quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Fonte Monumental, Praça Júlio Mesquita, 1960, São Paulo, Brasil


Fonte Monumental, Praça Júlio Mesquita, 1960, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


A Fonte Monumental é constituída por duas bacias de mármore sobrepostas e adornadas com elementos inspirados na história de Ulisses (do poeta grego Homero), composta por um pescador, sereias e 12 lagostas. 
Popularmente conhecida como “Fonte das Lagostas”, havia sido idealizada para ser instalada na Praça da Sé e foi a primeira obra de arte pública paulistana feita por uma mulher, a escultora campineira Nicolina Vaz de Assis Pinto do Couto, falecida em 1941.
Anteriormente denominada Praça Vitória, foi renomeada em 1927 devido à morte do jornalista e político Júlio Mesquita. 
A partir da década de 1960, a região da praça entrou em estado de degradação e vários elementos decorativos da fonte foram furtados e destruídos. O fato inspirou uma música aos compositores Adoniran Barbosa e Tasso Rangel intitulada "Roubaram a Lagosta”, a letra dizia:
“Na Praça Júlio Mesquita / Tem a estátua da lagosta / Quem passa de longe enxerga / Quem passa de perto gosta / E a lagosta de bronze / Fica esperando bom dia / Mas tem gente distraída / Que nem pra ela espia / Por uma razão muito forte / Ela em bronze foi lembrada / Inauguração na praça / Uma fita foi cortada / Teve discurso, foguetes / Teve churrasco e bebidas / Teve mágicos e palhaços / Futebol, flerte e corrida / Mas isso ficou para trás / Não sei que forma que tinha / Essas coisas não se faz / Agulha não vai sem linha / Deixe a lagosta em paz / Muito bom ficar sozinha / Mas é melhor ficar seca ou molhada / Do que ser derretida ou roubada”.
Recentemente, a fonte foi restaurada, mais iluminada e o sistema de tubulação foi trocado. Para evitar a nefasta ação de vândalos, cercada por vidros. Os detalhes, como o chafariz e as lagostas, originalmente confeccionadas em bronze, foram substituídos por réplicas. 
Nota do blog 1: Na imagem que ilustra o post, ao fundo vemos o cruzamento da rua Vitória e alameda Barão de Limeira, vendo-se à direita, nos números 14, 30 e 44 deste último logradouro citado, o belíssimo bloco de apartamentos residenciais (no 44 esteve instalado, desde 1939, o Hotel Artemis de Pedro Facchini). Para efeito de localização, ao lado do prédio visto à esquerda, se localiza o Palacete Lugano.
Nota do blog 2: Data 1960 / Autoria não obtida.

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