Hyundai HB20 Turbo 2023, Brasil
Fotografia
Texto 1:
Quando a Hyundai lançou a última reestilização do HB20, sabia que tinha sido atrevida demais. “O desafio […] é romper com os padrões. Se 50% das pessoas odiarem, mas 50% amarem, estamos no caminho certo”, Simon Loasby, designer que comandou da Coreia do Sul a reestilização de 2019, disse à época.
Pelo jeito, o caminho estava errado, mas o HB20 se mostrou um projeto tão resiliente que nem o “cartão de visitas” do carro – sua aparência – foi capaz de impedir ótimas vendas.
Elas, entretanto, talvez fossem melhores com estilo mais popular. Tanto que, apenas três anos depois, o carro de passeio mais vendido do Brasil acaba de ganhar uma profunda reestilização, tornando-o novo por fora, ainda que bem igual por dentro.
São mudanças que invertem todo o estilo da linha anterior: a carroceria bem curvilínea dá lugar a formas retas. Uma nova grade transforma a dianteira do carro, ao passo que na traseira o conjunto de lanternas é inspirado nos luxuosos Tucson e Elantra de nova geração, inéditos no Brasil.
Antes de sentar à mesa em jantar com jornalistas, o diretor de produto na Hyundai brasileira, Rodolfo Stopa, já perguntou, confiante da resposta que teria: “Dessa vez não vai dar para criticar o visual, né?”.
A rigor, errado estaria o jornalista que impusesse sua opinião em algo tão subjetivo quanto a estética; o que conta, nesse caso, é o que o público acha.
Em momentos distintos, QUATRO RODAS perguntou, no site, opiniões sobre o visual do HB20, e as respostas sempre foram altamente negativas. Em uma enquete de 2020, o primo europeu do carro, o Hyundai i20, foi classificado como “mais bonito” nove vezes mais.
Coincidência ou não, o novo HB20, que já está à venda, se aproximou do parente tanto nos faróis quanto no para-choque dianteiro. Coube ao Brasil, entretanto, uma grade dianteira bem grande, que recuou o capô. A peça também ganhou dois vincos bem marcados, que buscam um ar de esportividade. O para-choque traseiro reforça a aparência “encaixotada” e, assim como o dianteiro, está um pouco mais volumoso. Ao todo, o HB20 cresceu 7,5 cm, mas não manteve o espaço interno de antes.
A protagonista da porção traseira, entretanto, é a régua que une duas lanternas que lembram martelos. O material reflexivo até disfarça, mas não há iluminação no meio do conjunto; isso é exclusividade do HB20S, que chegará em seguida.
Virtudes do Hyundai HB20:
Sendo o carro de passeio mais vendido de 2021, a Hyundai não tinha por que mudar o que já dá certo no HB20. Assim, as versões mais baratas seguem com motor Kappa 1.0 aspirado (80 cv/10,2 kgfm) junto a câmbio manual de cinco marchas, com preços que vão de R$ 76.790 a R$ 85.490.
Os modelos com o Kappa 1.0 turbo (120 cv/17,5 kgfm) têm apenas câmbio de seis marchas, que pode ser o manual ou o automático; essas vão de R$ 93.790 a R$ 114.390, preço da versão topo de linha Platinum Plus, mostrada aqui. É caro, mas inclui equipamentos até surpreendentes para o veículo do segmento.
É o caso do assistente de permanência em faixa, capaz de dar uma “mãozinha” ao motorista ajudando a centralizar o carro na pista. O piloto automático adaptativo, porém, foi preterido pelo controle de cruzeiro convencional.
Apple CarPlay e Android Auto podem ser acessados sem fio na central multimídia de 8”, e a Hyundai faz questão de estimular o uso do aplicativo Bluelink, que permite rastrear, ligar o carro à distância e até limitar em que regiões o carro pode rodar. Apesar de pago, quem adquirir um HB20 Platinum ou Platinum Plus terá três anos de uso grátis.
