A Cuca (A Cuca) - Tarsila do Amaral
Museu de Grenoble, Centro Nacional de Artes Plásticas, Grenoble, França
OST - 73x100 - 1924
Tarsila pintou o quadro “A Cuca” no começo de 1924 e escreveu à
sua filha dizendo que estava fazendo uns quadros “bem brasileiros”, e o
descreveu como “um bicho esquisito, no meio do mato, com um sapo, um tatu, e
outro bicho inventado”.
Segundo a lenda, a Cuca é uma velha feia que tem forma de
jacaré e que rouba as crianças desobedientes, sendo usado por muitas vezes como
uma forma de fazer medo em crianças que não querem dormir.
Tarsila usou cores alegres e que lembram o Brasil, usando
imagens estilizadas e as cores com vários matizes, deixando uma imagem que
lembra a infância.
Este quadro é também considerado um prenúncio da Antropofagia
na obra de Tarsila e foi doado por ela ao Museu de Grenoble na França.
O Manifesto
Antropofágico propunha basicamente ‘devorar’ a cultura e as técnicas
importadas e provocar sua reelaboração com autonomia, transformando o produto
importado em exportável.
Buscava a importação de novidades europeias, com objetivo de
movimentar o pensamento, depois, antropofagicamente, isto é, criticamente,
devorar estas novidades e influências à medida que os modernistas redescobrem a
realidade brasileira.
O nome do manifesto recuperava a crença indígena: os índios
antropófagos comiam o inimigo, supondo que assim estavam assimilando suas
qualidades.
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