Museu do Risorgimento Milão
OST - 1864
La morte di Anita Garibaldi,
avvenuta a Mandriole, a pochi chilometri da Ravenna, è uno di quegli
episodi che fanno grande ed eroica la storia del Risorgimento italiano. La
bella rivoluzionaria brasiliana non era meno coraggiosa e
determinata del marito Giuseppe Garibaldi, e il
racconto di come si spensero i suoi giorni lo dimostra inequivocabilmente.
Fin da quando era bambina,
sembrava che ad Ana Maria (questo il suo nome di battesimo) scorresse sangue
rivoluzionario nelle vene: a quattordici anni rimase
profondamente colpita dalla rivolta degli straccioni e dai riottosi, che
guardava con ammirazione. Conobbe l’eroe dei due
mondi nel
1839: Giuseppe Garibaldi si trovava in Brasile perché, in
seguito al fallimento dell’insurrezione mazziniana del 1834, aveva riparato in
Sud America.
Fu subito un colpo di
fulmine. Nei suoi diari, Garibaldi ricorda di come, appena conosciutala, le
disse, in italiano: «tu devi essere mia».
Lei abbandonò il vecchio marito che era stata costretta a sposare da ragazzina,
e si mise al seguito del rivoluzionario italiano. Pare che fu
Anita, praticamente un’amazzone, ad
insegnare a Garibaldi a cavalcare, mentre lui le insegnò i
rudimenti dell’arte militare: condividevano gli ideali repubblicani e tornarono
in Italia insieme per fare la rivoluzione.
La sua vita fu costellata
di avventure: basti pensare a quando, partorito il primo figlio Menotti da
appena dodici giorni, fu costretta ad una rocambolesca fuga per
salvarsi dai soldati imperiali che la stavano cercando. Calatasi dalla finestra
della casa dove si era nascosta, salì a cavallo con il neonato in
braccio e cavalcò fino al cuore di un bosco, dove trovò
rifugio. Rimase diversi giorni sola con il bambino, senza viveri, finché
finalmente non riuscì a ricongiungersi con Garibaldi e i rivoluzionari.
Anche
alla sua morte si trovava in fuga. Il 4 luglio 1849, dopo il
fallimento della Repubblica Romana, i repubblicani dichiararono la resa.
Garibaldi decise di spostarsi con chi ancora credeva nella causa verso Venezia,
che ancora resisteva agli austriaci. Anita era incinta di quattro mesi ma,
ovviamente, non aveva abbandonato il fianco del suo amato. Quando però
arrivarono nei pressi di San Marino, la donna era febbricitante.
Decisa a non arrendersi,
proseguì la rotta verso Venezia. A Cesenatico si imbarcarono diretti verso la
loro meta, ma all’altezza di Punta di Goro le navi austriache gli impedirono di
proseguire: sbarcati, Anita e Giuseppe cercarono di seminare i loro inseguitori.
Lo stato di salute di Anita peggiorava durante il viaggio, e nelle valli di
Comacchio perdette conoscenza: venne infine portata al riparo alla fattoria
Guiccioli a Mandriole,
vicino Ravenna. Da quelle mura non uscirà mai più: morì
il 4 agosto 1849, inseguendo il suo sogno fino alla fine.
Data la situazione di allarme e l’urgenza della fuga, non
ci fu la possibilità di seppellirla con gli onori che avrebbe meritato, e così
fu interrata dal mugnaio della fattoria e da un garzone ad un chilometro di
distanza dalla casa, in una brughiera sabbiosa.
Pochi giorni dopo, il 10
agosto, il suo cadavere fu scoperto
da un gruppo di ragazzini della zona, probabilmente perché
era stato parzialmente dissotterrato da animali selvatici. Si
aprì un caso: il corpo sembrava aver subito delle percosse e
che la giovane donna incinta fosse stata vittima di strangolamento. Anita venne
riconosciuta, e queste dicerie probabilmente vennero alimentate anche per
tentare di mettere in cattiva luce il marito: il rivoluzionario doveva sembrare
tanto spietato da poter arrivare al punto di uccidere la moglie incinta perché
non lo intralciasse nella sua missione.
Vennero accusati e
interrogati anche i membri della famiglia Ravaglia,
presso cui Anita era stata ospitata quando morì, ma in breve tempo fu decretato
che la vera causa della morte furono le “febbri perniciose”.
I segni che erano stati trovati sul corpo di Anita erano infatti dovuti al
momento del trasporto del cadavere, e non ad altre cause.
