sexta-feira, 29 de março de 2019

Passarola (Passarola) - Henrique Manzo


Passarola (Passarola) - Henrique Manzo
Museu Paulista São Paulo
Desenho

Passarola (Passarola) - José Wasth Rodrigues

Passarola (Passarola) - José Wasth Rodrigues
Museu Paulista São Paulo
OST - 54x48


Passarola é o projeto de um aeróstato supostamente construído entre 1709 e 1720 e cuja invenção é atribuída a Bartolomeu de Gusmão, padre e cientista português nascido no Brasil Colônia. Embora não existam evidências concretas de sua construção, o invento ganhou notoriedade quando uma iconografia de sua aparência surgiu pela primeira vez no ano de 1784 falsamente datada de 1774 na imprensa europeia. A imagem, segundo relatos da época, foi co-criada pelo Conde de Penaguião, filho do Marquês Fontes e Abrantes com o intuito de afastar curiosos que assediavam o padre após este ganhar fama com suas demonstrações em escala reduzida de balões de ar quente em 1709. A imagem ressurgiu diversas vezes na imprensa do final do século XVIII, e geralmente era utilizada para ridicularizar e descreditar o padre da invenção dos aerostatos em função da polêmica entre Bartolomeu de Gusmão e os Irmãos Montgolfier, que construíram de fato o primeiro balão em escala real e tripulado em 1783.
Bartolomeu de Gusmão era um padre jesuíta nascido em Santos, no território português do Brasil que, depois de se matricular na Universidade de Coimbra em 1715, começou aí a desenvolver dois dos seus interesses de há muito, a Matemática e a Física.
Na sequência dos seus estudos em aerostação, no ano de 1708, Bartolomeu de Gusmão pediu ao Rei de PortugalD. João V, uma petição de privilégio para o que chamou o seu instrumento de andar pelo ar. Em 19 de Abril de 1709, por alvará é-lhe concedido esse privilégio. Além disso, D. João V decide passar a financiar o projeto de desenvolvimento e construção do aparelho.
Alguns meses depois, em 8 de Agosto de 1709, perante uma importante assistência presente na Sala dos Embaixadores da Casa da Índia que incluía o Rei, a Rainha, o Núncio Apostólico (Cardeal Conti, mais tarde Papa Inocêncio XIII), bem como outros importantes elementos do Corpo Diplomático e da Corte Portuguesa, Bartolomeu de Gusmão fez voar um balão aquecido a ar, que subiu até ao teto da sala e foi destruído com varas para evitar que se incendiasse o recinto.
Quando a invenção de 1783 dos Irmãos Montgolfier foi popularizada na Europa, os portugueses tentaram resgatar o crédito do invento a Bartolomeu de Gusmão, publicando a imagem e os relatos da época de suas demonstrações a corte portuguesa. Isso motivou a republicação da iconografia da passarola em deboche pois obviamente tal invento, como foi desenhado, não poderia se manter no ar pelo princípio de Arquimedes.
Na Torre do Tombo encontra-se a transcrição do documento em que Alexandre Gusmão expõe ao rei D. João V o invento de um tipo de aeronave e seus possíveis usos:
Petição do Padre Bartholomeu Lourenço sobre o instrumento que inventou para andar pelo ar e suas utilidades.
Diz o licenciado Bartholomeu que ele tem descoberto um instrumento para andar pelo ar da mesma sorte que pela terra, e pelo mar, com muita mais brevidade, fazendo muitas vezes duzentas e mais léguas de caminho por dia, nos quais instrumentos se poderão levar os avisos de mais importância aos exércitos e terras mais remotas, quasi no mesmo tempo em que se resolvem - no que interessa a Vª Majestade muito mais que todos os outros Princípes pela maior distância de seus Domínios, evitando-se desta sorte os desgovernos das conquistas, que provem em grande parte de chegar tarde a notícia deles. Além do que poderá V. Mag. mandar vir todo o preceito delas muito mais brevemente e mais seguro. Poderão os homens de Negócio passar letras e cabedais a todas as Praças sitiadas: poderão ser socorridas tanto de gente, como de víveres, e munições a todo o tempo, e tirarem-se delas as Pessoas que quiserem, sem que o inimigo o possa impedir.
Descobrir-se-ão as regiões mais vizinhas aos Pólos do Mundo, sendo da Nação Portuguesa a glória deste descobrimento, além das infinitas conveniências que mostrará o tempo. E porque deste invento se podem seguir muitas desordens cometendo-se com o seu uso muitos crimes, e facilitando-se muito na confiança de se poderem passar a outro Reino, o que se evita estando reduzido o dito uso a uma só Pessoa, a quem se mandem a todo o tempo as ordens convenientes a respeito do dito transporte, e proibindo-se a todas as mais sob graves penas. E é bem se remunere ao suplicante invento de tanta importância.
Pede a V. Majestade seja servido conceder ao suplicante o privilégio, de que pondo por obra o dito invento nenhuma pessoa de qualquer qualidade que for possa usar dele em nenhum tempo neste Reino, ou suas conquistas sem licença do suplicante, ou seus herdeiros sob pena de perdimento de todos os bens, e as mais que a V. Majestade parecerem.
Consultou-se
No Desembargo do Paço a El Rey com todos os votos e que o prémio que pedia era muito limitado e que se devia ampliar.
Saiu Despachado
Como parece à Mesa, e além das penas acrescento a de morte aos Transgressores, e para com mais vontade o suplicante se aplicar ao novo Instrumento, obrando os efeitos que relata, lhe faço mercê da primeira Dignidade, que vagar nas minhas colegiadas de Barcelos, ou Santarém, e de Lente de Prima de Mathematica da minha Universidade de Coimbra com 600 mil réis de renda, que crio de novo em vida do suplicante somente.
Lisboa, 7 de Abril de 1709
(com a rubrica de Sua Majestade)

