Viaduto Nove de Julho / Viaduto Major Quedinho, Avenida Nove de Julho, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Foto Postal N. 24
Fotografia - Cartão Postal
Vista do Viaduto Major Quedinho na avenida Nove de Julho.
História do cartão postal:
O cartão foi enviado para a Inglaterra por um tal Edward, em 1940. A destinatária, Miss Marjorie Robbins, certamente sofreu tentando entender a caligrafia. Eu também penei bastante, e só consegui decifrar uma parte. Esta é a melhor transcrição que consegui fazer, e talvez alguém consiga completá-la. No lugar de cada palavra que não entendi, coloquei um sinal de interrogação:
Nota do blog: A primeira foto é do texto do cartão postal. A segunda é da casa a qual o cartão postal foi enviado, na cidade de Wallasey, Inglaterra (ela existe e deve existir por muito tempo ainda, extremamente bem cuidada, mesmo 80 anos depois, bem diferente do padrão que temos no Brasil). A terceira é a vista aérea do local.
História do cartão postal:
O cartão foi enviado para a Inglaterra por um tal Edward, em 1940. A destinatária, Miss Marjorie Robbins, certamente sofreu tentando entender a caligrafia. Eu também penei bastante, e só consegui decifrar uma parte. Esta é a melhor transcrição que consegui fazer, e talvez alguém consiga completá-la. No lugar de cada palavra que não entendi, coloquei um sinal de interrogação:
“Oct 11th 1940
S.P.
Here’s another Sao Paulo view [?]. Through this tunnel [?] gets [?] on his way to and from the airport. And that big ‘Goodyear’ sign is the one that stares him in the face wherever he walks about. Today there’s no chance of rolling far ([?] [?]) we have rain to [?] as all reminds one person it [?] [?] [?] of England. (The illusion is almost complete by daytime. But at night, when the lights go on, we know better!)
Lots of love, Edward”
S.P.
Here’s another Sao Paulo view [?]. Through this tunnel [?] gets [?] on his way to and from the airport. And that big ‘Goodyear’ sign is the one that stares him in the face wherever he walks about. Today there’s no chance of rolling far ([?] [?]) we have rain to [?] as all reminds one person it [?] [?] [?] of England. (The illusion is almost complete by daytime. But at night, when the lights go on, we know better!)
Lots of love, Edward”
Traduzir a
partir desses fragmentos é uma missão quase impossível. Mas com um pouco de
imaginação, é possível intuir o sentido geral. Para mim, a mensagem fala sobre
a dificuldade de andar de carro em São Paulo. Edward fala de alguém (de nome
ilegível) que sempre passa pelo “túnel” da foto, que na verdade é a avenida 9
de Julho cruzando o viaduto Major Quedinho. Mas quando chove, fica impossível
rodar até muito longe. E chove tanto em São Paulo, que às vezes se tem a ilusão
de estar na Inglaterra!
Imagino que a
chuva fosse um problema mesmo, sobretudo nessa 9 de Julho ainda sem asfalto.
Só de ver a foto já dá pra imaginar o lamaçal que devia virar. E Edward
acha curioso que essa cidade em que os carros atolavam tivesse como referência
na paisagem justamente um anúncio de pneus da Goodyear, que se vê na foto instalado no topo
do Martinelli. O inglês tinha uma letra péssima, mas uma ironia fina…
Não sei se eu
reconstituí direito a mensagem. Talvez o sentido fosse completamente outro. Mas
isso me fez pensar que não é só o texto do Edward que está fragmentado. A
própria cidade que ele conheceu também costuma nos chegar assim, e a memória
que temos dela é em grande parte inventada, num processo não muito diferente
deste.
(Outra coisa
que este cartão me fez ponderar é sobre a efetividade dos serviços britânicos
de censura durante a Segunda Guerra. Notem o carimbo azul: ele significa que o
cartão passou por um censor e foi liberado. Que censor mequetrefe é esse, que
libera algo que certamente não entendeu?)
Crédito para o blog "Quando
a cidade era mais gentil".
Nenhum comentário:
Postar um comentário