibarbo, e a gentiana, a quina, o alóes e o agárico; é usado como digestivo e tônico.
Fernet foi criado em 1845 por Bernardino Branca em Milão, na Itália. A preparação era mexida com uma barra de ferro que ficava brilhante com o uso, possivelmente por ação de substância contidas nos vegetais utilizados; daí o nome da bebida(fer+net, no dialeto milanês do italiano significa ferro limpo).
O uso do Fernet popularizou-se a partir da epidemia de cólera de 1865, surgida na Europa mediterrânea, pois ele é anticolérico. Apesar de ser inventado na Itália o Fernet é praticamente visto como uma bebida Argentina, principalmente devido a grande imigração de italianos para esse país e por ser lá o país mais consumidor do mundo da bebida. Os italianos usam Fernet o misturado no café, já no Brasil pode-se encontrar usuários que o põem na cachaça, como uma variedade de rabo-de-galo.
Uma bebida amarga, que mistura mais de 40 ervas. Assim é o Fernet, paixão dos argentinos, que chegam a consumir 13 milhões de litros por ano. Ame-a ou deixe-a.
Os argentinos têm uma relação muito estranha com o sofrimento. Por isso não me causa espanto que uma das bebidas nacionais, o Fernet, seja uma das coisas mais amargas que provei na vida. O que me causa surpresa, isso sim, é que menos de um ano depois de morar aqui eu já bebia Fernet com prazer! Sete anos depois, já não vivo sem! Para muitas pessoas, seu sabor é intragável. É um caso de ame-a ou deixe-a.
A bebida foi criada em 1845 em Milão, na Itália, e chegou aqui com os imigrantes. Hoje, a Argentina é o único país que produz a chamada Fernet Branca fora da Itália. Originalmente, era vendida como um digestivo, ou então como remédio. Além de vermífugo, diziam que era ideal para cura da ressaca, do desconforto gastrointestinal e alívio da cólica menstrual.
É produzida pela maceração 40 ervas e especiarias em barris de carvalho, entre elas aloe, codeína, louro, absinto, casca de laranja, ginseng, erva-de-São João, sálvia, óleo de hortelã e açafrão, tudo numa base de aguardente de vinho.
As proporções da mistura constituem um segredo de Estado. Há mais de 20 marcasnas prateleiras, sendo que a mais consumida é a Fernet Branca (que na verdade é preta, o nome é uma homenagem ao seu criador, Bernardino Branca).
Na Argentina, se toma o Fernet misturado com Coca-Cola. As quantidades e maneiras de preparar a bebida provocam discussões, mas a receita vem mesmo da fábrica:
Embora a bebida tenha um consumo que chega a 13 milhões de litros por ano na Argentina, o vocábulo não constava de nenhum dicionário de língua espanhola. Deveria estar entre “fernandino” e “ferocidad”. Mas não estava. Pelo menos até o ano passado!
Numa bela sacada de marketing, a empresa Fernet 1882, produtora da bebida na Argentina, iniciou um movimento para incluir a palavra no Dicionário da Real Academia Espanhola (RAE). ¿Por qué “güisqui” y “coñac” sí, y fernet no? E conseguiu! A bebida mais consumida na província de Córdoba entrou na 23a edição do dicionário da Real Academia Espanhola. E a definição é a seguinte: licor amargo, a base de ervas.
No dicionário argentino faz tempo que já está: fernet o ferné .m. Arg. Bebida alcohólica amarga, de propiedades digestivas, que se obtiene de la maceración de hierbas y raíces. En Argentina se acostumbra endulzarla con gaseosa coca.
Independente de como você queira denominá-la, vale o aviso: vá com calma. Você pensa que Fernet é água? Fernet não é água não!
Em 1845, em Milão, Italia, o visionario Boticario Bernardino Branca criou uma bebida com propiedades singulares, a que chamou Fernet.
Assim se iniciou a história de uma marca que sería reconhecida mundialmente: Fernet Branca.
Três filhos do casamento de Carolina y Bernardino Branca, Luigi, Giuseppe
e Stéfano, colaboram com a elaboracião do Fernet, cada vez más apreciado por suas qualidades digestivas e seu sabor. A grande aceitação da bebida, faz com que a família Branca supere rápidamente a fase artesanal e comece a produção em grande escala da bebida dando nascimento a Fratelli Branca Destilerías.
A águia segurando uma garrafa de Fernet Branca durante o vôo do mundo aparece pela primeira vez no calendarios de Branca em 1895. Depois de alguns anos de uso, a 27 de novembro de 1905 o logotipo oficial é depositado no Ministério da economia nacional da Itália.
A marca, que ao longo dos anos tornou-se o símbolo da empresa, é uma fonte importante: o autor é Metlicovitz Leopoldo, nascido em Trieste em 1868, um dos artistas mais representativos do seu período, um ponto de referência para muitos jovens talentos, em primeiro lugar Marcello Dudovich.
Fernet Branca torna-se um sucesso, não só na Itália, mas em toda a Europa. Recebeu numerosos prêmios por qualidade em exposições internacionais Em 1900 Fernet Branca já comercializado em mais de 40 países e começou a aterrar na América; Em 1925, o estabelecimento de Saint Louis em França, é inaugurada. Em 1926, Fratelli Branca Stuttgart-Germany começa na fabricação e comercialização de seus produtos.
Já em 1934, em Nova York começa a operar as instalações para a produção e fornecimento de Fernet Branca para o mercado norte-americano.