A Platinum Plus também é acima da média ao oferecer o sistema que impede a abertura de portas do passageiro ou a saída a ré de vagas a 90o quando há veículos se aproximando. Todas as versões do novo HB20 contam com seis airbags de série, incluindo cortinas de proteção lateral.
O reajuste nas versões do compacto foi, em média, de 6,82%. Para não encarecer sua novidade, a Hyundai optou por mexer muito pouco na cabine, que continua quase inteiramente de plásticos duros.
Há material que imita couro apenas na lateral dos bancos, manopla do câmbio, volante e apoios de braço – insuficiente para subir o nível de acabamento.
Ajuste fino:
A maior alteração foi no quadro de instrumentos, que, nas duas versões mais caras, é digital.
Mas não há um display de LCD, como vem se tornando comum, e sim um conjunto que une o computador de bordo de 4,2” usado pela Kia a dois simples relógios digitais, que servem de conta-giros e velocímetro.
Ainda que a telinha seja útil para comandar funções do carro, os mostradores deixam uma grande área inutilizada no mostrador. Uma aposta ousada e que oferece poucas vantagens em relação aos velocímetros tradicionais.
Com a mesma mecânica, coube à engenharia da Hyundai realizar pequenas alterações nos componentes do HB20. Tanto relacionadas à emissão de poluentes quanto ao sistema elétrico, que agora é mais exigido.
A potência do motor 1.0 turbo segue de 120 cv a etanol ou gasolina, mas o torque ficou 1,6% menor, sendo de 17,5 kgfm em ambos os combustíveis. Como a versão Platinum Plus agora traz rodas maiores, de aro 16, a primeira expectativa é de que o consumo diminuísse, assim como a aceleração.
Nossos testes confirmaram que ele arranca 0,3 s mais devagar, levando 10 s para ir de 0 a 100 km/h. O consumo urbano, melhorou de 12,6 km/l para 13,2 km/l, acrescentando 30 km de autonomia ao tanque de 50 l. Mas, no ciclo rodoviário, não houve melhora no rendimento. De fato, até piorou um pouco: de 15,3 km/l para 15,1 km/l.
Mas os números de performance seguem bons, principalmente para um carro que atrai quem busca locomoção eficiente e tranquila. Esses clientes também gostarão dos pedais e volante, que foram ajustados para ficarem bem leves e precisos.
Como o pico de torque vai dos 1.500 rpm aos 3.500 rpm, o HB20 também é ligeiro nas retomadas urbanas. Em altas velocidades, o pico de potência a 6.000 rpm se faz notado e a 100 km/h a sexta marcha já “grita” um pouco, mas o isolamento acústico é bom – melhor do que o de modelos mais caros como o Honda City Hatch, por exemplo.
A suspensão cumpre um bom papel dentro de sua simplicidade e a boa qualidade construtiva faz com que o plástico não gere barulho ou cause desconforto em vias um pouco mais precárias. Um supersticioso diria que Simon Loasby “zicou” o HB20 em 2019, já que a aprovação do antigo desenho foi baixa.
O designer pode se defender dizendo que não foi só por isso que o modelo está irreconhecível: os gravíssimos problemas de matéria-prima na fabricação da linha Onix criaram o momento ideal para a Hyundai melhorar seu principal produto.
Se o estilo do Onix for o desempate entre modelos tão parecidos no resto, um rostinho mais bonito pode consolidar a recente vantagem do Hyundai HB20 nas vendas. Fato é que, quando a GM normalizar a produção do seu modelo, terá um rival ainda mais forte para combater.
Veredicto Quatro Rodas
O “feijão com arroz” da Hyundai não tem filé-mignon, mas seu tempero está mais acertado do que nunca.
