Igreja de São Francisco, São João del-Rei, Minas Gerais, Brasil
São João del-Rei - MG
Fotografia - Cartão Postal
A história da Igreja de São Francisco de Assis remonta a
8 de março de 1749, quando foi fundada a Venerável Ordem Terceira de São
Francisco de Assis, ou ainda Venerável
Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Assis. A ordem foi
canonicamente ereta pelo então Bispo de Mariana Dom Frei Manoel da Cruz.
A Ordem ergueu uma capela para seu culto, mas com o tempo
ela se deteriorou. Em 1772 foi decidida a construção de uma igreja nova e
maior. Os preparativos iniciaram imediatamente. O Aleijadinho foi
contratado para elaborar o projeto da estrutura e da decoração, e em 1774 Francisco de Lima Cerqueira foi
encarregado de iniciar os trabalhos de alvenaria,
mas ele introduziu modificações nas torres, nas pilastras do
arco do cruzeiro, nos óculos da nave e na disposição da sacristia.
Em 1781 a capela-mor estava
essencialmente pronta, tendo contado com a colaboração do mestre Francisco de Lima e Silva. O altar-mor
foi construído a partir de um projeto de Aleijadinho, modificado por Cerqueira
e executado por Luís Pinheiro de Souza.
Cerqueira responsabilizou-se também pela execução de quase todas as esculturas
e obras de talha, mas os dois altares do arco cruzeiro são considerados fruto
direto do Aleijadinho.
Até 1804 haviam sido terminados a nave e os demais
trabalhos no corpo da igreja. Em 1809 Aniceto de Souza Lopes concluiu
as torres e o coro, além de executar, segundo o IPHAN, os relevos do frontão e
do frontispício da portada. Alguns estudiosos pensam,
porém, que os relevos da portada são realização pessoal de Aleijadinho.
Ao contrário da capela-mor, os altares da nave
aparentemente nunca foram dourados, e em algum momento foram pintados de
branco. O forro da nave também não foi decorado, e só apresenta um medalhão
central em relevo de onde pende uma luminária.
No início do século XX a igreja passou por várias obras
de restauro, realizadas pelo Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN, atual IPHAN),
incluindo a recuperação do coro e do trono do altar-mor. Em 1954 foi instalada
iluminação elétrica, em 1956 a escadaria de acesso foi estabilizada e em 1959 o
altar foi outra vez restaurado. Mais tarde foi removida a tinta branca que
recobria os altares da nave, considerada um acréscimo tardio, deixando-os com a
madeira aparente.

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