sábado, 12 de fevereiro de 2022

Quinzinho, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil

 


Quinzinho, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Ele foi o último personagem folclórico de Ribeirão. Imperou por mais de 60 anos. Seu reduto era a esquina da Única, o café no coração da cidade. Criou o mito da onipresença, era visto, ao mesmo tempo, em vários lugares: nos campos do Comercial e do Botafogo, na UGT (União Geral dos Trabalhadores) no Palmeirinha, no auditório da PRA-7, nadando na chácara dos Javaroni, andando nos trilhos da Mogiana. O mito também envolveu suas origens. Diziam que era de família rica, dono de vários imóveis. Pedia moedas apenas porque sua mãe, na infância, bateu muito em sua cabeça. Era dócil e não tinha vícios, ao contrário de Orelhinha e Peru (Orelhinha bebia muito e era nervoso, Peru era introvertido, taciturno). Joaquim Teixeira da Silva, o Quinzinho, até morrer, no dia 20 de junho de 2004, conviveu em pé de igualdade (ao menos em sua mente) com médicos, doleiros, políticos, jogadores de baralho, jornalistas, comerciantes, industriais. Quando partiu, não deixou substituto.
Nota do blog: Sempre via ele no centro da cidade, especialmente na esquina da Única. Haviam pessoas que o achavam engraçado, outras tinham medo, uns achavam um vagabundo, uns ficavam com dó e o ajudavam, uns o levavam para passear, etc. Tinha fama de malandro, engraçado, brincalhão e pregador de peças (mas também levava o "troco", chegou a ser pendurado em um estabelecimento comercial, comer alimentos com purgante, entre outros). Na realidade possuía algum tipo de doença/retardo mental, era uma criança no corpo de adulto. Embora não deixe de ser cruel, as pessoas achavam graça das atitudes que ele tinha devido a doença (naquela época esses problemas não eram vistos como hoje) criando sua fama na cidade...

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