Um pouco mais sobre o tema pode ser visto aqui : https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/395146459933/Extended%20Abstract%20final.pdf

Passarola (Passarola) - Henrique Manzo


Passarola (Passarola) - Henrique Manzo
Museu Paulista São Paulo
OST - 50x60


Em agosto de 1709, aos 24 anos, o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão convocou a Corte portuguesa para conhecer seu mais novo experimento. O sacerdote era recém-chegado do Brasil, sua terra natal, onde já era conhecido como inventor. Mas aquela criação era de uma ousadia inédita. Gusmão queria voar, e conseguiu. Ele criou um objeto capaz de deslizar pela atmosfera sem apoio nenhum. “Pela primeira vez na história, um aparelho construído pelo homem venceu a gravidade”, diz Araguaryno Cabrero dos Reis, brigadeiro reformado da Força Aérea Brasileira (FAB).

Anos antes, ao examinar o comportamento de uma chama, não se sabe se de uma vela ou fogueira, Gusmão percebeu que o ar quente podia elevar pequenos objetos. Por falta de documentos históricos, é difícil saber como tudo realmente ocorreu. Especula-se que a descoberta tenha se dado quando uma pequena bolha de sabão, ao passar sobre uma vela, foi fortemente jogada para as alturas. O fenômeno pode ter ocorrido ainda com pedaços de papel que, queimados, transformaram-se em fuligem e ascenderam. Foi isso que inspirou o padre a projetar o primeiro aeróstato, um aparelho parecido com o nosso balão de São João.
O anúncio sobre a tal máquina de voar inquietou a sociedade lisboeta no verão de 1709. Em 3 de agosto, Gusmão mostrou à família real, fidalgos e autoridades eclesiásticas do que era capaz a sua engenhoca. Durante a primeira tentativa, os ilustres convidados esperavam impacientes na sala de audiências do Palácio, quando veio a frustração. Vítima de suas próprias chamas, o pequeno balão de papel cheio de ar quente foi queimado antes de alçar voo. O segundo ensaio teria ocorrido dois dias depois. Ansiosa, a platéia da ocasião teve mais sorte: o globo de menos de meio metro de comprimento subiu pouco mais de quatro metros. Alguns criados do Palácio, preocupados com a possibilidade de o invento incendiar as cortinas, lançaram-se contra o balão para que ele não alcançasse o teto.
O mérito de Gusmão foi reconhecido somente na terceira tentativa. Dessa vez, no pátio do Palácio, perante o rei de Portugal, Dom João V, e a rainha, dona Maria Anad, o aeróstato ganhou os ares. Ergueu-se lentamente, indo cair, quando esgotada sua chama, no terreiro da casa real. A inédita máquina mais leve do que o ar impressionou o público, mas não cumpriu sequer metade das façanhas que Gusmão prometera a Dom João V. Em seus pedidos de patente, ele anunciava feitos fantásticos. Dizia que sua invenção facilitaria a descoberta de novas terras, fazendo “da nação portuguesa a glória deste descobrimento”. Afirmava tratar-se “de um instrumento para se andar pelo ar, da mesma sorte que pela terra e pelo mar, e com muita brevidade, fazendo-se muitas vezes duzentas e mais léguas de caminho por dia.” Azar de Gusmão. “A Corte não estava preocupada com a ciência. Eles queriam era ganhar dinheiro com ouro e ter uma vida suntuosa”, diz Henrique Lins de Barros, pesquisador da história da aviação e autor do livro Santos Dumont: o Homem Voa! 
Embora não tenha surpreendido os portugueses, o aeróstato aguçou o imaginário do restante da Europa. A notícia que se espalhou rapidamente foi de que um padre havia voado nos ares de Lisboa. A máquina ganhou proporções mitológicas e ficou conhecida, a partir daí, como Passarola. 

O nome se deve a um desenho apócrifo  e meio ridículo que surgiu na época, ainda hoje relacionado (incorretamente) à criação de Gusmão. A imagem representava o aeróstato em forma de um pássaro, com uma cabeça de águia e cercado por instrumentos científicos. A ilustração trazia ainda o próprio Gusmão a bordo, como se ele tivesse voado dentro de seu engenho. Suspeita-se que o próprio “padre voador” (que na realidade nunca voou) seria o autor do desenho, junto com seu discípulo e amigo conde de Penaguião. Uma brincadeira de rapazes, com a qual eles pretendiam despistar possíveis interessados em copiar o experimento de Gusmão. 