Oggi la Fattoria Guiccioli a Mandriole è diventata un
piccolo Museo, dedicato alla figure di Anita e alla trafila
garibaldina. Ogni anno, in occasione dell’anniversario della sua
morte, qui si tiene una piccola commemorazione. Nel 2018, è venuta anche una delegazione dal Brasile per commemorare la
rivoluzionaria, e la banda ha suonato inni in suo onore.
A suspeita que corria à boca pequena entre a população da região de Ravenna, no nordeste da Itália, parecia fazer sentido: Anita, grávida de seis meses e muito doente, era, nas palavras do próprio Garibaldi em suas memórias, "um caríssimo e bem doloroso estorvo" para um homem em fuga.
Além disso, a primeira autópsia feita no corpo da jovem de cerca de 28 anos, encontrado praticamente insepulto por crianças da região, mostrava marcas circulares em torno do pescoço e a traquéia quebrada, sinais claros de estrangulamento.
Mais tarde, porém, um inquérito instaurado parece demonstrar que, na verdade, Anita morreu em um leito, tendo ao lado o homem que amava e que havia conhecido dez anos antes em Laguna, Santa Catarina.
A fascinante história de Giuseppe e Anita Garibaldi volta à tona no 150º aniversário de morte da brasileira (completados no próximo dia 4) que deixou o marido aos 18 anos para viver uma vida curta e intensa de aventuras bélicas ao lado do guerreiro italiano, lutando "pela liberdade" no Brasil, no Uruguai e na Itália.
O livro de Paulo Markun, "Anita Garibaldi - Uma Heroína Brasileira", chega logo depois de lançada a exaustiva pesquisa de Yvonne Capuano em seu "De Sonhos e Utopias... Anita e Giuseppe Garibaldi", um volume de mais de 900 páginas sobre a dupla e o contexto histórico que a tornou possível.
Ambos acatam a versão da morte de Anita por doença, mas Capuano rejeita até mesmo a hipótese de que tenha pairado sobre Garibaldi a suspeita de ter assassinado a mulher.
O casal chegara a Ravenna depois que o exército de Garibaldi foi derrotado na guerra pela unificação da Itália, então dividida entre estados autônomos e potentados dos Habsburgo (dinastia austríaca) e dos Bourbon (França).
Vinham do Uruguai, onde pela única vez o aventureiro experimentara uma curta vida doméstica em Montevidéu, dando aulas de matemática. Por pouco tempo: logo se alistaria para lutar pelo país que o acolheu na disputa com a Argentina.
Antes, no Brasil, tinha lutado ao lado de Anita na Guerra dos Farrapos, junto aos republicanos que pretendiam libertar o Sul do país do governo monárquico central, no período da regência, anterior à coroação de d. Pedro 2º, em 1840.
Na Itália, se entregaria de vez a seu espírito guerreiro -e ficaria muitas vezes distante da mulher e dos três filhos. Outra filha havia morrido em Montevidéu e Anita esperava o quinto filho.
Era já outra mulher, bem diferente da jovem que Garibaldi teria avistado da proa de seu barco, depois de libertar a então vila de Laguna em nome dos republicanos. E mais ainda da guerreira sempre retratada como uma bela amazona de cabelos negros esvoaçantes.
A gravidez e a doença -não se sabe qual- de que sofria Anita fizeram o marido insistir para que ficasse no refúgio de San Marino e o deixasse seguir viagem. Ele, na verdade, nem mesmo havia desejado que ela tivesse deixado Nice para encontrá-lo, um mês antes.
Também em suas memórias, transformadas mais tarde em outro livro por Alexandre Dumas, pai ("Memórias de José Garibaldi"), o general comenta que Anita ficava "ofendida" e "irritada" quando lhe pedia que não o seguisse.
"Aquele coração viril e generoso se irritava sempre que eu tocava no assunto e me fazia calar com uma frase: "Você quer me deixar'", escreveu Garibaldi.
Seja o que for que tenha acontecido, todos os relatos históricos reconhecem o sacrifício e a bravura de Garibaldi, carregando a mulher nos braços até alcançar pouso seguro.
Depois da morte de Anita, tardaria 12 anos para se casar novamente, apesar do frequente assédio das admiradoras. Escolheu uma mulher bem mais jovem, a marquesa Giuseppina Raimondi, de 18 anos -ele já contava 52-, que o traía e esperava um filho de outro homem. Conseguiu a anulação, se casou novamente, desta vez com sua governanta, e teve outros três filhos.
Depois de muita confusão, o corpo de Anita ganharia dos fascistas um túmulo em Roma e um monumento. Não se uniria novamente ao amado Giuseppe: aos 75 anos, Garibaldi morreu e foi enterrado na ilha de Caprera. Uma das filhas do terceiro casamento não permitiu que os restos de Anita fossem trasladados para lá.