Teste Hyundai HB20 Platinum Plus 2023:
Aceleração:
0 a 100 km/h: 10 s
0 a 1.000 m: 31,4 – 166,1 km/h
Velocidade máxima: 192 km/h
Retomadas:
D 40 a 80 km/h: 4,3 s
D 60 a 100 km/h: 5,5 s
D 80 a 120 km/h: 6,8 s
Frenagens:
60/80/120 km/h a 0: 13,9/24,5/55,3 m
Consumo:
Urbano: 13,2 km/l
Rodoviário: 15,1 km/l
Ruído interno:
Neutro/RPM máx.: 37,0/63,3 dBA
80/120 km/h: 62,5/69,2 dBA
Aferição:
Velocidade real a 100 km/h: 97 km/h
Rotação do motor a 100 km/h: 2.100 rpm
Volante: 2,7 voltas
Seu Bolso:
Preço básico: R$ 114.390
Garantia: 5 anos
Condições de teste: alt. 660 m; temp., 26,5 °C; umid. relat., 38%; press., 1.025 kPa. Realizado no TMT Campo de Provas.
Ficha Técnica Hyundai HB20 Platinum Plus 2023:
Motor: flex, diant., transv., 3 cil. em linha, turbo, 998 cm3; 12V, 120 cv a 6.000 rpm, 17,5 kgfm a 1.500 rpm;
Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira;
Direção: elétrica progressiva, 9 m (diâmetro de giro);
Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.);
Freios: disco ventilado (diant.), tambor (tras.);
Pneus: 195/55 R16;
Peso: 1.110 kg;
Dimensões: comprimento, 401,5 cm; largura, 172 cm; altura, 147 cm; entre-eixos, 253 cm; porta-malas, 300 litros; tanque, 50 litros.
Texto 2:Pelo jeito, o caminho estava errado, mas o HB20 se mostrou um projeto tão resiliente que nem o “cartão de visitas” do carro – sua aparência – foi capaz de impedir ótimas vendas.
Elas, entretanto, talvez fossem melhores com estilo mais popular. Tanto que, apenas três anos depois, o carro de passeio mais vendido do Brasil acaba de ganhar uma profunda reestilização, tornando-o novo por fora, ainda que bem igual por dentro.
São mudanças que invertem todo o estilo da linha anterior: a carroceria bem curvilínea dá lugar a formas retas. Uma nova grade transforma a dianteira do carro, ao passo que na traseira o conjunto de lanternas é inspirado nos luxuosos Tucson e Elantra de nova geração, inéditos no Brasil.
Antes de sentar à mesa em jantar com jornalistas, o diretor de produto na Hyundai brasileira, Rodolfo Stopa, já perguntou, confiante da resposta que teria: “Dessa vez não vai dar para criticar o visual, né?”.
A rigor, errado estaria o jornalista que impusesse sua opinião em algo tão subjetivo quanto a estética; o que conta, nesse caso, é o que o público acha.
Em momentos distintos, QUATRO RODAS perguntou, no site, opiniões sobre o visual do HB20, e as respostas sempre foram altamente negativas. Em uma enquete de 2020, o primo europeu do carro, o Hyundai i20, foi classificado como “mais bonito” nove vezes mais.
Coincidência ou não, o novo HB20, que já está à venda, se aproximou do parente tanto nos faróis quanto no para-choque dianteiro. Coube ao Brasil, entretanto, uma grade dianteira bem grande, que recuou o capô. A peça também ganhou dois vincos bem marcados, que buscam um ar de esportividade. O para-choque traseiro reforça a aparência “encaixotada” e, assim como o dianteiro, está um pouco mais volumoso. Ao todo, o HB20 cresceu 7,5 cm, mas não manteve o espaço interno de antes.
A protagonista da porção traseira, entretanto, é a régua que une duas lanternas que lembram martelos. O material reflexivo até disfarça, mas não há iluminação no meio do conjunto; isso é exclusividade do HB20S, que chegará em seguida.
Virtudes do Hyundai HB20:
Sendo o carro de passeio mais vendido de 2021, a Hyundai não tinha por que mudar o que já dá certo no HB20. Assim, as versões mais baratas seguem com motor Kappa 1.0 aspirado (80 cv/10,2 kgfm) junto a câmbio manual de cinco marchas, com preços que vão de R$ 76.790 a R$ 85.490.