Prova disso é que o desenho da Passarola não mostrava a fonte térmica responsável pela subida do balão, característica imprescindível para que o invento funcionasse. “Ele não dá a chave do problema, que é a fonte de calor, e ainda se coloca dentro do invento. É possível que tenha feito isso para esconder os segredos de sua descoberta”, afirma Lins de Barros. Em função da imagem fantasiosa, diversos historiadores europeus e norte-americanos situaram Gusmão como um dos muitos precursores da aeronáutica cujos trabalhos não possuíam nenhuma base científica. Depois das especulações desastrosas, ele abandonou completamente seu projeto.

Bartolomeu Gusmão tem uma trajetória de mistérios sucessivos. Nascido na vila paulista de Santos, em 1685, foi batizado com o nome de Bartolomeu Lourenço Santos, mas sempre preferiu ser chamado de Gusmão. Ainda criança, mudou-se para a Capitania da Bahia para continuar seus estudos no Seminário de Belém. Na época, Gusmão já era conhecido pela inteligência e pela memória espantosa. Construiu uma bomba elevatória para transportar água do rio Paraguaçu até o colégio dos padres, que ficava a 100 metros do nível do mar. O abastecimento, até então, exigia muito esforço e tempo dos seminaristas. Esse foi seu primeiro invento, que fez de Gusmão o primeiro brasileiro a conseguir uma patente.

Entre 1708 e 1709, ele deixou o Brasil rumo a Portugal. Na metrópole, depois de projetar o aeróstato, dedicou-se a outros inventos, nenhum com a repercussão do balão. Com o passar do tempo, ele também ficou conhecido por seus dotes oratórios – tornou-se membro da Academia Real de História e deixou vários sermões, principalmente o da Festa do Corpo de Deus, datado de 1721.

Na década de 1720, apesar dos privilégios que tinha junto à Corte, não conseguiu se ver livre dos problemas trazidos pela Santa Inquisição. Segundo especulações, ele teria sido perseguido por se converter ao judaísmo, ou por desafiar a natureza e os desígnios de Deus com seu balão voador.

No entanto, o biógrafo Benedito Calixto, afirma que o processo movido pela Igreja Católica Romana contra o inventor não teve relação com suas exposições aerostáticas. A Inquisição não se preocupava com descobertas científicas. O escritor Affonso d’Escragnolle Taunay, pesquisador da vida do padre, endossou essa tese. O problema foi outro: Gusmão teria se apaixonado por uma freira, conhecida como Trigueirinha, com quem o rei Dom João V possivelmente mantinha relações amorosas. “A Corte portuguesa era uma bandalheira geral. As intrigas feitas pela amante do padre o fizeram ir para a Holanda”, diz o brigadeiro Araguaryno Cabrero dos Reis. 

A partir daí, pouco se sabe sobre o paradeiro de Gusmão. Ele fugiu da Inquisição durante alguns anos e morreu, com 39 anos, de tuberculose, em 19 de novembro de 1724, em Toledo, Espanha.

Velha Fazenda Paulista, Sítio dos Alferes, 1835, Estado de São Paulo, Brasil (Velha Fazenda Paulista, Sítio dos Alferes, 1835) - Henrique Manzo

Velha Fazenda Paulista, Sítio dos Alferes, 1835, Estado de São Paulo, Brasil (Velha Fazenda Paulista, Sítio dos Alferes, 1835) - Henrique Manzo
Estado de São Paulo - SP
Museu Paulista São Paulo
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Rua das Flores, São Paulo, Brasil (Rua das Flores) - Henrique Manzo

Rua das Flores, São Paulo, Brasil (Rua das Flores) - Henrique Manzo
São Paulo - SP
Museu Paulista São Paulo
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Pedra Fundamental do Museu Paulista, 1882, São Paulo, Brasil (Pedra Fundamental do Museu Paulista, 1882) - Henrique Manzo

Pedra Fundamental do Museu Paulista, 1882, São Paulo, Brasil (Pedra Fundamental do Museu Paulista, 1882) - Henrique Manzo
São Paulo - SP
Museu Paulista São Paulo
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Igreja da Boa Morte em 1860, São Paulo, Brasil (Igreja da Boa Morte em 1860) - Henrique Manzo

Igreja da Boa Morte em 1860, São Paulo, Brasil (Igreja da Boa Morte em 1860) - Henrique Manzo
São Paulo - SP
Museu Paulista São Paulo
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Igreja da Boa Morte em 1860 é uma pintura de Henrique Manzo. A obra, produzida com tinta a óleo, é do gênero pintura histórica e está localizada no Museu Paulista. A obra foi produzida com tinta a óleo. Suas medidas são: 65 centímetros de altura e 81,5 centímetros de largura. Representa a Igreja da Boa Morte, em São Paulo.
A obra de Manzo foi uma encomenda do diretor do Museu Paulista, Afonso d'Escragnolle Taunay, no projeto de criação de um acervo para reconstituir São Paulo em meados do século XIX, projeto do qual fazem parte produções como a maquete São Paulo em 1841, de Henrique Bakkenist, e os quadros Paço Municipal, Fórum e Cadeia de São Paulo, 1862, de Benedito Calixto, e Piques, 1860, do próprio Manzo.
Na obra, figura um tropeiro, que assume centralidade no quadro. O plano do quadro, que não oferece um panorama da cidade, reforça uma integração entre cidade e campo. Esse elemento faz parte de componentes da tentativa de significação da cidade de São Paulo no acervo do Museu Paulista, em especial a ideia de representar uma transição pacífica e equilibrada entre vida rural e modernismo urbano.
Os beirais nas casas, maiores do que deveriam na realidade, realçam os elementos coloniais nas construções.