Em 1941, na Argentina, Fratelli Branca iniciou suas operações no estabelecimento de Parque Patricios. Em 1982 compra participação de 50% na Carpano. Em 1987 Fratelli Branca Distillery adquire Candolini Tarcento e 2001 entrou no portfólio Caffè Borghetti, verdadeiro licor de café espresso.
Com imigrantes italianos do final do século XIX veio a Argentina Fernet Branca. Por causa de sua ampla aceitação, a empresa decidiu em 1925 que a empresa concesionaria exclusiva Hofer & C. Buenos Aires para vender o famoso "amaro" ítalo chamar a bebida do extrato enviado do pai italiano.
Com a crescente demanda Fratelli Branca decidiu em 1941 para se estabelecer em nosso país a produzir localmente. Iniciou suas operações em Uspallata rua, no bairro de Parque Patricios em uma fábrica de 11.000 m2, com a Argentina o único país além da Itália Fernet Branca é produzido.
Em 1982, a adega mais moderno da América do Sul Tortuguitas, Buenos Aires é construído.
Em março de 2000 ele se juntou em uma área de 30.000 m2 de escritórios administrativos e uma nova planta com a tecnologia mais recente equipamento.
Em 2006-2009, as instalações de produção são expandidas; e em meados de 2010, a construção de um novo armazém de 15.000 m2 começa.
Há Fernet Branca, Branca Menta, Punt e Mes e Borghetti é feita. As bebidas que são distribuídos em todo o país e exportados para o Uruguai, Chile, Bolívia , Paraguai e Brasil.
Sabemos con certeza dos cosas sobre el fernet: que surgió en Europa y que surgió en algún momento durante la primera mitad del siglo XIX. Todo lo demás es un misterio. Su nacimiento es una incógnita, un mito, un punto oscuro de la pequeña historia lateral de las anécdotas geniales, narrado mil veces, de mil maneras distintas. Su fórmula varía, también, de marca en marca. La cantidad de hierbas, hongos y especias que se utilizan para la elaboración del fernet es más de treinta y menos que infinito. Algunos de ellos: manzanilla, áloe, mirra, ruibarbo, azafrán, codeína, remolacha, hoja de coca, ajenjo, laurel, naranja, menta, salvia. Todos estos ingredientes no son más que rumores salvo, quizá, por la manzanilla y el caramelo, los únicos dos que revelaron hace algunos años en un documental de Discovery, y que sólo por eso estoy dispuesto a reconocer.
Existe un texto que documenta los orígenes de la bebida. Fue publicado en 1902 por la editorial La Verdad y se llama "Historia del Fernet". Es inhallable, y sabemos de su existencia por el registro que hizo Facundo Di Génova en su excelente libro El barman científico (Siglo XXI, 2008). "El fernet dice Di Génova fue la bebida que más me costó rastrear. Durante mucho tiempo, busqué inútilmente en sótanos, bibliotecas y desvanes."
Es lógico que los orígenes del fernet sean oscuros, y su composición, un misterio. En un libro hermoso que se llama "La invención de la Argentina", Nicolás Shumway habla de las "ficciones orientadoras", ideas que surgen con las naciones, que les dan sentido y dirección, que les otorgan un hado, una vocación, o que sirven de metáforas de su espíritu. "Las ficciones orientadoras de las naciones no pueden ser probadas dice Shumway, y en realidad suelen ser creaciones tan artificiales como ficciones literarias. Pero son necesarias para darles a los individuos un sentimiento de nación, comunidad, identidad colectiva y un destino común nacional." ¿El fernet es eso? Mi hipótesis blanda es que un poco sí, a la manera medio caótica y desarticulada en que los argentinos contamos nuestras historias. Su color opaco, su olor fuerte y especiado, su sabor intolerablemente amargo, su textura áspera; éstas no son características físicas del fernet, sino cualidades emotivas.
Un amigo cordobés, que además es antropólogo, me dijo: "Cortar una botella de plástico por la mitad para hacer fernet es una institución argentina, es una verdad espiritual de la nación, como que los porteños se sobrepsicoanalizan, como que la defensa de Boca te caga a patadas. Fijate en Facebook, hay gente que quiere que Bernardino Branca esté en el billete de 50 pesos. No es que están haciendo un chiste, no. Lo quieren en serio".
Me animaría a definir el fernet como una anécdota en los pliegues de la primera modernidad argentina. A principios del siglo XX, la intensa inmigración europea definió los contornos perennes del perfil cultural de la nación en el rosario que arman los eslabones del tango y la cumbia, el fútbol y el mundo del trabajo. Un líquido imperfecto, proletario, agresivo, con una historia de peregrinaje trasatlántico y una identidad multifacética.
Porque, piénsenlo bien, jamás vamos a terminar de saber qué es exactamente el fernet, una bebida que está siempre en tránsito, a mitad de camino. Entre Italia y la Argentina; entre un galpón transpirado y cuartetero de los confines de Córdoba capital y el bar más exclusivo en la hipersofisticada Nueva York; entre la infusión, el aguardiente, el jarabe para la tos, el aperitivo y el shot; una bebida que, como el diablo, transmigra todo el tiempo. "El fernet es oscuro, desagradable, vil, malvado", dice Logan, bartender y periodista gastronómico del portal MetroWize, de la ciudad de San Francisco, en California, una ciudad en la que la bebida italiana está muy de moda últimamente, y completa: "Un desafío que no todos pueden tolerar".
El origen del fernet, como pasa con todas las grandes cosas de la vida, es opaco. Hay muchas historias. Narraciones asépticas de alquimistas febriles que en una fría madrugada de mediados del siglo XIX combinan ingredientes, persiguiendo la fórmula de algo que todavía no saben qué es, pero que intuyen revelador: un líquido oscuro capaz de conjurar las propiedades de todas las hierbas del mundo. Porque, una cosa debe ser dicha, aún a pesar de perder, en cierta medida, el aspecto romántico del relato:el fernet nació como un remedio o un jarabe, y en sus orígenes fue más parecido a la Hepatalgina que a otra cosa.
