domingo, 10 de novembro de 2019

Estação Ferroviária Ribeirão Preto Nova, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil










Estação Ferroviária Ribeirão Preto Nova, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Com obras que duraram quase dez anos, a Mogiana entregou em 1964 esta variante que substituía a linha-tronco original no trecho entre as estações de Bento Quirino e Alto, ficando um pouco antes da estação de Entroncamento, então a última do tronco original. Com a retirada posterior dos trilhos, sete estações foram fechadas, uma (a de Ribeirão Preto original) foi desativada três anos depois e outra (Barracão) passou a servir o ramal de Sertãozinho. Por sua vez, cinco estações novas foram criadas na variante, que opera até hoje e transportou trens de passageiros até agosto de 1997.
A estação de Ribeirão Preto-Nova foi inaugurada em um ponto fora da cidade em 1965, mas está hoje dentro dela, que a envolveu. O projeto da estação foi de Osvaldo Arthur Bratke, que também projetou a estação nova de Uberlândia, entregue pouco mais tarde. O projeto, no entanto, era mais amplo; a Mogiana somente construiu a primeira etapa. A obra da estação começou em 15/12/1961, segundo nota do jornal Folha de S. Paulo de 16/12/1961. A estação foi entregue com atraso em relação à variante Bento Quirino-Entroncamento, aberta em dezembro de 1961 para cargueiros e em 01/06/1964 para trens de passageiros: como não estava pronta ainda, o trem seguia por uma linha improvisada (alça) até a estação velha, seguindo dali pela linha antiga.
Pouco mais de um ano depois, em 01/06/1965, os trens de passageiros passaram a parar na nova estação, e a antiga foi definitivamente desativada.
As linhas que se entroncavam na estação antiga de Ribeirão (a São Paulo-Minas e o ramal de Guatapará, antigo ramal de Jataí) passaram a sair, o primeiro de Evangelina, uma estação construída para isto, na linha nova, e o segundo, de Barracão.
Por sua vez, a estação nova de Ribeirão Preto passou a ser o ponto de saída do ramal de Sertãozinho, que antes saía da estação de Barracão.
Recebeu passageiros até 11 de agosto de 1997, quando estes trens foram suprimidos.
"No início de 1968, eu e meus pais fomos de trem para São Paulo, e morávamos perto da estação de Ribeirão-velha; ela tinha acabado de ser demolida, e no fim do pátio havia uma casinha que sobrou: ali ficou sendo o local de embarque. Uma composição com uma a diesel e dois ou três carros levaram a gente pela alça de ligação até Ribeirão-Nova: aí embarcamos numa litorina que seguiria para a Capital logo depois" (Dirceu Baldo, 08/2002).
Em 2017, a estação ainda estava sendo utilizada como escritórios da FCA e depósito de locomotivas.
Em 1960, o arquiteto Osvaldo Bratke foi escolhido pela Cia. Mogiana para construir as estações de Ribeirão Preto e de Uberlândia novas, além de promover a reforma de outras estações. Considerando a tradição de que as estações ferroviárias eram polos de surgimento de aglomerados de comércio e de serviços próximas a ela, Bratke reconhecia a situação urbanística privilegiada das estações ferroviárias, que valorizavam terrenos próximos. Como este era um processo demorado, ele sugeriu então que seria mais conveniente prever este comércio dentro das próprias instalações ferroviárias, à maneira de um shopping-center dos anos 1960, administrados por terceiros, servindo isto como uma alternativa de retorno do investimento na construção da estação. Numa segunda fase após a construção e entrega da estação em si, as construções teriam uma segunda e terceira fase, nunca implantadas, de apoio ao passageiro e de instalação de comércio e serviços voltados ao novo bairro que se formaria. Por isso a forma pela qual foi construída a estação. Desnecessário também é dizer que as duas fases finais jamais foram feitas, provavelmente por que já era uma época de decadência do serviço ferroviário, de passageiros, principalmente.
A Estação de Ribeirão Preto Nova foi operada pelas seguintes empresas:
Cia. Mogiana de Estradas de Ferro (1965-1971), Fepasa (1971-1998) e FCA (1998-Até o presente momento).
Nota do blog: Imagem de 1985 / Crédito para Hermano Teixeira Machado.



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