Fazenda Soledade, Campinas, 1850, São Paulo, Brasil (Fazenda Soledade, Campinas, 1850) - Henrique Manzo


Fazenda Soledade, Campinas, 1850, São Paulo, Brasil (Fazenda Soledade, Campinas, 1850) - Henrique Manzo
Campinas - SP
Museu Paulista São Paulo
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Fazenda Sete Quedas, Estado de São Paulo, Brasil (Fazenda Sete Quedas) - Henrique Manzo


Fazenda Sete Quedas, Estado de São Paulo, Brasil (Fazenda Sete Quedas) - Henrique Manzo
Estado de São Paulo - SP
Museu Paulista, São Paulo, Brasil
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Biblioteca Municipal, Rua Sete de Abril, 1926, São Paulo, Brasil


Biblioteca Municipal, Rua Sete de Abril, 1926, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Rua Caetano Pinto, Brás, 1956, São Paulo, Brasil


Rua Caetano Pinto, Brás, 1956, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

A rua Caetano Pinto inicia-se no cruzamento com a av. Rangel Pestana e termina na esquina com a rua Visconde de Parnaíba. Ela foi denominada pelo Ato 972 de 24 de agosto de 1916.

A rua Caetano Pinto, reduto da colônia italiana nos idos de 1910, homenageia o tenente-coronel Caetano Pinto Homem, grande proprietário de terrenos e prédios em São Paulo. Seu nascimento está estimado por volta de 1825 em Portugal e seu falecimento em 1864 na cidade de São Paulo.  Ele era filho de Diogo Pinto de Menezes e Mendonça e de Felizarda Joaquina Pinto Castello Branco. Caetano Pinto e outro português, Bento Joaquim de Souza e Castro acentuavam em testamento serem donos cada qual de chácara na freguesia do Brás. Caetano Pinto, especialmente, relatava morar em frente à chácara de propriedade do filho.

O brasense Rubens Ricupero, nascido na rua Caetano Pinto em 1937, ex-ministro da Fazenda no governo Itamar Franco (durante a implantação do Plano Real) e ex-embaixador do Brasil nos EUA, relata no site Revista de História sua infância e adolescência na Caetano Pinto: “Meu mundo, até os 18 anos, era a quintessência do Brás tradicional. Nossa família, uma das últimas a deixar o velho sobrado patriarcal, vivia perto da avenida Rangel Pestana, a algumas centenas de metros da Matriz do Bom Jesus do Brás, ao lado da famigerada rua Caetano Pinto, numa travessa da rua Carneiro Leão. Além dos sobrados e das precárias habitações populares dos cortiços, as ruas daquela zona eram ocupadas por fábricas, armazéns e cantinas, com queijos e linguiças pendurados na entrada como se fossem móbiles”. Ricupero fez o curso primário na Escola Romão Puiggari.

Só havia italianos na Caetano Pinto, influenciados por Nossa Senhora de Casaluce, cuja igreja encontra-se até hoje no número 608. A festa italiana acontece há 115 anos no bairro.

Luiz Peron, lembra o antigo Laboratório Fontoura, fabricante do Biotônico: “Entre 1970 e 1974 trabalhei na Anakol, no mesmo prédio onde a Fontoura Wyeth e Medicamenta Fontoura funcionavam. Da Anakol só ali seus escritórios da Matriz, mas a Wyeth e a Medicamenta (do Biotônico Fontoura) tinham partes fabris...Na Caetano Pinto, após o almoço, a diversão era o passeio pela própria rua... Quitanda do Paulo, olhada nos Sapatos da Casa Andaluzia, um cafezinho no bar de ‘dona’ Maria... E assim, matávamos a hora”.

“Na manhã paulistana de 11 de julho de 1917, sob intenso frio e chuva fina, uma multidão se formou à frente da casa número 91 da rua Caetano Pinto, no bairro do Brás. Desde as sete horas, homens, mulheres e crianças acotovelavam-se e agitavam bandeiras vermelhas à espera do funeral. Por volta das oito horas e trinta minutos, o corpo de José Ignez Martinez deixou a casa dos seus familiares. Um imenso cortejo fúnebre pôs-se em movimento” – jornal Fanfulla de 12/7/1917. Empregado de uma sapataria na rua Caetano Pinto, o espanhol José Martinez fora baleado no peito, no dia anterior, na rua Monsenhor Andrade, e não resistiu aos ferimentos. Os operários faziam várias reivindicações durante a Greve Geral de 1917, pedindo melhores condições de trabalho e aumento salarial.



quinta-feira, 28 de março de 2019

Fazenda Santo Antonio, 1870, Estado de São Paulo, Brasil (Fazenda Santo Antonio, 1870) - Henrique Manzo


Fazenda Santo Antonio, 1870, Estado de São Paulo, Brasil (Fazenda Santo Antonio, 1870) - Henrique Manzo
Estado de São Paulo - SP
Museu Paulista São Paulo
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Retrato do Barão Geraldo Rezende (Retrato do Barão Geraldo Rezende) - Henrique Manzo