Preferir una historia sobre el origen del fernet a otra no es realmente una variable del consumo, sino de la producción. En efecto, desde que el mercado argentino de la bebida se volvió tan competitivo hace 10 años, no más, las marcas han apelado al mito originario, la fábula bíblica del nacimiento del fernet, para distinguirse y construir su identidad. Se sabe: la tradición, lo genuino, la experiencia real de consumo que va más allá de la mera ingesta física de un producto durable, es el ABC del marketing moderno, y las marcas han apelado a esa certeza con fervor.
Pero, como en toda historia, en la constelación de relatos sobre la historia del fernet hay una guerra silenciosa por el sentido verdadero. Quien hegemoniza esa historia es, por supuesto, Fratelli Branca, la compañía milanesa más exitosa, que ubica el nacimiento del licor en 1845 y se lo atribuye a Bernardino Branca, un boticario italiano, y a su fiel ayudante, que ha pasado a la historia sin nombre de pila, aunque sí con su profesión: el Doctor Fernet. Esta historia es verosímil en un punto: la palabra "fernet", en realidad, no se usó para designar genéricamente a la bebida sino hasta mucho tiempo después, y hoy en día incluso es más bien su nombre de exportación. En Italia, de hecho, se le sigue diciendo "amaro" a la gama de bebidas a la que pertenece. Sobre esta historia se asienta todo el sentido del célebre claim: "Unico".
Sin embargo, no es la única historia. En las narraciones de sus competidores de alta gama, el buen don Bernardino es relegado hacia un lugar más piadoso y lateral, y todo el crédito se lo lleva el doctor, que, además, ni siquiera es italiano, sino suizo. Por otra parte, hay otra versión en la que fernet, en realidad, deriva de una voz lombarda (milanesa, para ser precisos) que hace alusión a la plancha de hierro al rojo vivo que se utilizaba en la elaboración de la bebida. "Fer" es hierro, "net" es limpio. Suena lógico. En este relato estamos en el año 1815, unos 30 años antes de la fundación de Fratelli Branca, y el negocio lo habría hecho un tal Ausano Ramazzotti, un distribuidor de bebidas freelance, corpulento y elegante, que recreó o mejoró la fórmula original con algunos ingredientes extra, incluyendo la cáscara de la rara variedad de naranja de la isla de Curaçao con la que se hace el trago azul del mismo nombre.
Me acuerdo de una vez que viaje a Córdoba con unos amigos. A la noche, encontramos un bar chiquito, pero con bastante circulación, y nos sentamos. Guiados por nobles sentimientos de autodestrucción y anhelando mimetizarnos con el ambiente, esas vacaciones decidimos tomar únicamente fernet, descubrir sus complejidades, integrarnos en lo que suponíamos era el carnaval de las mil formas de tomarlo. Promediando la noche, me acerqué hasta la barra para recargar el trago. A mi lado, un cordobés de tonada pronunciada, alto y flaco, gritó por sobre la música: "Un noventa dos diez". No supe si había entendido bien, pero automáticamente pensé en el romance tórrido e intempestivo entre Brenda y Dylan. Me resultó curioso, así que presté atención al barman, que se dio vuelta, preparó el trago y se lo alcanzó a mi circunstancial compañero. Era un simple y llano vaso de fernet con coca. Muy negro, transpirado, con una capa de densa espuma marrón que sobresalía por encima del vidrio. No me animé a preguntar, inhibido por lo que, entendía, era la vergüenza de no saber algo que debía ser elemental y por el escándalo de haber pedido porteño, torpe e inexperto simplemente "un fernet".
A mitad del vaso me paré y le fui a preguntar. "Che, ¿qué es un 90210?" El pibe levantó la vista, contuvo una sonrisa de autosuficiencia cordobesa y me dijo: "Noventa de fernet, diez de coca y dos hielos, amigo". O sea que así de enfermos y rudos son los cordobeses.
Córdoba es, como todo pedazo de tierra que no ve al mar, una extensión de terreno duro y impetuoso. Su capital es la segunda en población del país y, como tal, ha habilitado buena parte de los íconos culturales del ser nacional: los chistes zafados, el cuarteto y el fernet con Coca, entre ellos. Según la Cámara Argentina de Destiladores Licoristas, a diciembre de 2010, se vendieron más de 20 millones de litros de fernet en toda la Argentina, una cifra inapelable que ubica al amargo como la tercer bebida de mayor consumo en el país, detrás del vino y la cerveza. El 30 por ciento de esa venta le corresponde a Córdoba capital, lo que le otorga el para nada despreciable título de la ciudad que más fernet per cápita consume en el mundo entero: casi siete millones de litros de fernet por año. Los cordobeses toman esta cifra como un orgullo y como una insignia, reconocida sin distinción de clase social ni nivel de escolarización, porque en Córdoba el fernet con Coca no es sólo una bebida sino una tecnología de la sociabilidad.
