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domingo, 30 de agosto de 2020
Fiat City, Brasil
Fiat City, Brasil
Fotografia
A Fiat é frequentemente lembrada por algumas iniciativas pioneiras no Brasil. Foi ela que lançou o primeiro carro de produção movido a álcool, o 147. Também foi ela que introduziu o conceito do carro compacto de 1 litro. Mas pouco se fala de outro pioneirismo da marca italiana no país: o das picapes derivadas de carros de passeio. Esse mérito é da 147 Pick-up.
A novidade foi apresentada no Salão do Automóvel de São Paulo de 1978. QUATRO RODAS antecipou seu lançamento flagrando o segredo da Fiat em testes em Minas Gerais na edição de janeiro de 1978.
Previa-se que a picape seria capaz de transportar 450 kg de carga e dois passageiros. Em fevereiro de 1979, o novo modelo entrava na tabela de preços de QUATRO RODAS, com duas opções de motor, 1050 e 1300. Oriundos do 147 hatch, o primeiro rendia 56 cv e 7,9 mkgf e o segundo, 61 cv e 10,8 mkgf. O câmbio era manual de quatro marchas.
A 147 Pick-up era um 147 adaptado de tal maneira que toda a área do compartimento interno atrás dos bancos dianteiros desse espaço à caçamba. O entre-eixos era o mesmo, 222 cm, para 363 cm de comprimento. Assim como o fôlego modesto dos motores, isso limitava bastante o espaço para carga. Por outro lado, era exatamente o que conferia simpatia à picapinha.
Para completar o visual, a Fiat criou uma tampa traseira que se abria para a esquerda, fugindo à regra entre a maior parte das picapes do mercado de ter tampa com abertura para baixo e dando um toque de graça a mais.
Tendo lançado a perua Panorama em 1980, no ano seguinte a Fiat aproveitou a base maior desta para evoluir sua picape. Com 18 cm a mais no comprimento, ela ganhou tampa da caçamba que se rebaixava à maneira tradicional, além de retrovisores mais afastados das portas.
Ainda que tenha sido rebatizada de Fiorino Pick-up para fazer par com o novo Fiorino Furgão, até na publicidade ela era tratada simplesmente como Pick-up Fiat. Só o motor 1300 era oferecido, nas versões a gasolina (61 cv) e álcool (62 cv). A capacidade de carga aumentava para 500 kg, mais o motorista.
Já em 1982, a picape recebeu a frente Europa do Fiat 147, levemente mais inclinada para dentro em direção ao para-choque e com piscas divididos em duas partes.
Para essa inovação, a montadora italiana adotou uma estratégia atípica na época: manter a geração antiga em paralelo. O fabricante batizou a versão mais recente de City e a destinou a quem buscava um veículo mais para o lazer que para finalidades profissionais.
Pick-up Fiat e Pick-up City: enquanto uma trabalha, a outra se diverte, dizia o slogan de um comercial de TV, para deixar claro o propósito das duas gerações da picape 147. A convivência das duas gerações durou até 1984, quando chegou a frente Spazio para a City e a 147 Pick-up saiu de linha.
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