Retrato do Barão Geraldo Rezende (Retrato do Barão Geraldo Rezende) - Henrique Manzo
Museu Paulista São Paulo
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Fazenda Santa Genebra, 1880, Campinas, São Paulo, Brasil



Fazenda Santa Genebra, 1880, Campinas, São Paulo, Brasil
Campinas - SP
Fotografia



A Fazenda Santa Genebra foi uma antiga fazenda de café localizada na cidade de Campinas, em São Paulo, no Brasil, durante o fim do século XIX e o início do século XX. Deu origem ao atual distrito de Barão Geraldo, juntamente com a Fazenda Rio das Pedras.
A sesmaria é originalmente denominada Nossa Senhora do Carmo do Morro Alto e após ser doada em 1799 pelo Conselho Ultramarino para a família do Brigadeiro Luís Antônio de Souza Queiroz, tornou-se propriedade de Geraldo Maria Ribeiro de Sousa Rezende, o Barão Geraldo de Rezende, o qual a administrou de 1876 a 1907.
A Fazenda Santa Genebra foi reconhecida como modelo na plantação de café pela utilização de tecnologias avançadas e no início do século XX já era a maior produtora do grão no estado de São Paulo. SItuava-se no contato entre duas importantes formações geomorfológicas do estado: a Depressão Periférica paulista e o Planalto Atlântico paulista.
A Mata da Fazenda Santa Genebra foi tombada pelo CONDEPHAAT como Reserva Florestal da Fundação José Pedro de Oliveira.
A região da fazenda, no norte de Campinas, sempre possuiu terras férteis, conhecidas como "terra roxa". Com isso, a atividade agrícola no distrito se desenvolveu num momento inicial com a cana de açúcar, depois com o café. Após a crise na década de 1930, outra atividade que se destacou foi o plantio de algodão. A agricultura tinha como referências as duas principais fazendas monocultoras da região, a Rio das Pedras, pertencente ao Sr. Albino José Barbosa de Oliveira e a Santa Genebra, do Barão Geraldo de Rezende.
Porém, antes do Barão Geraldo de Rezende, é necessário introduzir outro importante nome: o do militar luso-brasileiro Luís Antônio de Souza Queiroz. Grande negociador, o Brigadeiro era dono do primeiro navio que saiu do Porto de Santos com mercadorias destinadas a Lisboa e foi o pioneiro no fomento à economia paulista. Introduziu as primeiras noções de um sistema de crédito bancário, rendendo-lhe, em pouco tempo uma grande fortuna.
O Brigadeiro Luiz Antonio de Souza Queiroz ainda foi sócio do Senador Vergueiro, numa empresa agrária bem-sucedida, denominada Vergueiro & Souza. Bastante influente, com a fundação de Campinas em 1799, o Brigadeiro recebeu diversos engenhos de terras, incluindo a sesmaria Nossa Senhora do Carmo do Morro Alto, que passou a se chamar Fazenda Santa Genebra. O local foi doado pelo Conselho Ultramarino e após a morte do Brigadeiro, em 1819, foi herdado pelo seu filho Francisco Antonio de Souza Queiroz, que se tornou o Barão de Souza Queiroz e morreu em 1891.
Após a morte do Barão de Souza Queiroz, a Fazenda Santa Genebra foi herdada pelas suas duas filhas: Genebra e Isabel Augusta. Genebra, casada com Luiz Ribeiro de Souza Rezende, tornou-se a principal herdeira, mas com a morte de Genebra, o imóvel foi adquirido em 1850 pelo seu sogro, o Marquês de Valença. 26 anos depois, em 1876, o local foi herdado pelo filho mais novo, Geraldo Ribeiro de Souza Rezende. Formado em agronomia na França, retornou ao Brasil e passou a administrar suas fazendas. Logo quando chegou a Campinas, procurou a elite de fazendeiros locais para criarem o Club da Lavoura de Campinas. Monarquista, foi vereador de Campinas entre 1883 e 1886, mas depois focou somente na Fazenda Santa Genebra, que era considerada modelo de inovação, com maquinaria avançada e modernas técnicas agrícolas.
Assim que recebeu as terras, Geraldo Ribeiro de Souza Rezende alforriou seus escravos e empregou trabalhadores assalariados, em sua maioria imigrantes, testando todas as inovações tecnológicas então existentes para agilizar o processo do plantio do café à moagem. A Fazenda Santa Genebra era modelo para o mundo, tanto que recebeu ilustres visitas como a do Conde D'Eu; o contra-almirante G. Fournier, comandante da Divisão Naval francesa no Atlântico; o conde Lalaing, ministro da Bélgica; W. Pocom, cônsul dos Estados Unidos da América; conde Antonelli, ministro da Itália; conde Michel de Giers, ministro da Rússia e Manuel Ferraz de Campos Sales, então presidente da província de São Paulo.
Em 19 de junho de 1889, às vésperas da proclamação da República, Geraldo tornou-se Barão Geraldo de Rezende. Originalmente, havia sido feito "Barão de Iporanga", mas a pedido, o próprio Imperador mudou o nome. Além do sucesso da Fazenda Santa Genebra, o Barão recebeu como herança dos avós maternos a Fazenda Rio das Pedras, assim como também possuía como propriedade as Fazendas Monjolinho, Santa Elisa e Funil. Por esse extenso conjunto de bens, foi o construtor da Companhia Carril Funilense, estrada de ferro que escoava a produção cafeeira da região e a interligava com Campinas.
Porém, mesmo com a fortuna, o Barão levava uma vida muito dispendiosa, e como sua extensa família não trabalhava, foi à falência, sendo obrigado a se desfazer da fazenda. Na verdade, o governo penhorou o local e leiloou posteriormente. Pouco tempo depois, o Barão também vendeu suas outras propriedades, assim como a falida Companhia Funilense, em 1907. Logo em seguida, no dia 1º de outubro do mesmo ano, suicidou-se.