Ok, el cierre del párrafo anterior es la idea de todo el artículo; a saber, que el fernet es más que una bebida. Esto, que bien podría decirse de cualquiera de las otras grandes bebidas nacionales, en el caso del fernet funciona a niveles mucho más profundos y complejos. Tomemos, por ejemplo, el caso de otra de las grandes bebidas nacionales: el vino. Su consumo tiende a ser más masivo y a estar muy arraigado en la idiosincrasia argentina, su proceso de producción se encuentra altamente diversificado y tecnificado y la oferta de cepas, varietales, marcas y gamas tiende al infinito. A la vez, es, sin lugar a duda, una bebida global, producida y comercializada globalmente incluso al interior de las fronteras argentinas. Sí, es cierto, su mística folclórica es poderosa, pero su derrotero histórico y sentimental es menos sinuoso y, en la actualidad, se ha convertido en una bebida distinguida e hipertematizada por la moda de la vida gourmet.
La historia del fernet, en cambio, es más rara. No sólo porque perfectamente puede funcionar como una metáfora del primer gran proceso de modernización social, política y cultural de la Argentina, hacia la primera década del siglo XX, cuando la inmigración más masiva en la historia del país importó a nuestras tierras dos cosas, entre muchas: el anarquismo y el Branca; sino también porque su consumo confuso y todavía pobremente documentado se expandió de manera inédita por todo el territorio nacional a lo largo de muchos años, y, de alguna manera, corrió en paralelo con significativas transformaciones que se dieron en el mundo popular a lo largo del siglo.
De hecho, como ya mencionamos, cuando el fernet llegó a la Argentina era utilizado con fines medicinales combinado con agua, soda o vermú rojo. Y, en las postrimerías de la Década Infame, en 1941, Branca abrió su primera y única planta productora fuera de Italia, una construcción robusta de ladrillos en el corazón de Parque Patricios, con lo cual fácilmente podemos inferir que ya para esa época el mercado del fernet en la Argentina era considerable. A partir de entonces, el amargo tendrá 40 años de vida silenciosa, expandiéndose a lo largo y ancho del país. Fue recién a mediados de la década del 80, en la posapertura democrática, que nacería y se popularizaría en su mejor versión: mezclado con bebida cola.Por otra parte, y no casualmente, éstos serán los años en que el cuarteto cordobés entraría en el proceso de modernización final en que adquiriría el perfil con que lo conocemos en la actualidad y que lo traería por primera vez a Buenos Aires. Como está documentado en el excelente libro del antropólogo Gustavo Blázquez, "Músicos, mujeres y algo para tomar" (Recovecos, 2008), fernet y cumbia fueron desde siempre una combinación imbatible, y no debería extrañarnos que, mientras Juan Carlos Jiménez Rufino, alias "la Mona", se separaba del Cuarteto de Oro y comenzaba su carrera solista para llevar la música cordobesa al siguiente nivel, en 1984, alguien, en otro barrio periférico de la capital mediterránea, estuviese mezclando por primera vez el licor amargo y la gaseosa.
En los 90, el fernet se expandió por el país casi como ninguna otra bebida y llegó de Córdoba a los barrios de Buenos Aires. El puntapié inicial estuvo dado por una campaña que lanzó la más popular marca de fernet hacia fines de los 80: Branca y Cola (N. de R.: este humilde cronista no pudo averiguar en qué año específicamente se lanzó la campaña, pero varios amigos publicistas coinciden, luego de varias pericias, que, por la iluminación, los colores y el estilo, está entre 1988 y el 1989). Era un afiche en el que se mostraba, en primer plano, la botella del amargo italiano y, más atrás, una botella de Coca-Cola a un costado y, al otro, un vaso espumante y transpirado que combinaba ambas bebidas. Abajo, el clásico claim: "Unico". Esta acción coordinada de las dos marcas desató la explosión, y es uno de los ejemplos más cabales de campañas que logran captar un consumo todavía incipiente en un lugar específico del país para popularizarlo e imponerlo en la vida cotidiana de los argentinos.
Los intentos de este humilde cronista por averiguar cómo habría funcionado el proceso fueron infructuosos; ¿las marcas habían impuesto la tendencia de mezclar fernet con Coca o habían captado algo que ya ocurría, de hecho, en el interior del país? Cada posición tiene sus defensores; tanto el movimiento arriba-abajo, según el cual el cóctel fue puramente una movida publicitaria que pegó, como la versión inversa, abajo-arriba: que surgió como un consumo de sectores populares que terminó siendo utilizado por Branca y Coca-Cola cuando ya estaba largamente divulgado por el país. Lo cierto es que es probable que el proceso real haya sido algo intermedio, una combinación entre ambas posiciones cuya diferencia fundamental es más de énfasis que de contenido.
Más allá de las especulaciones, la campaña fue un éxito. Hoy en día se usaría, aunque con un sentido mucho más fugaz, la palabra "viralizar". Sin embargo, hay que esperar hasta 1994 para ver la verdadera consolidación del fernet dentro del imaginario popular argentino. Hablo, por supuesto, de los versos inmortales:"Qué pasa / Qué pasa / Que no hay más fernet con Coca" que se encuentran en el disco Fondo Profundo de Vilma Palma e Vampiros. Esta hermosa canción que probablemente recuerde cualquier nacido en los 80 y más allá, alcanza para tematizar la masificación del fernet por esos años, que lo llevó de representar el 4% de la producción local de espirituosas, en 1988, a rondar el 30% al día de hoy.
De alguna manera la historia de la expansión del fernet allende las fronteras de Córdoba se da por la yuxtaposición compleja y parcialmente indescifrable de varios factores. La modernización de la música tropical del interior y su importación a Buenos Aires, la diversificación del mercado argentino de bebidas alcohólicas, una presencia centenaria en las mesas familiares del domingo, que se transformó en tradición, y una efectiva campaña publicitaria en el momento justo son, entre otros, los elementos que componen el mito imperialista del fernet. Un mito que, en el final del siglo XX, funciona como una inversión del flujo civilizatorio que un siglo antes había consolidado el Estado argentino: la mezcla, oscura y pendenciera, de licor italiano y gaseosa, se abrió paso desde la periferia hasta el centro y se impuso. Y con él, se impuso también una economía emocional del placer etílico que armonizó con el fin de época y reemplazó al champagne menemista por el fernet de la posconvertibilidad.
