Yamaha RD 500, Japão
Fotografia
A saudosa RD 350 assombrava modelos de maior cilindrada
nas ruas com um pequeno e potente motor de 2 cilindros de 2 tempos. Em sua
última versão, e mais esportiva delas, a RD 350 LC
YPVS foi produzida também no Brasil nos anos 1980 e início de
1990.
O auge da família RD surgiu na mesma época da
nacionalização da 350, mas não chegou às ruas brasileiras fechadas a modelos
importados na época. Era a RD 500 LC, uma V4 de 2 tempos que trazia para as
ruas uma experiência mais próxima das motos que corriam na categoria máxima do
campeonato mundial de motovelocidade.
Também chamada de RZ 500 em alguns países que a
importaram do Japão, foi produzida apenas de 1984 a 1986 e se transformou em
peça de colecionador. A unidade fotografada para esta matéria foi localizada
com um colecionador brasileiro que a comprou 0 km no Canadá – e assim continua,
exposta numa sala sem rodar.
O design e muitos dos componentes serão reconhecidos
pelos proprietários de 350, mas é inegável a largura “vitaminada” da carenagem
e a presença das duas saídas de escapamento adicionais sob a rabeta (da bancada
traseira de cilindros).
Olhando mais de perto, outras diferenças fundamentais são
o chassi feito de tubos de seção quadrada e o amortecedor reposicionado
horizontalmente abaixo da moto. Característica de esportiva da década de 1980,
na RD 500 a roda dianteira é de 16 polegadas (18 na traseira) e o garfo tem
sistema antimergulho.
As adaptações para “civilizar” o motor V4 oriundo da YZR
500 de competição incluíram a substituição das válvulas rotativas por válvulas
de palheta semelhantes às da RD 350, para facilitar a manutenção.
Também foi equipada com o sistema Autolube, que bombeia
óleo 2 tempos de um reservatório para mistura diretamente nos carburadores. E
recebeu as válvulas de escapamento YPVS, que restringiam a saída para amenizar
a falta de torque em baixas rotações.
Assim a RD 500 produzia até 88 cv a 9.500 rpm e 6,8 kgf.m
a 8.500 rpm, acelerava no quarto de milha (400 metros) em 12 segundos e atingia
230 km/h. Teve vida curta por conta da concorrência cada vez mais consolidada
das esportivas com motores de 4 tempos.
Nota do blog: Um espetáculo para fãs (eu) de motores 2
tempos...

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