A família Oliveira comprou a Fazenda Santa Genebra, manteve preservada a área florestal, que foi denominada Mata de Santa Genebra. O proprietário, Sr. José Pedro de Oliveira, tinha uma forte tuberculose e considerava que dentro da mata conseguia melhorar sua respiração.
Após a sua morte, em 1981, sua esposa Jandyra Pamplona de Oliveira doou o remanescente florestal ao município, mantendo o nome Mata Santa Genebra. Em acordo judicial, ficou definido que se a cobertura vegetal fosse destruída, a propriedade retornaria aos herdeiros da família Oliveira. No mesmo dia 14 de julho de 1981, foi criada a Fundação José Pedro de Oliveira, para administrar e conservar a Mata de Santa Genebra.
A Fazenda Santa Genebra, quando comandada pelo Barão Geraldo de Rezende tinha uma área de 1.250 alqueires. Para se ter uma ideia da magnitude do local, englobava, na região sul, o que hoje são os bairros Santa Genebra, Costa e Silva e parte da Vila Nova; a oeste, o que atualmente é a região dos Amarais e CEASA (Centrais de Abastecimento Sociedade Anônima); e na parte leste até a Rodovia Governador Doutor Adhemar Pereira de Barros.
Espalhado pelo considerável terreno, ficava o maquinário elogiado mundialmente. A diferenciação das demais fazendas ficava na aparelhagem e nas técnicas chamadas “mais civilizadas” no processo do plantio do café à moagem. Eram várias as técnicas de beneficiamento do café: lavagem, secagem, despolpamento, ventilação, escolha, cotação e classificação. Em Campinas, pode-se notar um padrão na distribuição e na disposição das fazendas. Um primeiro espaço é dominado pelos terreiros de café, que distribuem e organizam as edificações, reservando à residência do Barão uma posição de destaque.
A arquitetura e a estética da casa onde morava a família do Barão Geraldo de Rezende chamava atenção pela suntuosidade, requinte e opulência, típicos de uma propriedade rica na exploração do café no fim do século XIX. Há também a presença dos muros de taipa de pilão cercando os limites da sede cafeeira, visando estabelecer o controle e a vigilância sobre os escravos e a produção de café.
A mão de obra da Fazenda Santa Genebra era formada a princípio pelos escravos e depois da abolição da escravatura em 1888, pelos ex-escravos e imigrantes italianos, espanhóis e portugueses.
As fazendas de Campinas também padronizaram o local onde ficavam os escravos. As senzalas eram cobertas por um telhado corrido e organizadas em quadra. A concentração dos escravos no curro, uma área quadrada diminuta e fechada, permitia maior vigilância e controle. Uma das filhas do Barão Geraldo de Rezende descreveu a senzala da Fazenda Santa Genebra:
"Lá por cima ficava o 'quadrado', com as senzalas, a dormida dos escravos, pequenos quartos em volta de um grande pateo, fechado por um portão, que se trancava, à noite, com enorme e impressionante chave, a fim de evitar facilidades aos fujões [...] aos 'caiamboras'".
A Mata da Fazenda Santa Genebra localizava-se numa região predominantemente agrícola, quando ainda pertencia ao Barão Geraldo de Rezende. Só que numa escala reduzida de tempo teve uma área significante de seu entorno totalmente ocupada por bairros residenciais e áreas de plantio de monoculturas de cana-de-açúcar e milho.
Mesmo com as consideráveis mudanças no entorno e na área das construções da Fazenda, a mata foi preservada e é o local onde se localiza o maior patrimônio natural tombado de Campinas, a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Mata de Santa Genebra, pertencente a reserva florestal da Fundação José Pedro de Oliveira, que possui 251 hectares, quase 2,5 milhões de m².
No local, existe um borboletário, instalado em uma área de 3 mil m². O local permite a criação e o monitoramento das mais de 600 espécies de borboletas existentes, o que prova a biodiversidade existente na Mata. Além do borboletário, um viveiro conta com mais de 3 mil mudas de espécies nativas. São mais de 170 espécies de árvores e arbustos. Na fauna, existem aproximadamente 300 espécies de vertebrados e 500 de insetos. A segunda maior floresta urbana do Brasil é alvo de estudos de pesquisadores de universidades e institutos que buscam um maior equilíbrio ecológico na Mata Atlântica.
A Mata foi doada pela família Oliveira somente para fins científicos e culturais com o propósito de se estudar seu ecossistema. Seu tombamento ocorreu em 1983 pelo CONDEPHATT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico) e em 1985 foi tornada ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) pelo Governo Federal. Sete anos depois, em 1992, foi tombada como patrimônio natural do município de Campinas pelo CONDEPACC (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas).
Ainda dentro da grande porção de terra que era a Fazenda Santa Genebra, pode ser encontrada a Escola Salesiana São José, ou como era conhecida antigamente Escola Agrícola de Artes e Ofícios.