Hacia el 2000, año en que el Potro Rodrigo se mata en la autopista Buenos Aires-La Plata, el amargo italiano ya es un consumo reconocido y consolidado en ciudades como Tucumán, Mendoza o Buenos Aires, con un mercado en expansión que seguirá creciendo a niveles inéditos en los años que siguieron a la crisis. De hecho, a partir de 2001, la producción y comercialización del fernet vivió transformaciones intensas hasta afianzarse como uno de los fenómenos más llamativos en toda la región. Sólo en Buenos Aires, la venta de la bebida creció en un 115 por ciento entre el primer año del nuevo milenio y 2008, y llegó incluso a disputarle a Córdoba el primer lugar en el ranking de ciudades argentinas más ferneteras, con un 35 por ciento del consumo total, aunque distribuido entre más habitantes. Esto, que parece una transformación en los hábitos de consumo, es, en realidad, un cambio en las estructuras sentimentales de la Argentina.
En este contexto, nuevos actores comenzaron a intervenir, intentando disputar el liderazgo absoluto de Branca en un mercado que ronda los 300 millones de pesos de facturación anual. Un beneficio inestimable para quienes consumimos fernet con pasión y asiduidad, quienes, hoy por hoy, podemos encontrar en las góndolas una oferta hiperdiversificada y competitiva en un arco que va desde los alta gama Cinzano, de Cepas Argentinas (un fernet outdoor y cool), y Ramazzotti, de Pernod (que apela a la tradición más pura y dura), hasta los ya mezclados y tóxicosFernandito VII o Chabona, pasando por los media-baja gama Lusera (Cepas Argentinas) o Capri (Pernod). Probarlos todos puede ser una empresa noble, aunque peligrosa, y por eso recomiendo a los sommeliers plebeyos del elixir nacional remitirse al muy buen artículo escrito por el propio Facundo Di Génova bajo el nombre de "InFernet" se encuentra fácilmente googleando, en donde, con precisión poética y una florida paleta de adjetivos, describe sabores y usos sociales de las catorce variedades y marcas que se pueden encontrar en las bateas del supermercado.
Pero volvamos a lo nuestro. En medio de este vórtice de renovación y competencia extrema (el nuevo capitalismo, mis amigos, es un deporte de alto riesgo), hay un fernet surgido en los últimos años que se destacó rápidamente en el mercado como un posible contendiente de cuidado para disputar la hegemonía del águila septentrional. Lleva en la etiqueta el año en que se fundó la empresa que lo produce Porta Hermanos y apareció con una campaña publicitaria heterodoxa, conceptual o bizarra, que llegó a todas partes del país vía YouTube antes de que el producto estuviese efectivamente en los supermercados. Estamos hablando, por supuesto, de 1882.
¿Cómo pelear en un mercado hiperconcentrado donde tu rival parecer significarlo todo? 1882 está genéticamente diseñado para ser todo lo contrario a lo que es Branca: un fernet sin tradición, pero que está a la vanguardia; un fernet sin arraigo milanés, pero con impronta cordobesa. Aún más: una marca sin producto, un fernet sin fernet, pero con conceptos. Las sorprendentes campañas de 1882 tienen algo de nuestra época. Vos estás viendo la televisión y atrás de la publicidad del yogur digestivo aparece un pequeño corto, de 14 segundos, con un colibrí que tira rayos por los ojos. Sobre el final, una botella de 1882 gira sobre su propio eje con sonido de sable láser. Otro: aparece en cámara, en primer plano, una pelada. De repente, se dibuja una carita feliz sobre la cabeza expuesta y se reproduce un recordado sonidito del ICQ. Al final, una botella de 1882 gira sobre su propio eje, con sonido de sable láser. Las publicidades del licor de Porta Hermanos son muy difíciles de narrar por una razón: no tienen sentido. Barthes se hubiese frotado las manos.
¿Qué tienen las campañas de 1882 que nos seducen tanto? Bueno, por empezar, no son campañas en un sentido tradicional, sino happenings televisivos, intervenciones sobre el discurso publicitario, historias autoconclusivas o sin conclusión posible, con una sofisticada estética retro o independiente o cuidadamente desalineada, que funcionan cada una con autonomía de las otras, porque, en rigor, no se está reconstruyendo ninguna historia y no hay nada que contar; es un producto sin historia y sin futuro, una experiencia instantánea. Lo que realmente hace 1882, finalmente, es desmitificar el fernet, oradar ese manto místico del ritual centenario, del secreto mejor guardado en la historia, de la magia tradicionalista y decimonónica, que es el patrimonio exclusivo de Branca, para transformarlo en otra cosa, una forma, un estilo, un momento. No sé si esto es bueno o es malo realmente, pero lo que sí pienso es que el sentido último de 1882 sería una campaña intrascendente, fugaz, experiencial, una intervención urbana delirante con globos con forma de delfín y la presencia de alguna olvidada estrella de la televisión argentina de los 70, a lo largo de la cual, en algún momento, se revele de una vez y para siempre la fórmula oculta de Fratelli Branca. Ese sería el fin.
