Itaim Bibi, Década de 50, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Itaim Bibi é um bairro nobre situado
na Zona Oeste do município de São Paulo no distrito de
mesmo nome.
Popularmente e em algumas reportagens a região é
erroneamente considerada como pertencente à Zona Sul, porém é administrada pela Subprefeitura de Pinheiros, sendo
oficialmente integrada à Zona Oeste. A mudança de região geográfica
ocorreu em 2002, na gestão Marta Suplicy,
até então fazia parte da Zona Centro-Sul (Zona Sul), sendo
administrado pela Subprefeitura de Santo Amaro.
Compreende a área formada pelas avenidas Juscelino Kubitschek, São Gabriel, 9 de Julho e Brigadeiro Faria Lima, apesar de ser comum
incluir o bairro Chácara Itaim e chamá-lo também de Itaim
Bibi. Limita-se com os bairros de Vila Nova Conceição, Vila Olímpia, Jardim Europa, Ibirapuera e Jardim
Paulistano.
A Avenida Brigadeiro Faria Lima cruza o bairro do Itaim
Bibi, trazendo muito movimento para o mesmo.
Bibi (bebê) era como as escravas chamavam o filho do médico
Leopoldo Couto Magalhães, dono da Chácara Itaí, que cresceu e virou o "Seu
Bibi". A palavra Bibi viria a acompanhar o nome do bairro, antes
chamado Rio das Pedras. A Rua Renato Paes de Barros se chamava Rua Bibi, em sua
homenagem.
Sua história começou em 1896, quando o
general José Vieira Couto de Magalhães adquiriu
uma extensão de 120 alqueires, que era propriedade de Bento Ribeiro dos Santos
Camargo. Essas terras não tinham muito valor, pois eram inundáveis; sua função
era meramente recreativa, para caça e pesca, e abrigava árvores frutíferas
(principalmente jabuticabeiras). Embora não tenha se casado, o general
teve um filho, José Couto de Magalhães, com uma índia do Pará. Em 1898, com a morte do
general, seu filho herdou o local, conhecido como Chácara do Itahy ("pedra
pequena", em tupi).
Em 1907,
Leopoldo Couto de Magalhães, irmão do general, comprou as terras por 30 contos
de réis, fixando residência no lugar.
A rua João Cachoeira leva o nome de um agregado da
família que vivia cantando e contando causos por ali. A sede da chácara
propriamente dita, hoje conhecida como Casa Bandeirista do Itaim, está localizada
no início da atual rua Iguatemi. Tombada pelo Patrimônio
Histórico, foi, porém, destruída pelos seus atuais proprietários.
Antigamente era, durante vários anos, foi um sanatório (Casa de Saúde Bela
Vista), fundado em 1927 pelo médico Brasílio Marcondes Machado, onde doentes
mentais ou dependentes químicos de famílias abastadas se tratavam.
Com o falecimento de Leopoldo, o local foi dividido entre
seus herdeiros. Leopoldo Couto Magalhães Júnior, também 'Bibi', que era
conhecido por possuir um dos primeiros automóveis da
região e pelo hábito de usar boné de
bico, continuou residindo na casa até a segunda metade da década de
1920.
O filho de Bibi, Arnaldo Couto de Magalhães foi
responsável pelo loteamento da chácara. Na década de
1920, surgiram pequenos sítios de um hectare, vendidos a italianos vindos
da Bela Vista/Bexiga,
um bairro central. Eles produziam verduras e legumes para o abastecimento local
e dos bairros vizinhos.
As terras foram vendidas e revendidas entre a década de
1920 e a década de 1950 e, com a ocupação da várzea próxima
ao Rio Pinheiros, propiciou atividade a
barqueiros, olarias e portos de areia, que forneciam tijolos e telhas para
construções. Para diferenciá-lo do Itaim
Paulista um subúrbio de
São Paulo, depois da Penha de França, os moradores da região passaram a
referir o local como os “terrenos do Bibi”. Hoje em dia, a antiga Rua do Porto
é denominada de Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior.
Até a década
de 1930, a ocupação populacional do Itaim Bibi se restringiu ao
quadrilátero formado entre o Rio Pinheiros e as atuais avenidas Nove de Julho, São Gabriel que era
estreita e chamava-se Rua Ana Neri e a Juscelino Kubitschek. Após
os anos
1950, o bairro passou a enfrentar um grande crescimento, causando o
desaparecimento de chácaras e sítios.
Nos dias de hoje, possui vizinhos abastados, como o
distrito do Morumbi e
a região dos Jardins. Hoje em dia o Itaim Bibi é considerado um bairro nobre,
sendo classificado pelo CRECI como "Zona de Valor A", assim como
outras áreas privilegiadas da cidade. Apresenta sedes de empresas, tais
como: Morgan Stanley, Google, Facebook,
entre outras.
Mas no seu início e até os anos 1960–1970, era um bairro
das empregadas, dos motoristas, verdureiros e pequenos comerciantes em geral. O
núcleo inicial do bairro se modificou progressivamente. O comércio ampliou-se e
deixou de servir somente os bairros vizinhos, passando a atender também outras
áreas, fazendo com que o bairro perdesse sua característica popular,
tornando-se uma região abastada e desenvolvida.
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