O projeto de fundação foi iniciado em 1905, quando o Barão Geraldo de Rezende doou 4 mil m² de terras ao Liceu Salesiano. A Fazenda Santa Genebra não trazia mais lucros com a produção de café e por intermédio do Senador General Francisco Glicério, o local foi transformada em uma Escola Agrícola, inaugurada em 1953.
A Fazenda Santa Genebra era tão importante que teve uma estação na Estrada de Ferro Funilense, planejada pelo Barão Geraldo de Rezende, com estação inicial em Campinas e que interligava a região a outras fazendas de destaque.
A "Estação Santa Genebra" foi a primeira localizada em terras “do sertão adentro”, aberta primeiramente para atender a Fazenda Santa Genebra, considerada referência nacional em modelo de administração. Alguns anos depois, a estação interna esta foi transformada e ampliada, tendo seu nome alterado para “Estação Barão Geraldo de Rezende” como forma de homenagear o Barão. A estrutura era tão grande que hoje, na mesma localização da antiga estação, encontra-se o Terminal Urbano do Distrito de Barão Geraldo.
Mais uma prova de que a Fazenda era importante veio do historiador Warney Smith, analisando a formação do bairro rural de Barão Geraldo e sua evolução a distrito através da estação de trem pensada para o escoamento da produção de café:
"Nos primeiros 20 anos do Século XX, diversos imigrantes italianos, portugueses e libaneses compraram pequenos sítios perto de Campinas (SP) ao redor da "Estação Barão Geraldo" da extinta Estrada de Ferro Funilense, e ali construíram um bairro rural fundado na policultura e na auto-subsistência, cuja produção começou a ser vendida em Campinas ou São Paulo alguns anos depois. Localizado entre duas antigas fazendas de café e cana (Rio das Pedras e Santa Genebra) o bairro rural que ficou conhecido como Barão Geraldo centralizou-se em torno de uma capela, de um campo de futebol e de diversas vendas - todos vizinhos à Estação - onde seus moradores em convivência, iniciaram a construção de uma identidade local. Com a instalação da fazenda de cana e destilaria da Rhodia em seus arredores, a partir da década de 40, os "baronenses" começaram a lutar pelo "progresso" e pela polêmica elevação do bairro rural a Distrito".
De acordo com a autora Rita Ribeiro, a Fazenda Santa Genebra tornou-se capaz de fundar um futuro distrito por ser modelo no Brasil e no exterior pelas inovações tecnológicas e maquinário avançado, além de possuir uma excelente administração diferenciando-a das outras fazendas. A propriedade não foi importante apenas por causa de sua estação, como pela sua principal característica:
“Destacou-se não apenas por ser, então, uma das maiores da região, mas também por seu pioneirismo marcado por constantes inovações no campo da agricultura”.
A atual Mata de Santa Genebra é elogiada pela preservação dos 251 hectares restantes de Mata Atlântica e pelas pesquisas que visam um maior equilíbrio ecológico, além do fato de que a floresta se tornou refúgio de plantas e animais. “Porém em um modelo norte-americano de preservação da natureza, sem incluir o ser humano no exercício da conservação e manejo. A cerca e o vigia materializam esta condição”.
A proposta de Laís Mourão Sá, doutora em Antropologia pela UnB (Universidade Nacional de Brasília), seria reincluir as populações tradicionais, vizinhas dos parques e regiões florestais, ao invés de expulsá-las de suas terras ou impedi-las de manter contato com as espécies preservadas. Isso poderia contribuir para um cultivo da floresta em harmonia com o ser humano. Seria imprescindível que as pessoas se sentissem pertencentes à história e ao lugar em questão. A Fazenda Santa Genebra também é importante atualmente para a preservação do meio ambiente, assim como para a simbiose entre os humanos e a natureza.
Uma das histórias mais conhecidas do distrito de Barão Geraldo e uma das mais faladas de Campinas é a Lenda do Boi Falô, que teria acontecido justamente na Fazenda Santa Genebra. Na Sexta-Feira Santa de 1888, um escravo teve que atrelar um boi para este fazer o transporte de cereais, porém, o rapaz era religioso, e em dia santo, segundo as tradições católicas, não se trabalha. Por sua vez, o capataz passou a usar violentamente sua chibata, punindo as costas do escravo para fazê-lo trabalhar. Ao ver a cena, o boi teria mugido de maneira ensurdecedora e dito: "Hoje não é dia de trabalhar, é dia do Senhor!". Logo em seguida, o capataz teria saído gritando: “O boi falô! O boi falô!”.
Pelo milagre do boi, a lenda virou festa, inicialmente ocorrida na Escola Estadual Barão Geraldo de Rezende, entre as décadas de 70 e o início da década de 80, sempre no dia 22 de agosto, em comemoração ao dia do Folclore. Os alunos da região encenavam a lenda e confraternizavam na escola. A partir de 1988, a festa passou a acontecer na Sexta-Feira Santa, em via pública e aberta a toda a população. Assim começou a tradição de servir uma macarronada com molho de sardinha aos participantes, costume trazido pelos imigrantes italianos e relembrado na festa por não ser permitido comer carne na Sexta-Feira Santa, feriado religioso.
Em 2017, a Festa do Boi Falô foi realizada na Escola Barão Geraldo de Rezende e reuniu mais de 1,5 mil pessoas. Para a tradicional macarronada, foram preparados 500 quilos de espaguete com 400 quilos de molho de tomate. Texto da Wikipédia.