Os modelos com o Kappa 1.0 turbo (120 cv/17,5 kgfm) têm apenas câmbio de seis marchas, que pode ser o manual ou o automático; essas vão de R$ 93.790 a R$ 114.390, preço da versão topo de linha Platinum Plus, mostrada aqui. É caro, mas inclui equipamentos até surpreendentes para o veículo do segmento.
É o caso do assistente de permanência em faixa, capaz de dar uma “mãozinha” ao motorista ajudando a centralizar o carro na pista. O piloto automático adaptativo, porém, foi preterido pelo controle de cruzeiro convencional.
Apple CarPlay e Android Auto podem ser acessados sem fio na central multimídia de 8”, e a Hyundai faz questão de estimular o uso do aplicativo Bluelink, que permite rastrear, ligar o carro à distância e até limitar em que regiões o carro pode rodar. Apesar de pago, quem adquirir um HB20 Platinum ou Platinum Plus terá três anos de uso grátis.
A Platinum Plus também é acima da média ao oferecer o sistema que impede a abertura de portas do passageiro ou a saída a ré de vagas a 90o quando há veículos se aproximando. Todas as versões do novo HB20 contam com seis airbags de série, incluindo cortinas de proteção lateral.
O reajuste nas versões do compacto foi, em média, de 6,82%. Para não encarecer sua novidade, a Hyundai optou por mexer muito pouco na cabine, que continua quase inteiramente de plásticos duros.
Há material que imita couro apenas na lateral dos bancos, manopla do câmbio, volante e apoios de braço – insuficiente para subir o nível de acabamento.
Ajuste fino:
A maior alteração foi no quadro de instrumentos, que, nas duas versões mais caras, é digital.
Mas não há um display de LCD, como vem se tornando comum, e sim um conjunto que une o computador de bordo de 4,2” usado pela Kia a dois simples relógios digitais, que servem de conta-giros e velocímetro.
Ainda que a telinha seja útil para comandar funções do carro, os mostradores deixam uma grande área inutilizada no mostrador. Uma aposta ousada e que oferece poucas vantagens em relação aos velocímetros tradicionais.
Com a mesma mecânica, coube à engenharia da Hyundai realizar pequenas alterações nos componentes do HB20. Tanto relacionadas à emissão de poluentes quanto ao sistema elétrico, que agora é mais exigido.
A potência do motor 1.0 turbo segue de 120 cv a etanol ou gasolina, mas o torque ficou 1,6% menor, sendo de 17,5 kgfm em ambos os combustíveis. Como a versão Platinum Plus agora traz rodas maiores, de aro 16, a primeira expectativa é de que o consumo diminuísse, assim como a aceleração.
Nossos testes confirmaram que ele arranca 0,3 s mais devagar, levando 10 s para ir de 0 a 100 km/h. O consumo urbano, melhorou de 12,6 km/l para 13,2 km/l, acrescentando 30 km de autonomia ao tanque de 50 l. Mas, no ciclo rodoviário, não houve melhora no rendimento. De fato, até piorou um pouco: de 15,3 km/l para 15,1 km/l.
Mas os números de performance seguem bons, principalmente para um carro que atrai quem busca locomoção eficiente e tranquila. Esses clientes também gostarão dos pedais e volante, que foram ajustados para ficarem bem leves e precisos.
Como o pico de torque vai dos 1.500 rpm aos 3.500 rpm, o HB20 também é ligeiro nas retomadas urbanas. Em altas velocidades, o pico de potência a 6.000 rpm se faz notado e a 100 km/h a sexta marcha já “grita” um pouco, mas o isolamento acústico é bom – melhor do que o de modelos mais caros como o Honda City Hatch, por exemplo.
