"Non Ducor, Duco", Brasão da Cidade de São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Brasão
O brasão da
cidade de São Paulo é obra de um poeta, Guilherme de Almeida, que teve o
auxílio de José Wasth Rodrigues, em 1916. A dupla venceu um concurso da
prefeitura e recebeu o equivalente hoje a 6 mil reais. O brasão passou a valer
em 8 de março de 1917. Em 1986, por ordem do prefeito Jânio Quadros, foi
adaptado para se adequar às leis internacionais da heráldica. Durante o Estado
Novo, entre 1937 e 1945, seu uso foi proibido por determinação de Getúlio
Vargas.
No alto, a
coroa de Portugal tem oito torres, cinco visíveis - e guarda um erro. Por
padrão heráldico, as portas abaixo das torres deveriam ser pretas. Há uma
suposta licença poética para mostrar que a população recebe visitantes “de
portas abertas”. Mas a cor correta para isso seria a branca, não a vermelha.
O escudo
vermelho tem formato igual ao de Portugal, homenagem aos descobridores do
Brasil. A cor foi escolhida por fazer menção a "vitórias, ardis e
guerras", segundo a prefeitura da cidade. Dentro do escudo, há um braço
armado que segura uma bandeira com haste em forma de lança. Nunca passou por
São Paulo alguém vestido com uma armadura. Mas o braço simboliza "ação
proveitosa, forte e contínua".
A bandeira,
chamada de "pendão farpado", é uma homenagem aos bandeirantes. A cruz
da Ordem de Cristo era usada nas caravelas. A haste em forma de lança também
foi colocada em homenagem aos bandeirantes. Segundo a prefeitura, é uma alusão
"à machada aventureira" de homens como Raposo Tavares e Fernão Dias -
hoje nomes de rodovias.
Ramos de
cafeeiro dão a volta no brasão, para representar a principal atividade
econômica da região.
Abaixo do
escudo, está o dístico "Non Ducor Duco", em latim, que quer dizer
"Não sou conduzido, conduzo". De acordo com a lei que regula o uso do
brasão, ele "recorda a origem de nossa raça, traduz com a mimosa energia o
que é a nossa história, estímulo e exemplo para os demais irmãos".

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