Los datos de la distribución del mercado de fernet en la Argentina son inaccesibles. No los da Branca ni los da Porta Hermanos, al menos al cierre de esta edición, acaso preocupados los primeros por no admitir que el 1882 le sacó más porción de las ventas que las que estarían dispuestos a tolerar, acaso preocupados los segundos por no admitir que, aunque crecieron bastante, no crecieron lo suficiente como para cuestionar la hegemonía del águila. Hacia mediados de la década pasada, circa 2006, Branca ostentaba un porcentaje que variaba, según las crónicas de época, entre el 55 y el 65 por ciento del mercado total. Y, aunque mis amigos cordobeses me digan que allá el 1882 se impuso, de alguna manera u otra, todavía está lejos de haber ganado el paladar de los cultores del fernet en el resto del país, un proceso complicado y que le llevará tiempo.
Y, aunque por ahí de a ratos parezca que sí, el derrotero de una de las bebidas más argentinas del mundo todavía no está ni cerca de cerrarse. Durante los últimos años, de hecho, el fernet se puso muy de moda en algunas de las grandes urbes del mundo civilizado. Mientras que en Italia sigue consumiéndose de la manera tradicional, es decir, en pequeñas dosis, como aperitivo antes de las comidas o con el café, y en Buenos Aires algunos consumidores osados se animan a experimentar mezclas heterodoxas ( "1/3 de fernet, un chorrito de limón y 2/3 de gaseosa lima", me dijo un periodista gourmet), otras ciudades importantes, como Berlín o Nueva York, por ejemplo, ya ostentan un incipiente pero creciente consumo. Sin embargo, el centro neurálgico del consumo trendy de fernet está en San Francisco, California, que se arroga el derecho de ser nombrada en los folletos turísticos como la segunda ciudad del mundo, detrás de Córdoba, con mayor consumo del aperitivo per cápita.
Allá el fernet no se toma con gaseosa, sino todo lo contrario: es lo que se llama "una bebida de bartenders", o sea, para iniciados. Se sirve puro, como un shot, y se lo acompaña con ginger ale, un refresco sin alcohol que se elabora con jengibre y limón, o se lo utiliza como ingrediente en toda una gama en expansión de cócteles experimentales y raros. Los testimonios abundan el granSean Penn dijo que era "la mejor mierda que había probado nunca" , y hay una serie de muy buenas crónicas en inglés de ésas que escriben los yanquis con muchísima pericia, que empiezan con un montón de gente diciendo que el fernet es horrible y terminan con una familia mirándose a los ojos y brindando con un shot por las cosas buenas de la vida. El gran camino del héroe, que no por estereotipado deja de ser conmovedor. Fernet: una historia de amor.
Fernet Branca celebra sus 170 años de historia que nace en el año 1845 de la mano de un boticario llamado Bernardito Branca en una ciudad del norte de Italia, Milán. En su imaginación soñaba con una bebida que trascendiera su época, su ciudad y a él mismo. Su creación implicó, hierbas, cortezas, raíces, frutos y cuidado artesanal, dando nacimiento a una bebida a la que bautizó Fernet.
Así nació Fernet Branca. Y con él un secreto, el de su elaboración. Respetado estrictamente por 170 años. Combinando sabiamente decenas de hierbas provenientes de distintas partes del mundo, maceradas en alcohol y una vigilada maduración durante 12 meses en cubas de roble de Eslavonia. Allí está su definitivo secreto, jamás revelado. Como parte de su espíritu único. El espíritu de Fernet Branca.
Hoy Fernet Branca debido a su gran aceptación es apreciado por los consumidores de todo el mundo y para celebrarlo la marca propone diversas acciones y actividades para todos los consumidores, oportunidades nuevas y únicas para disfrutar el producto y rememorar su rica y nutrida historia.
Es así que en la Argentina, la marca ha lanzado su comunicación integral dando inicio a este acontecimiento a través de su nuevo comercial (Hombre Lobo y Escaladores) y su comunicación 360 que incluye vía pública, radio, gráfica y TV abierta y cable. Asimismo, y por el año de su aniversario la marca presenta un logo haciendo alusión a su 170 aniversario.
Los consumidores, por su parte, podrán adquirir en supermercados y puntos de venta una edición limitada de estuches con un diseño alegórico a su aniversario. Este estuche presentará dos botellas: la tradicional de Fernet Branca- conocida por todos- y una nueva botella con un diseño especial con motivo del 170 aniversario. Este estuche se podrá conseguir a partir del mes de junio.
“Innovar conservando” es el lema que el fundador de la marca eligió como expresión y que hoy –como a lo largo de estos 170 años- se refleja en esta edición especial de estuches: renovados, pero preservando los valores y la tradición de la marca.
Único, el posicionamiento de Fernet Branca, valor que la caracteriza a nivel mundial desde hace 170 años.
En el marco de su Aniversario, cabe destacar además la participación de Fernet Branca en el Pabellón Argentino de la Expo Milán 2015, una de las exposiciones globales más importantes que recibe entre el mayo y octubre a más de 20 millones de visitantes de todos los puntos del mundo. Allí, la marca ofrecerá al público la degustación del clásico trago Argentino el “Fernet Branca y cola”.



Edifício Martinelli em Fase de Construção, São Paulo, Brasil - Gustavo Prugner

Edifício Martinelli em Fase de Construção, São Paulo, Brasil - Gustavo Prugner
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Fiat Tipo 2.0 16V Sedicivalvole, Brasil






Fiat Tipo 2.0 16V Sedicivalvole, Brasil
Produzido na Itália e exportado para o Brasil
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Pouquíssimos automóveis agitaram o mercado como o Fiat Tipo: apresentado no segundo semestre de 1993, o hatch italiano aniquilou concorrentes como Chevrolet Kadett e Ford Escort e ofuscou o lançamento do VW Pointer. Moderno e acessível, trouxe um bom nível de equipamentos mas o motor de 1,6 litro e 82 cv deixava a desejar.