A suspensão cumpre um bom papel dentro de sua simplicidade e a boa qualidade construtiva faz com que o plástico não gere barulho ou cause desconforto em vias um pouco mais precárias. Um supersticioso diria que Simon Loasby “zicou” o HB20 em 2019, já que a aprovação do antigo desenho foi baixa.
O designer pode se defender dizendo que não foi só por isso que o modelo está irreconhecível: os gravíssimos problemas de matéria-prima na fabricação da linha Onix criaram o momento ideal para a Hyundai melhorar seu principal produto.
Se o estilo do Onix for o desempate entre modelos tão parecidos no resto, um rostinho mais bonito pode consolidar a recente vantagem do Hyundai HB20 nas vendas. Fato é que, quando a GM normalizar a produção do seu modelo, terá um rival ainda mais forte para combater.
Veredicto Quatro Rodas
O “feijão com arroz” da Hyundai não tem filé-mignon, mas seu tempero está mais acertado do que nunca.
Teste Hyundai HB20 Platinum Plus 2023:
Aceleração:
0 a 100 km/h: 10 s
0 a 1.000 m: 31,4 – 166,1 km/h
Velocidade máxima: 192 km/h
Retomadas:
D 40 a 80 km/h: 4,3 s
D 60 a 100 km/h: 5,5 s
D 80 a 120 km/h: 6,8 s
Frenagens:
60/80/120 km/h a 0: 13,9/24,5/55,3 m
Consumo:
Urbano: 13,2 km/l
Rodoviário: 15,1 km/l
Ruído interno:
Neutro/RPM máx.: 37,0/63,3 dBA
80/120 km/h: 62,5/69,2 dBA
Aferição:
Velocidade real a 100 km/h: 97 km/h
Rotação do motor a 100 km/h: 2.100 rpm
Volante: 2,7 voltas
Seu Bolso:
Preço básico: R$ 114.390
Garantia: 5 anos
Condições de teste: alt. 660 m; temp., 26,5 °C; umid. relat., 38%; press., 1.025 kPa. Realizado no TMT Campo de Provas.
Ficha Técnica Hyundai HB20 Platinum Plus 2023:
Motor: flex, diant., transv., 3 cil. em linha, turbo, 998 cm3; 12V, 120 cv a 6.000 rpm, 17,5 kgfm a 1.500 rpm;
Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira;
Direção: elétrica progressiva, 9 m (diâmetro de giro);
Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.);
Freios: disco ventilado (diant.), tambor (tras.);
Pneus: 195/55 R16;
Peso: 1.110 kg;
Dimensões: comprimento, 401,5 cm; largura, 172 cm; altura, 147 cm; entre-eixos, 253 cm; porta-malas, 300 litros; tanque, 50 litros.
No Brasil, só a Fiat Strada vende mais do que o Hyundai HB20. E se, para muitos, o visual polêmico do hatch seria o seu ponto fraco, a fabricante sul-coreana parece ter concordado. Para manter a liderança entre os carros de passeio, o novo Hyundai HB20 2023 muda quase que só por fora. Em compensação, está irreconhecível.
Preços do Hyundai HB20 2023:Hyundai HB20 Sense 1.0 MT5 – R$ 76.690
Hyundai HB20 Comfort 1.0 MT5 – R$ 79.990
Hyundai HB20 Comfort 1.0 turbo MT6 – R$ 93.790
Hyundai HB20 Comfort 1.0 turbo AT6 – R$ 99.390
Hyundai HB20 Limited 1.0 MT5 – R$ 85.490
Hyundai HB20 Platinum 1.0 turbo AT6 – R$ 105.390
Hyundai HB20 Platinum Plus 1.0 turbo AT6 – R$ 114.390
A frente do carro nada lembra o antigo HB20, e remete muito mais ao Hyundai i20, vendido na Europa. É possível inferir que a mudança será muito bem recebida: em 2020, perguntamos aos leitores qual dos dois estilos agradava mais e o i20 recebeu oito vezes mais votos.
