Cacique Tibiriçá e Neto (Cacique Tibiriçá e Neto) - José Wasth Rodrigues
Museu Paulista São Paulo Brasil
OST - 231x145 - Aproximadamente 1932
Rei do povo
indígena guaianá, ele tornou-se a peça-chave da fundação de São Paulo e da
posterior colonização dos bandeirantes paulistas nos sertões da América do Sul.
Tibiriçá que
quer dizer "maioral" ou "vigilante", habitava o planalto
paulista na época da chegada dos vicentinos que fundaram o que é hoje a cidade
de São Paulo. Naquele tempo, havia um cacique em cada aldeia, porém, o que
diferenciava os guaianases de outros índios brasileiros é que, acima dos
caciques, havia um "cacique maior" (semelhante aos incas), nesse
caso, era Tibiriçá o cacique rei.
Tibiriçá tornou-se cristão e foi batizado pelos padres jesuítas José de Anchieta e Leonardo Nunes, ganhando o nome cristão de "Martim Afonso", em homenagem ao fundador de São Vicente. Tornou-se aliado dos europeus e grande amigo do explorador português João Ramalho (patriarca dos Bandeirantes) que se casou com a filha mais velha de Tibiriçá, a índia Bartira, que era uma espécie de princesa (princesa Isabel era seu nome católico), pois era herdeira do trono de Tibiriçá. O seu casamento com João Ramalho, representou a continuidade da "monarquia" dos guaianases, e nessa união tivemos origem do povo paulista, originado da união matrimonial e familiar entre os guaianases e os europeus.
Em 1554, Tibiriçá uniu-se a Manuel da Nóbrega e José de Anchieta na fundação de São Paulo, estabelecendo seu povo na área onde hoje está instalado o Mosteiro de São Bento, no centro da capital.
Tibiriçá tornou-se cristão e foi batizado pelos padres jesuítas José de Anchieta e Leonardo Nunes, ganhando o nome cristão de "Martim Afonso", em homenagem ao fundador de São Vicente. Tornou-se aliado dos europeus e grande amigo do explorador português João Ramalho (patriarca dos Bandeirantes) que se casou com a filha mais velha de Tibiriçá, a índia Bartira, que era uma espécie de princesa (princesa Isabel era seu nome católico), pois era herdeira do trono de Tibiriçá. O seu casamento com João Ramalho, representou a continuidade da "monarquia" dos guaianases, e nessa união tivemos origem do povo paulista, originado da união matrimonial e familiar entre os guaianases e os europeus.
Em 1554, Tibiriçá uniu-se a Manuel da Nóbrega e José de Anchieta na fundação de São Paulo, estabelecendo seu povo na área onde hoje está instalado o Mosteiro de São Bento, no centro da capital.
Tibiriçá era
irmão de Piquerobi e de Caiubi, índios que se salientaram durante a colonização
portuguesa em terras paulistas: o primeiro, como inimigo dos europeus; e o
segundo, como grande colaborador dos europeus. Tibiriçá teve muitos filhos com
a sua mulher Potira, teve Ítalo, Ará, Pirijá, Aratá, Toruí, Bartira e Maria da
Grã.
A atual rua de
São Bento era, por esse motivo, chamada, primitivamente, Martim Afonso (nome em
que fora batizado o cacique). Graças à sua influência, os jesuítas puderam
agrupar as primeiras cabanas de neófitos nas proximidades do colégio. Tibiriçá
deu aos jesuítas a maior prova de fidelidade no dia 9 de julho de 1562, quando,
levantando a bandeira e uma espada de pau pintada e enfeitada de diversas
cores, repeliu, com bravura os ataques inimigos à vila de São Paulo, efetuado
pelos índios tupis e carijós chefiados por seu sobrinho (filho de Piquerobi)
Jaguaranho, no ataque conhecido como o "Cerco de Piratininga".
Durante o combate, Tibiriçá matou seu irmão Piquerobi e seu sobrinho
Jaguaranho, garantindo assim a existência da cidade de São Paulo.
Podemos chamar
Tibiriçá, Bartira e João Ramalho como os patriarcas dos Bandeirantes, pois logo
após casar-se com Bartira, João Ramalho fundou a "dinastia de
mamelucos" (filhos de índios com europeus) que, no século XVII, teve lugar
de destaque nos desbravamentos nos sertões, tal dinastia era conhecida como
"Bandeiras", sendo eles os "bandeirantes" homens brancos,
índios e caboclos que viriam a desbravar mais de 60% do atual território
brasileiro.
Tibiriçá teve
muitos descendentes, em 1580, Susana Dias, sua neta e o bisneto André Fernandes,
fundou uma fazenda à beira do Rio Tietê, a oeste da vila de São Paulo, próximo
à cachoeira denominada pelos indígenas de "Parnaíba": hoje, é a
cidade de Santana de Parnaíba, que viria a ser o "Berço dos
Bandeirantes". São muitos os descendentes de Tibiriçá no Brasil, através
de suas filhas e seus descendentes bandeirantes.
A atual rainha Sílvia da Suécia é uma de seus inúmeros descendentes.
A atual rainha Sílvia da Suécia é uma de seus inúmeros descendentes.
Tibiriçá
morreu em 25 de dezembro de 1562 e seus restos mortais estão guardados na
cripta da Catedral da Sé no centro de São Paulo.
Sendo assim, Tibiriçá, juntamente com sua filha Bartira, e seu esposo João Ramalho, são considerados os patriarcas dos paulistas e “fundadores da paulistanidade".
Sendo assim, Tibiriçá, juntamente com sua filha Bartira, e seu esposo João Ramalho, são considerados os patriarcas dos paulistas e “fundadores da paulistanidade".
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