Situação inversa vivia o Tempra: o sedã ítalo-mineiro era o mais rápido e veloz do segmento, indo de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos e beirando 200 km/h. Mérito do motor de 2 litros e 16 válvulas, cuja potência declarada de 127 cv parecia ser conservadora demais. O que todos suspeitavam acabou sendo confirmado com a chegada do Tipo 2.0 16V.
Apresentado em 1991, a versão italiana Sedicivalvole foi um dos melhores hot hatches da década: ia de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos e chegava aos 208 km/h de velocidade máxima, graças ao 2.0 de 16 válvulas que rendia ótimos 147 cv (bem acima dos 127 cv do Tempra, apesar de ser basicamente o mesmo motor). A adequação à gasolina brasileira fez com que ele perdesse 10 cv, mas ainda assim a relação peso-potência de 8,8 kg/cv era digna de respeito.
Seu 0 a 100 km/h era cumprido no mesmo intervalo do Tempra 16V: 9,85 segundos. Mas não demorou para que o público percebesse que o Tipo era um automóvel mais refinado: os 137 cv eram entregues de forma muito mais suave, graças a árvores de balanceamento que reduziam a aspereza do motor em altas rotações.
O câmbio de relações longas e a boa aerodinâmica resultavam em outra vantagem: a máxima de 206,7 km/h, quase igual à do modelo italiano. O Sedicivalvole era líder isolado em desempenho, seguido de perto pelos franceses Citroën ZX Volcane 16V e Renault 19 16V. O idolatrado VW Golf GTI era só uma visão distante no espelho retrovisor. Nenhum de seus rivais superava seus números.
A dirigibilidade também era favorecida pelas suspensões independentes: dianteira McPherson e traseira por braços arrastados. A firmeza comprometia o conforto, mas proporcionava saídas de traseira no limite da aderência (0,93 g), garantia de muito prazer ao volante. Os freios eram a disco nas quatro rodas, com ABS opcional. Além de colaborar com a estabilidade, os largos pneus 195/60 incrementavam o visual esportivo das rodas de liga aro 14. O visual externo era de bom gosto, com saias laterais, frisos vermelhos nos para-choques, lanternas traseiras com novas lentes e a inscrição Sedicivalvole na moldura da placa traseira.
A esportividade se mostrava presente também no interior: bancos esportivos, volante com aro revestido em couro e painel de instrumentos com manômetro e termômetro de óleo. Um detalhe charmoso era o pedal do acelerador em alumínio vazado, posicionado de forma a facilitar a realização do punta-tacco.
Encontrar um Sedicivalvole hoje não é tarefa fácil: em virtude da oferta limitada (pouco mais de um ano), os poucos exemplares remanescentes são ferrenhamente disputados pelos aficionados. Um deles é o colecionador paulistano Marcelo Paolillo, proprietário deste modelo 1995 em perfeito estado de conservação.
A carreira do Sedicivalvole foi abreviada por um revés econômico: em fevereiro de 1995, a alíquota do imposto de importação subiu de 20% para 70%, afetando sua viabilidade econômica. A solução encontrada pela Fiat foi nacionalizar a produção do hatch, mas apenas com o motor de 1,6 litro. Para tristeza dos entusiastas, nenhum Sedicivalvole deixou as portas da fábrica em Betim.

Fiat Uno Mille Brio, Brasil





Fiat Uno Mille Brio, Brasil
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O Uno Mille é filho do governo Collor. Para estimular a indústria nacional, bem como a criação de empregos, a equipe econômica daquela administração resgatou a categoria dos carros populares e aplicou uma drástica redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (de 40% para 20%), mas limitou o corte aos carros com motor de até 1 litro.
A Fiat se apressou para lançar um produto que se qualificasse ao novo patamar e, em dois meses, apresentava o Mille. Era agosto de 1990.
Bastou pegar o velho propulsor Fiasa de 1.049 cm3 (projeto de Aurelio Lampredi, produzido no Brasil desde 1976) e diminuir o curso do virabrequim em 3 milímetros. A medida reduziu o volume da câmara para 994 cm3 – a potência ficou em 48,5 cv.
Além da questão tributária, os equipamentos foram limitados ao essencial: bancos dianteiros sem regulagem de inclinação e traseiros sem encostos de cabeça. Desapareceram o retrovisor direito, o termômetro e as saídas laterais de ventilação.
Um dos opcionais era a transmissão de cinco marchas. Mas o equipamento era quase obrigatório: para aproveitar o torque de 7,4 kgfm, o diferencial teve sua relação encurtada, limitando o uso rodoviário – problema agravado pela supressão do isolamento fono absorvente da cabine.
A simplicidade radical do hatch, no entanto, conseguiu baixar o preço em 18% em relação ao Uno S, até então o carro nacional mais acessível.
Quarta colocada no ranking de vendas, a Fiat se viu sozinha no segmento que futuramente corresponderia a mais de 70% do mercado. E soube aproveitar o momento: aperfeiçoou a versão despojada quando o compacto já representava nada menos que 45% da produção do Uno.
Em junho de 1991, o público conheceu a primeira evolução dessa versão: a série especial Brio. As principais alterações eram de ordem técnica. O motor passou a respirar melhor com a substituição do carburador de corpo simples por outro de corpo duplo e acionamento mecânico do segundo estágio.