A grade frontal está ainda maior e é divida em duas pela régua horizontal, que traz o emblema da Hyundai. Consequentemente, o capô foi encurtado e ganhou vincos bem evidentes, que reforçam uma postura mais séria. Essa cara “zangada” do HB20 foi reforçada pelo para-choque cujas linhas lembram asas dianteiras de veículos esportivos.
As primeiras fotos do modelo vazaram dias do antes do lançamento, e logo os faróis renderam comparação ao Volkswagen Gol. Pessoalmente, a sensação não é essa; provavelmente por conta das DRLs em leds e dos faróis com projetores — exclusividades da versão mais cara, Platinum Plus. Resta ver como será o visual das versões mais básicas.
Na traseira, a inspiração para o design vem de dois modelos maiores, os novos Tucson e Elantra, que não são vendidos no Brasil. Nas duas versões mais caras do HB20, o conjunto traseiro é todo em leds, o que garante um visual bem mais moderno frente às lanternas incomuns da versão anterior.
Interior do Hyundai HB20 2023:
Com tanta alteração, o Hyundai HB2020 2023 está 7,5 cm mais comprido; o que não representa, porém, um acréscimo no espaço traseiro. Em ambas as fileiras, tem-se o ponto fraco de qualquer compacto, e um motorista de 1,82 m precisa sacrificar muito do conforto de quem vai atrás para ajeitar o banco, sem ajustes elétricos.
Na verdade, a única grande mudança interna é o quadro de instrumentos, que é digital mas recorre a um pouco de improviso para tanto. Em vez de um display semelhante a uma central multimídia, o Supervision Cluster, como o chama a Hyundai, une dois relógios digitais (um para o velocímetro e o outro para o conta-giros) de cristal líquido a um computador de bordo de 4,2’’.
Funcionam bem, mas deve gerar estranhamento a quem prefere o modelo analógico, que seguirá nas versões mais baratas.
O resto do painel não mudou quase nada, mas agora vem com carregador de celular por indução. O HB20 Platinum Plus, além de ter ar-condicionado digital também passa a ter função automática. E mesmo nele o plástico duro predomina pela cabine, com detalhes em couro no volante, laterais do banco e apoios de braço. Mas a qualidade construtiva aparenta ser boa.
Também é bom o conforto de rodagem do novo HB20, que manteve o conjunto de suspensão mas aparenta trazer um ajuste mais macio. Não chega a ser algo molenga, como alguns modelos chineses, mas parece o suficiente para evitar grandes desconfortos em pisos ruins.
Bem mais notável é a leveza da direção, que casa com a proposta de um veículo prático e dócil mesmo para motoristas inexperientes. Os pedais completam a experiência do motorista, com sensibilidade apurada e na medida certa para comandos sem esforço, mas com precisão.
Tecnologia do HB20 2023:
Outro ponto de reforço da Hyundai é o pacote tecnológico do HB20, que agora traz controle de cruzeiro (vulgo piloto automático) desde a versão mais barata, o HB20 Sense. Versões mais caras vão incluindo itens como assistente de permanência em faixa, alerta para saídas em ré e até sistema que bloqueia a porta traseira caso um veículo esteja vindo.
Também está disponível o aplicativo Bluelink, da própria marca, que serve para monitorar o carro em tempo real, ligá-lo à distância, rastreá-lo e até escolher em que locais ele pode ser conduzido. Apesar de pago, quem adquirir o novo HB20 terá três anos do serviço gratuitamente.
Motores do HB20 2023:
Com a aposentadoria do motor 1.6, a Hyundai parece ter encontrado a dupla perfeita para o HB20, que manterá os motores Kappa 1.0 aspirado e turbo. O primeiro manteve seus números de potência (80/75 cv) e torque (10,2/9,4 kgfm), e será oferecido em três versões, com câmbio manual de cinco marchas em todas elas.
