sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Museu Histórico Abílio Barreto, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil


Museu Histórico Abílio Barreto, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Fotografia


Texto 1:
O Museu Histórico Abílio Barreto, em Belo Horizonte, foi fundado em 1941 e abriga o principal acervo documental da história da capital de Minas Gerais. São 27.250 itens, organizados em quatro grandes categorias: Objetos, Textual e Iconográfico, Fotográfico e Bibliográfico. A coleção retrata a formação e o desenvolvimento da cidade, de suas origens coloniais, até a contemporaneidade.
O historiador Abílio Barreto foi o idealizador e primeiro diretor do museu, que recebeu seu nome em 1968 - antes, era chamado de Museu Histórico de Belo Horizonte. Convidado em 1935 para organizar o arquivo da prefeitura, Abílio Barreto começou a reunir documentos, objetos, mapas e plantas. A criação do museu se deu por decreto de 1941, durante a gestão do então prefeito Juscelino Kubitschek.
O local escolhido para ser a sede da instituição foi a casa da antiga Fazenda do Córrego do Leitão, construída em 1883 - era o último edifício em pé do antigo arraial Curral del Rei, como era chamada Belo Horizonte antes de se tornar capital, em 1897.
Acervo de Objetos - São 902 peças dispostas em 16 coleções. Entre elas, o próprio casarão oitocentista, quadros, esculturas, objetos decorativos, mobiliário, vestuário, utensílios domésticos e de uso pessoal.
Acervo Textual e Iconográfico - Compõe-se de 16.440 documentos, entre mapas, plantas e projetos arquitetônicos. Entre as raridades, está coleção de documentos da Comissão Construtora da Nova Capital, encarregada de fundar Belo Horizonte.
Acervo Fotográfico - Reúne aproximadamente 6.000 fotos, entre originais, cópias e negativos flexíveis e de vidro, organizadas em 11 coleções. São imagens obtidas a partir de 1894 e que ilustram o desenvolvimento urbano, dos costumes e das tradições de Belo Horizonte.
Acervo Bibliográfico - São cerca de 4.000 livros, periódicos, catálogos, fitas de vídeo, dissertações e recortes de jornais. Abrange, além da história de Belo Horizonte, outros temas ligados à história de Minas Gerais e do Brasil.
A partir de 1993, foi adotado um amplo projeto de revitalização do museu, visando transformá-lo num centro de pesquisa dinâmico e atualizado. O programa trouxe uma nova abordagem museológica em suas práticas culturais e um plano de gerenciamento de seu espaço físico, contemplando a restauração da antiga sede e a construção de uma nova, para atender às necessidades funcionais do museu em expansão.
Em dezembro de 1997, concluiu-se a obra do casarão, o que permitiu a sua valorização como importante peça do acervo institucional. No final do ano seguinte, inaugurou-se a nova sede no mesmo terreno. Em 2005, estabeleceu-se um novo cronograma de reformas. Os móveis para a reserva técnica foram instalados no anexo e o sistema de monitoramento climático e de segurança foi finalizado. A iluminação do museu e de todo o terreno também recebeu reformas.
O museu possui um auditório, uma loja, bar-café e restaurante. Na área externa, o projeto paisagístico integra o casarão e o edifício atual. Neste espaço, encontram-se um pequeno palco ao ar livre e o abrigo destinado a uma locomotiva a vapor e um bonde.
Texto 2:
Um casarão de Belo Horizonte mais antigo que Belo Horizonte.
A edificação que você vê neste post abriga atualmente o Museu Histórico Abílio Barreto. O casarão é uma das únicas estruturas remanescentes do antigo Arraial do Curral del Rei, povoado que desapareceu no final do século XIX para dar lugar à cidade de Belo Horizonte (MG).
A nova capital foi idealizada para substituir Ouro Preto como sede política e administrativa do estado de Minas Gerais. O lugar escolhido foi a área ocupada pelo Arraial do Curral del Rei, que fazia parte da Comarca de Sabará. Para erigir a primeira cidade planejada da República, o antigo arraial foi arrasado e suas edificações demolidas, incluindo a igreja matriz da Boa Viagem. Belo Horizonte começou a ser construída em 1894 e foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897.
O casarão foi construído por volta de 1883 como sede da Fazenda do Leitão. O prédio estava fadado à destruição, pois estava em uma área no interior do perímetro urbano, delimitado pela Avenida do Contorno. No entanto, devido às dificuldades do terreno, o traçado da avenida teve de ser alterado e o casarão foi excluído da zona urbana, sendo poupado da demolição. A edificação foi desapropriada em 1896 e teve diversos usos até 1943, quando foi fundado o então Museu Histórico de Belo Horizonte. Em 1951, o casarão foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O Museu Histórico Abílio Barreto dedica-se à história, à pesquisa e à produção e difusão do conhecimento sobre a capital de Minas Gerais. Localizado no bairro Cidade Jardim, seu nome atual é uma homenagem a Abílio Velho Barreto (1883-1957), idealizador e primeiro diretor do museu.

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