O Coração dos Andes, Equador (The Heart of the Andes) - Frederic Edwin Church
Equador
Metropolitan Museum of Arts, Nova York, Estados Unidos
OST - 168x302 - 1859
This picture was inspired by Church's second trip to South
America in the spring of 1857. Church sketched prolifically throughout his nine
weeks travel in Ecuador, and many extant watercolors and drawings contain
elements found in this work. The picture was publicly unveiled in New York at
Lyrique Hall, 756 Broadway, on April 27, 1859. Subsequently moved to the
gallery of the Tenth Street Studio Building, it was lit by gas jets concealed
behind silver reflectors in a darkened chamber. The work caused a sensation,
and twelve to thirteen thousand people paid twenty-five cents apiece to file by
it each month. The picture was also shown in London, where it was greatly
admired as well.
The Heart of the Andes (em português: O Coração dos Andes) é uma pintura de paisagem a óleo feita pelo
pintor estadunidense Frederic Edwin Church. A pintura possui quase
170 centímetros de altura e mais de 3 metros de largura, retratando uma
paisagem imaginada por Church, que buscou inspiração para fazê-la em uma de
suas duas viagens à Cordilheira dos Andes. Exibida pela primeira
vez em 1859, a pintura faz parte do acervo do Museu Metropolitano de Arte nova-iorquino desde
1909, juntamente com outros trabalhos de Church.
Financiado pelo empresário Cyrus West Field, que pretendia usar
as pinturas de Church como forma de atrair investidores para seus
empreendimentos sul-americanos, Church viajou pela Colômbia e Equador nos
anos de 1853 e 1857.Chruch foi inspirado pelo naturalista e explorador
prussiano Alexander von Humboldt e sua
dissertação Kosmos. Humboldt
estava entre os últimos grandes generalistas científicos, e sua fama era
semelhante à de Albert Einstein, um século depois. No segundo volume
de Kosmos, Humboldt incluiu um capítulo sobre a influência da pintura de
paisagem no estudo do mundo natural, colocando tal arte entre as mais altas
expressões do amor da natureza, e desafiando artistas a retratarem a
"fisionomia" de paisagens. Chruch retraçou as viagens de Humboldt
pela América do Sul.
O Coração dos Andes é um composto da topografia
sul-americana observada por Church durante suas viagens. No centro direito da
paisagem montanhosa, encontra-se uma cachoeira que inteira uma piscina
cintilante. O Monte Chimborazo, do Equador, aparece na distância: o
olhar do espectador é levado a ele através das encostas mais escuras e mais
próximas que recuam da direita para a esquerda. As evidências de presença
humana consistem em: um caminho levemente desgastado que desaparece, uma aldeia
e uma igreja na planície central, e mais perto do primeiro plano, dois nativos
são vistos antes de uma cruz. A igreja, um detalhe que é marca registrada nas
pinturas de Church, é católica e colonial espanhola, e, aparentemente,
inacessível da localização do espectador. A assinatura de Church aparece
cortada na casca da árvore destacada em primeiro plano à esquerda. O jogo da
luz em sua assinatura foi interpretado como a declaração do artista sobre a
habilidade do homem de domar a natureza, mas a árvore aparece debilitada em
comparação com a vívida selva que a rodeia.
A paisagem de Church corresponde aos princípios estéticos do
pitoresco, tal como proposto pelo teórico britânico William Gilpin, que se
inicia com uma observação cuidadosa da natureza, reforçada por noções
particulares sobre composição e harmonia. A justaposição de formas suaves e
irregulares era um princípio importante, e está representada em O Coração
dos Andes pelas colinas arredondadas e a piscina de água, por um lado, e
as contrastantes montanhas irregulares e árvores ásperas do outro.


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