Já o motor turbo foi ligeiramente alterado, tanto por conta de emissões quanto por alterações no sistema elétrico do carro. Ele ainda rende 120 cv a álcool ou gasolina, mas o torque está 1,6% menor; agora são 17,5 kgfm em ambos os combustíveis.
Na prática, nota-se pouca diferença, e o pico de torque bem precoce, a meras 1.500 rpm, torna as retomadas bem ágeis. A potência máxima, por outro lado, chega às 6.000 rpm, fazendo o carro gritar um pouco em altas velocidades — efeito atenuado pelas seis marchas.
A linha turbo também oferecerá câmbio manual, mas com seis marchas assim como as versões automáticas. Como a versão topo de linha agora traz rodas de aro 16, o consumo pode se alterar levemente mas, em testes realizados por QUATRO RODAS, o conjunto atingiu 12,6 km/l (cidade) e 15,3 km/l (estrada). A versão manual ainda não foi cedida para testes.
Versões, equipamentos e preços do Hyundai HB20 2023:
Hyundai HB20 Sense 1.0 MT5 – R$ 76.690
A versão de entrada do Hyundai HB20 tem, de série, com grade frontal em preto fosco, faróis simples com DRL, rodas de aço de 14’’ com calotas, seis airbags, controle de tração (TCS), controle de estabilidade (ESP), assistente de partida em rampa (HAC), sinalização de frenagem de emergência (ESS), ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas nas portas e porta-malas, computador de bordo, piloto automático, banco do motorista com regulagem de altura e rádio blueAudio com conexão Bluetooth e apenas alto-falantes dianteiros.
Hyundai HB20 Comfort 1.0 MT5 – R$ 79.990
Hyundai HB20 Comfort 1.0 turbo MT6 – R$ 93.790
Hyundai HB20 Comfort 1.0 turbo AT6 – R$ 99.390
Logo acima, inclui os equipamentos da versão Sense e acrescenta ainda grade frontal na cor preto brilhante maçanetas externas e retrovisores (com repetidores de seta) na cor da carroceria, acabamento em preto fosco nas molduras das portas e coluna B, rodas de aço de 15’’ com calotas, lanternas escurecidas, alarme perimétrico, chave principal tipo canivete com telecomando de travamento das portas e porta-malas, faróis com funções welcome e escort, retrovisores elétricos com luz indicadora de direção e entrada USB para carregamento rápido de celular, além da central multimídia blueMedia de 8’’ com suporte aos recursos Apple CarPlay e Android Auto.
Hyundai HB20 Limited 1.0 MT5 – R$ 85.490
Inclui os itens de série da versão Comfort e adiciona grade frontal na cor preto fosco rodas de liga leve de 15″ com acabamento diamantado; painel, console, e painéis de porta com acabamento preto, maçanetas internas cromadas, câmera de ré, vidros elétricos dianteiros e traseiros one touch, abertura e fechamento dos vidros por meio da chave, volante com regulagem de altura e profundidade, sensor crepuscular, 4 alto falantes e sistema de concierge Bluelink (pago a parte).
Hyundai HB20 Platinum 1.0 turbo AT6 – R$ 105.390
Adiciona grade frontal com contorno preto brilhante, faróis com refletor de neblina dianteiros rodas de liga leve de 16″ com acabamento diamantado, volante revestido em couro, apoio de braço deslizante no console central, retrovisores externos com rebatimento elétrico, chave presencial, partida por botão, painel de instrumentos com tela digital e sensor de estacionamento traseiro.
Hyundai HB20 Platinum Plus 1.0 turbo AT6 – R$ 114.390
A versão topo de linha do HB20 inclui os itens de série da configuração Platinum e acrescenta ar-condicionado digital, sistema de alerta e frenagem autônomo e o alerta de mudança de faixa, bancos em couro, faróis com projetor e luz diurna LED, alarme volumétrico com sensor de inclinação, iluminação no para sol para motorista e passageiro, no porta-luvas e porta-malas, banco traseiro bipartido e 2 tweeters.









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