quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Mitra da Arquidiocese de Curitiba, Paraná, Brasil




Mitra da Arquidiocese de Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Texto 1:
A Diocese de Curitiba foi criada no dia 27 de abril de 1892, pelo Papa Leão XIII, aonde na bula “Ad Universas Orbis Ecclesias”, criou várias dioceses, entre elas a de Curitiba. Inicialmente ela era sufragânea da Sé Metropolitana do Rio de Janeiro. Criada então a Diocese de Curitiba, que abrangia toda a região do Estado do Paraná e Santa Catarina, o Papa escolheu somente em 1894 o primeiro bispo da Diocese, Dom José Camargo de Barros. Aos 9 de novembro de 1903 ele foi transferido para a diocese de São Paulo, deixando a Diocese de Curitiba em 15 de abril de 1904.
Após a saída de Dom José, aos 2 de outubro de 1904, Dom Duarte Leopoldo e Silva tomou posse da Diocese de Curitiba como seu novo Bispo. Aos 17 de fevereiro de 1908, sucedendo Dom Duarte, Dom João Francisco Braga tomou posse da Diocese.
Foi na sua regência, frente a seus esforços, que aos 10 de maio de 1926, a Diocese de Curitiba foi elevada à Província Eclesiástica do Paraná, tornando assim Arquidiocese, pela Bula “QUUM IN DIES”, do Papa Pio XI. Nesta mesma bula são criadas as dioceses de Ponta Grossa, Jacarezinho e a Prelazia de Foz do Iguaçu. Frente à nova situação da recém fundada Arquidiocese de Curitiba, Dom João sentiu a necessidade de construir uma residência episcopal e, manifestando caridade, doa à Mitra terrenos que herdara de seus pais, onde construiu o Palácio Arquiepiscopal, hoje prédio sede da Mitra da Arquidiocese de Curitiba.
Aos 22 julho de 1935, Dom João Francisco Braga, primeiro Arcebispo de Curitiba, renuncia a seu cargo devido à sua saúde, e com isso, o Papa Pio XI designa imediatamente um novo Arcebispo para Curitiba, nomeando Dom Áttico Eusébio da Rocha, aos 16 de dezembro de 1935, como 2º Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba. Apesar da sua grande disposição física e mental, Dom Áttico foi abatido por uma grave doença cardíaca, que o levou a sucumbir aos 11 de abril de 1950.
Neste mesmo ano de 1950, aos 19 de agosto, Dom Manuel da Silveira D’Elboux é nomeado como sucessor de Dom Àttico, e sagrado como 3º Arcebispo de Curitiba. Após quase 20 anos frente a Arquidiocese, Dom Manuel faleceu em 1970, dando lugar ao seu sucessor Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto, que aos 28 de dezembro de 1970 foi nomeado 4º Arcebispo de Curitiba, ficando frente à arquidiocese até os 19 de maio de 2004. Hoje é Arcebispo Emérito de Curitiba.
Com a saída de Dom Pedro, aos 19 de maio de 2004, Dom Moacyr José Vitti foi nomeado quinto Arcebispo de Curitiba, tomando posse aos 18 de junho de 2004. Faleceu aos 26 de junho de 2014 vítima de um ataque cardíaco.
Aos 01 de julho de 2014, foi eleito Dom Rafael Biernaski como administrador Arquidiocesano no período de Sede Vacante, que durou até 07 de janeiro de 2015, com a nomeação de Dom José Antônio Peruzzo para assumir o cargo de 6º Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba.
Texto 2:
Em estilo eclético o prédio da Mitra da Arquidiocese de Curitiba foi construído em um terreno doado pelo primeiro arcebispo da Arquidiocese de Curitiba, Dom João Francisco Braga; terreno que havia recebido como herança de família. A construção foi concluída em 1931, e era chamado de “Palácio Arquiepiscopal”.
Simétrico, com um alpendre com a porta de entrada no centro. Repare nas janelas diferentes, em arco no segundo andar e retangulares com sobreverga triangular no primeiro. Pilastras com capitel com volutas (ornamento em forma espiralada). Platibanda com balaústres e um frontão central decorado com um escudo. Enfim, são diversos detalhes que demonstram o capricho do projeto.
Entre 1938 e 1948 o prédio passou a abrigar o Seminário São José e os seminaristas foram transferidos do então Ginásio Paranaense. O arcebispo foi residir em uma casa na Rua Mateus Leme.
O prédio, localizado na Avenida Jaime Reis, é uma Unidade de Interesse de Preservação.
Texto 3:
A Mitra é pessoa jurídica da Arquidiocese, uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, de finalidade religiosa, reconhecida de utilidade pública por sua própria natureza, tendo seus estatutos corporificados no Código de Direito Canônico.
A Mitra é o órgão responsável pela administração do patrimônio da Arquidiocese, bem como dos patrimônios das paróquias, seminários e outros que lhe são afetos.


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