domingo, 13 de agosto de 2023

O Último Bonde que Restou em Curitiba, Paraná, Brasil






O Último Bonde que Restou em Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Em 1931 a Companhia Força e Luz do Paraná (CFLP) importou 20 bondes "Birney" de segunda mão de Boston, EUA, que foram construídos por J. G. Brill na Philadelphia em 1920. Em 1937 foram transferidos 10 bondes Birney da frota de Porto Alegre para Curitiba. As armações das rodas de todos os 30 bondes tiveram que ser reconstruídas para o padrão de bitola de Curitiba.
Em 1945 a CFLP vendeu seus bondes de passageiros e 28 km de trilhos para uma nova agência municipal, a Companhia Curitibana de Transportes Coletivos (CCTC).
Curitiba cresceu rapidamente a partir das décadas de 1930 e 40, mas não modernizou seu sistema de bondes. Uma rede primitiva de trilhos de via única com carros de 2 eixos, todos envelhecidos por décadas, não era adequado e não se manteriam por muito mais tempo. A CCTC começou a trocar os bondes por ônibus durante a Segunda Guerra: primeiro na linha Batel, depois Bacacheri, depois Guabirotuba, depois Trajano Reis. Perto de 1952 restava somente este serviço no Portão.
A linha Portão com veículos Birney encerrou as atividades de bondes em Curitiba em Junho de 1952. Curitiba foi uma das primeiras capitais brasileiras a encerrar seus sistemas de bondes (Belém e Fortaleza já haviam encerrado suas linhas em 1947).
Os bondes belgas aparentemente desapareceram, mas o bonde Birney 110 de algum modo sobreviveu nos fundos de uma garagem na Rua Barão do Rio Branco – local de uma oficina mecânica. Ele foi restaurado e colocado na Praça Tiradentes como decoração em novembro de 1999.
Infelizmente, o bonde 110 foi removido da Praça Tiradentes em 2003 e agora está em um depósito da URBS.

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