Fazenda Santa Genebra, Família Barão Geraldo Rezende, Campinas, São Paulo, Brasil (Fazenda Santa Genebra) - Henrique Manzo

Fazenda Santa Genebra, Família Barão Geraldo Rezende, Campinas, São Paulo, Brasil (Fazenda Santa Genebra) - Henrique Manzo
Campinas - SP
Museu Paulista São Paulo
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Fazenda Monte Alegre, 1850, Piracicaba, São Paulo, Brasil (Fazenda Monte Alegre, 1850, Piracicaba) - Henrique Manzo




Fazenda Monte Alegre, 1850, Piracicaba, São Paulo, Brasil (Fazenda Monte Alegre, 1850, Piracicaba) - Henrique Manzo
Piracicaba - SP
Museu Paulista, São Paulo, Brasil
OST - 65x101 - Década de 40

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo
Quadrinhos

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo
Quadrinhos

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo
Quadrinhos

Engenho da Cachoeira, 1839, Campinas, São Paulo, Brasil (Engenho da Cachoeira, 1839, Campinas) - Henrique Manzo



Engenho da Cachoeira, 1839, Campinas, São Paulo, Brasil (Engenho da Cachoeira, 1839, Campinas) - Henrique Manzo
Campinas - SP
Museu Paulista, São Paulo, Brasil
OST - 65x101 - 1943

Convento da Luz, 1860, São Paulo, Brasil (Convento da Luz, 1860) - Henrique Manzo



Convento da Luz, 1860, São Paulo, Brasil (Convento da Luz, 1860) - Henrique Manzo
São Paulo - SP
Museu Paulista, São Paulo, Brasil
OST - 44x81

Capela de Nossa Senhora do Belém, Estado de São Paulo, Brasil (Capela de Nossa Senhora do Belém) - Henrique Manzo

Capela de Nossa Senhora do Belém, Estado de São Paulo, Brasil (Capela de Nossa Senhora do Belém) - Henrique Manzo
Estado de São Paulo - SP
Museu Paulista São Paulo
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Cafezal, Campinas, 1830, São Paulo, Brasil (Cafezal, Campinas, 1830) - Henrique Manzo

Cafezal, Campinas, 1830, São Paulo, Brasil (Cafezal, Campinas, 1830) - Henrique Manzo
Campinas - SP
Museu Paulista São Paulo
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Bispo Castello Branco Distribuindo Mudas de Café em Sua Propriedade, 1870, Estado de São Paulo, Brasil (Bispo Castello Branco Distribuindo Mudas de Café em Sua Propriedade, 1870) - Henrique Manzo

Bispo Castello Branco Distribuindo Mudas de Café em Sua Propriedade, 1870, Estado de São Paulo, Brasil (Bispo Castello Branco Distribuindo Mudas de Café em Sua Propriedade, 1870) - Henrique Manzo
Estado de São Paulo - SP
Museu Paulista São Paulo
OST - 87x131 - 1944

Fazenda em Campinas, 1840, São Paulo, Brasil (Fazenda em Campinas, 1840) - Henrique Manzo


Fazenda em Campinas, 1840, São Paulo, Brasil (Fazenda em Campinas, 1840) - Henrique Manzo
Campinas - SP
Museu Paulista São Paulo
OST - 74x109

Fazenda em Campinas, 1840, São Paulo, Brasil (Fazenda em Campinas, 1840) - Henrique Manzo


Fazenda em Campinas, 1840, São Paulo, Brasil (Fazenda em Campinas, 1840) - Henrique Manzo
Campinas - SP
Museu Paulista São Paulo
OST - 74x109 

Fazenda em Campinas, 1840, São Paulo, Brasil (Fazenda em Campinas, 1840) - Henrique Manzo


Fazenda em Campinas, 1840, São Paulo, Brasil (Fazenda em Campinas, 1840) - Henrique Manzo
Campinas - SP
Museu Paulista São Paulo
OST - 67x102 - 1944

Projeto de Aterro Para o Anhangabaú, 1878, São Paulo, Brasil (Projeto de Aterro Para o Anhangabaú, 1878) - Henrique Manzo

Projeto de Aterro Para o Anhangabaú, 1878, São Paulo, Brasil (Projeto de Aterro Para o Anhangabaú, 1878) - Henrique Manzo
São Paulo - SP
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OST - 85x147

Largo do Ouvidor, 1858, São Paulo, Brasil (Largo do Ouvidor, 1858) - Henrique Manzo

Largo do Ouvidor, 1858, São Paulo, Brasil (Largo do Ouvidor, 1858) - Henrique Manzo
São Paulo - SP
Museu Paulista São Paulo
OST - 49x59

Dodge Challenger SRT Demon 2018, Estados Unidos
















Dodge Challenger SRT Demon 2018, Estados Unidos
Motor : 6.2/840HP
Exterior : Laranja (Go Mango)
Interior : Preto
Fotografia

Fonte : https://www.mecum.com/lots/AZ0319-366659/2018-dodge-challenger-srt-demon/