A melhora na alimentação pediu uma recalibração no motor: aumento na taxa de compressão e um novo comando de válvulas. Para completar, o sistema de ignição trocou o avanço centrífugo pelo a vácuo.
O rendimento foi sensível: a potência subiu de 48,5 cv para 54,4 cv. Parece pouco, mas foi um ganho de 12% em um carro de 790 kg. A maior elasticidade do motor Fiasa foi comprovada pelos números do teste de agosto de 1991.
Ainda que o desempenho ficasse em segundo plano, a máxima subiu de 135,7 km/h para 142,8 km/h, com o velocímetro marcando mais de 150 km/h. Além de mais veloz, o Brio era mais rápido: ia de 0 a 100 km/h em 18,3 segundos (ante 19,7 do Mille comum).
A surpresa do Brio foi a queda no consumo: na cidade saltou de 11,5 km/l para 11,8 km/l. Na estrada foi de 15,3 km/l para 16,2 km/l. Apesar de discretas, eram melhoras sensíveis e que garantiam o retorno do investimento: o Brio custava cerca de 16% a mais que um Mille comum.
Externamente, a diferença eram as faixas na coluna C, acompanhadas do sobrenome Brio. Os opcionais eram os mesmos do Mille: câmbio de cinco marchas, vidro térmico traseiro com lavador e limpador, apoios de cabeça, acendedor de cigarros e pintura metálica. Mas só o Brio trazia volante espumado, console central e estofamento em tons mais vivos.
Mas a vida do Brio foi curta: nem sequer disputou mercado com o Chevette Júnior, primeiro concorrente direto em 1992. O Fiasa abandonou o distribuidor em 1993 e adotou injeção eletrônica em 1996, sendo substituído pelo motor Fire em 2001.
Honrado e brioso, o Mille ofereceu direção hidráulica e ar-condicionado, cativando sua clientela fiel até o encerramento da produção em 2014.

Volkswagen SP1, Brasil





Volkswagen SP1, Brasil
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O SP1/SP2 surgiu no Brasil pelas mãos de Rudolf Leiding, o inventivo engenheiro que recebeu a missão de retomar a produção do Fusca em sua versão civil.
Ele assumiu a filial brasileira da Volks em 1968 e tratou de imprimir por aqui sua ousadia com o cobiçado cupê.
O alemão era famoso pelo espírito criativo. Sob seu comando, a Audi desenvolveu o modelo 100, que acabou dando origem ao belíssimo Coupe S.
Por aqui, ele apostou no potencial dos designers brasileiros e foi o responsável pela implementação do departamento de estilo da fábrica de São Bernardo do Campo, incentivando e apoiando iniciativas de profissionais como Marcio Lima Piancastelli (morto em 2015) e José Vicente “Jota” Novita Martins.
“Trabalhávamos escondidos na engenharia. O Piancastelli era meu chefe e o Leiding nos deu todo o apoio que precisávamos. Foi um verdadeiro pai”, diz Jota, autor dos esboços que dariam origem aos esportivos SP1 e SP2 (homenagem ao estado de São Paulo).
“O aval do Leiding nos deu essa independência e rendeu a ele o comando mundial da Volkswagen em 1971”, lembra o designer.
A filial paulista foi autorizada a produzir o carro já em 1972. E o evento de lançamento contou com a presença do próprio Rudolf Leiding.
A fabricação nacional foi realizada em parceria com a Karmann-Ghia, empresa que cuidava da estamparia e solda.
A carroceria pronta era então enviada para a fábrica da VW, onde recebia o tratamento contra corrosão e pintura.
A montagem final de todos os componentes ficava novamente a cargo da prestigiosa Karmann-Ghia: depois de prontos, os SP1/SP2 retornavam à VW, de onde eram finalmente distribuídos para as concessionárias da marca.
Como no início da carreira, Leiding soube trabalhar com o que tinha em mãos: a perua Variant compartilhava chassi plataforma e o tradicional motor boxer de 1,6 litro e 65 cv a 4.600 rpm com o SP1 – subdimensionado para os 890 kg do esportivo.
O SP2 apelava para um veneno de fábrica: pistões maiores e taxa de compressão mais alta, resultando em 1,7 litro e 75 cv a 5.000 rpm. Além disso, a relação do diferencial do SP2 era mais longa que a dos demais.
Os números de fábrica eram bem otimistas: a VW declarava que a velocidade máxima do SP2 era de 161 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h em 14,2 s contra 153 km/h e 0 a 100 km/h em 17,4 s obtidos em testes de QUATRO RODAS em julho de 1972.
Com 149 km/h de máxima e 0 a 100 km/h em 16,3 s declarados pela fábrica, é de se imaginar que o SP1 ofereça um desempenho ainda mais decepcionante.
O acabamento interno também exibia diferenças sutis: o SP1 vinha com bancos esportivos revestidos em curvim, enquanto o SP2 oferecia revestimento em couro opcional.
Console entre os bancos, luzes de leitura e alça de apoio para o passageiro eram itens exclusivos do SP2, que também apresentava instrumentação completa: velocímetro, conta-giros, marcador de combustível, relógio, amperímetro e termômetro (os dois últimos suprimidos no SP1).
Dada a pequena diferença de preço entre as versões, ninguém se surpreende com a disparidade entre elas.
O SP2 totalizou 10.205 unidades produzidas em cinco anos, ao passo que a produção do SP1 foi limitada a 88 carros fabricados de 1972 a 1973.
A grande maioria ganhou acessórios e até emblemas do SP2, tornando ainda mais difícil encontrar um exemplar em seu estado original.
Um deles é este exemplar fabricado em 1972 e que pertence a um colecionador de São Paulo.