Anita foi assassinada pelo marido,
Giuseppe Garibaldi? O livro do jornalista Paulo Markun sobre a vida da heroína
catarinense, que será lançado amanhã na Câmara dos Deputados, em Brasília,
começa sob as tintas do suspense e do estigma de crime passional.
A suspeita que corria à boca pequena entre a população da região de Ravenna, no nordeste da Itália, parecia fazer sentido: Anita, grávida de seis meses e muito doente, era, nas palavras do próprio Garibaldi em suas memórias, "um caríssimo e bem doloroso estorvo" para um homem em fuga.
Além disso, a primeira autópsia feita no corpo da jovem de cerca de 28 anos, encontrado praticamente insepulto por crianças da região, mostrava marcas circulares em torno do pescoço e a traquéia quebrada, sinais claros de estrangulamento.
Mais tarde, porém, um inquérito instaurado parece demonstrar que, na verdade, Anita morreu em um leito, tendo ao lado o homem que amava e que havia conhecido dez anos antes em Laguna, Santa Catarina.
A fascinante história de Giuseppe e Anita Garibaldi volta à tona no 150º aniversário de morte da brasileira (completados no próximo dia 4) que deixou o marido aos 18 anos para viver uma vida curta e intensa de aventuras bélicas ao lado do guerreiro italiano, lutando "pela liberdade" no Brasil, no Uruguai e na Itália.
O livro de Paulo Markun, "Anita Garibaldi - Uma Heroína Brasileira", chega logo depois de lançada a exaustiva pesquisa de Yvonne Capuano em seu "De Sonhos e Utopias... Anita e Giuseppe Garibaldi", um volume de mais de 900 páginas sobre a dupla e o contexto histórico que a tornou possível.
Ambos acatam a versão da morte de Anita por doença, mas Capuano rejeita até mesmo a hipótese de que tenha pairado sobre Garibaldi a suspeita de ter assassinado a mulher.
O casal chegara a Ravenna depois que o exército de Garibaldi foi derrotado na guerra pela unificação da Itália, então dividida entre estados autônomos e potentados dos Habsburgo (dinastia austríaca) e dos Bourbon (França).
Vinham do Uruguai, onde pela única vez o aventureiro experimentara uma curta vida doméstica em Montevidéu, dando aulas de matemática. Por pouco tempo: logo se alistaria para lutar pelo país que o acolheu na disputa com a Argentina.
Antes, no Brasil, tinha lutado ao lado de Anita na Guerra dos Farrapos, junto aos republicanos que pretendiam libertar o Sul do país do governo monárquico central, no período da regência, anterior à coroação de d. Pedro 2º, em 1840.
Na Itália, se entregaria de vez a seu espírito guerreiro -e ficaria muitas vezes distante da mulher e dos três filhos. Outra filha havia morrido em Montevidéu e Anita esperava o quinto filho.
Era já outra mulher, bem diferente da jovem que Garibaldi teria avistado da proa de seu barco, depois de libertar a então vila de Laguna em nome dos republicanos. E mais ainda da guerreira sempre retratada como uma bela amazona de cabelos negros esvoaçantes.
A gravidez e a doença -não se sabe qual- de que sofria Anita fizeram o marido insistir para que ficasse no refúgio de San Marino e o deixasse seguir viagem. Ele, na verdade, nem mesmo havia desejado que ela tivesse deixado Nice para encontrá-lo, um mês antes.
Também em suas memórias, transformadas mais tarde em outro livro por Alexandre Dumas, pai ("Memórias de José Garibaldi"), o general comenta que Anita ficava "ofendida" e "irritada" quando lhe pedia que não o seguisse.
"Aquele coração viril e generoso se irritava sempre que eu tocava no assunto e me fazia calar com uma frase: "Você quer me deixar'", escreveu Garibaldi.
Seja o que for que tenha acontecido, todos os relatos históricos reconhecem o sacrifício e a bravura de Garibaldi, carregando a mulher nos braços até alcançar pouso seguro.
Depois da morte de Anita, tardaria 12 anos para se casar novamente, apesar do frequente assédio das admiradoras. Escolheu uma mulher bem mais jovem, a marquesa Giuseppina Raimondi, de 18 anos -ele já contava 52-, que o traía e esperava um filho de outro homem. Conseguiu a anulação, se casou novamente, desta vez com sua governanta, e teve outros três filhos.
Depois de muita confusão, o corpo de Anita ganharia dos fascistas um túmulo em Roma e um monumento. Não se uniria novamente ao amado Giuseppe: aos 75 anos, Garibaldi morreu e foi enterrado na ilha de Caprera. Uma das filhas do terceiro casamento não permitiu que os restos de Anita fossem trasladados para lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário