Selo
Sobre os Selos:
Esta emissão é composta por 12 selos que ilustram as 6 peças brancas e as 6 peças pretas do xadrez. Ao fundo da folha, dois tabuleiros se encontram em perspectiva, cada um com as cores predominantes do seu conjunto de selos. Estes possuem o desenho de suas peças, e no canto superior direito, está o ícone de cada uma, bem como a letra que as representa. As cores vibrantes ladeando cada peça branca e preta foram responsáveis por trazer modernidade a um jogo tão tradicional. A técnica usada foi computação gráfica.
Xadrez:
Como atividade milenar, o jogo de xadrez é estruturado em torno de uma federação internacional, congregando mais de 150 países e que conta com milhões de participantes em todo o mundo.
Além de sua importância no âmbito esportivo, registra-se um número crescente de países que adotaram o ensino do xadrez como instrumento sócio pedagógico, e cada vez mais pesquisadores, pais e professores em todo mundo descobrem os benefícios, especialmente aqueles em idade escolar, advindos da prática recorrente.
A origem do jogo de xadrez tem diversas versões, sem provação unânime. Há teorias que teria sido criado pelos chineses, ou pelos persas ou pelos gregos. O que é certo é que o jogo, após chegar na Pérsia, foi bastante difundido na região e os árabes, ao invadir a península ibérica, introduziram o jogo de xadrez na Europa.
O xadrez, através dos séculos, foi acompanhando a história política, social e econômica mundial e adaptou-se a cada momento. Porém, mais marcante desta relação do xadrez foi sua interação e relação com a revolução tecnológica. Com o advento da computadorização, o xadrez logo se adaptou e passou a ter uma relação de simbiose com a era digital. Por ser um terreno fértil para desafio intelectual, sempre que se desenvolvia um Hardware procurava-se um Software que jogasse xadrez (os algoritmos já existiam há tempos). A internet e as novas mídias expandiram a difusão do xadrez e é um dos poucos esportes que se pode jogar e assistir pela web.
Acredita-se que o xadrez foi trazido para o Brasil por Pero Vaz de Caminha, conforme descrito em vários livros. Com a chegada de D. João VI e sua corte no Brasil em 1808 a prática do xadrez se espalhou. Este Monarca chegou a trazer para o Brasil (na expansão do império Napoleônico), livros de xadrez, inclusive exemplares raríssimos (alguns datam de 1497) e que até hoje estão disponíveis no Arquivo da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. Diversos personagens históricos brasileiros, de várias áreas, praticavam regularmente xadrez. O mais famoso exemplo é do nosso escritor Machado de Assis, que chegou a ser Secretário do Clube de Xadrez Carioca, compôs problemas de xadrez, além de incluir o xadrez em várias passagens de suas obras. Machado de Assis também esteve presente no primeiro torneio de xadrez a ser realizado no Brasil em 1880.
A Confederação Brasileira de Xadrez (CBX), entidade máxima do xadrez no Brasil, foi fundada em 11 de novembro de 1924 e se filia em 1935 a Federação Internacional de xadrez (FIDE). A CBX administra, organiza, difunde todas as ações em prol do desenvolvimento no jogo de Xadrez em território brasileiro, contando de dezenas de milhares de jogadores oficias e centenas de milhares simpatizantes. A CBX oficializa seu primeiro Campeonato Brasileiro em 1927 no Clube de Regatas Vasco da Gama que teve como campeão o carioca Dr. João de Souza Mendes Júnior. Em 2012, o Brasil e o xadrez ganham o prêmio Spirit of Sports da Sportaccord como o melhor projeto esportivo social do mundo. O projeto vencedor “Xadrez que liberta” criado pelo Prof. Charles Moura Netto e o Grande-Mestre Darcy Lima utiliza o xadrez como ferramenta de ressocialização de presos.
A emissão de selos postais relativos ao Xadrez pelos Correios tem o intuito de colaborar para a divulgação deste importante esporte por meio da filatelia. É importante lembrar, também, que antes do advento da digitalização, era costume as pessoas jogarem xadrez por carta, em uma modalidade chamada xadrez epistolar ou postal.
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