Marinha Brasileira Coloca à Venda o Porta-Aviões São Paulo A-12 como Sucata por R$ 5,3 Milhões, Brasil
Artigo
O Ministério
da Defesa do Brasil, por meio do Comando da Marinha e a Empresa Gerencial de
Projetos Navais (Emgepron), anunciou nesta segunda-feira (23) a abertura do
processo de licitação para vender o casco do porta-aviões NAe São Paulo.
Segundo o informe publicado no Diário Oficial da União, o lance mínimo
para arrematar a embarcação é de R$ 5.309.733,65.
Maior
embarcação militar que serviu com a bandeira brasileira, o navio-aeródromo São
Paulo chegou às mãos da Marinha no ano 2000, comprado da França por US$ 12
milhões durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O navio foi o
substituto do NAeL Minas Gerais, que operou no Brasil entre 1960 e 2001, e
posteriormente acabou vendido como sucata.
Quando ainda
estava ativo, o São Paulo era o porta-aviões mais antigo do mundo. A embarcação
foi lançada ao mar em 1960 e serviu com a marinha da França com o nome FS Foch
de 1963 até 2000. Sob a identidade francesa, o navio de 32,8 mil toneladas e
265 metros de comprimento atuou em frentes de combate na África, Oriente Médio
e na Europa.
Com a Marinha
do Brasil, no entanto, a embarcação teve uma carreira curta e bastante
conturbada, marcada por uma série de problemas mecânicos e acidentes. Por conta
desses percalços, o navio passou mais tempo parado do que navegando. Em
fevereiro de 2017, após desistir de atualizar o porta-aviões, o comando naval decidiu desativar o NAe São Paulo em definitivo.
Segundo dados
da marinha brasileira, o São Paulo permaneceu um total de 206 dias no mar,
navegou por 54.024,6 milhas (85.334 km) e realizou 566 catapultagens de
aeronaves. A principal aeronave operada na embarcação foi o caça naval AF-1, designação nacional para o McDonnell Douglas
A-4 Skyhawk, hoje operados a partir de bases terrestres.
O São Paulo
está atracado atualmente na base da Marinha na Ilha das Cobras, no Rio de
Janeiro (RJ), onde permaneceu a maior parte de sua difícil carreira no Brasil,
que envolveu uma série de problemas técnicos e dois acidentes.
Antes de optar
pela desativação definitiva, a Marinha tentou em diversas oportunidades
recuperar a capacidade operacional do navio, o que exigiria um longo e custoso
processo de modernização. Antes de servir no Brasil, a embarcação construída
entre 1957 e 1960 pertenceu a marinha da França, que o batizou como “FS Foch”.
O São Paulo
foi o sucessor do NAe Minas Gerais,
o primeiro porta-aviões do Brasil, operado pela marinha brasileira entre 1960 e
2001. Após sua desativação, a embarcação foi vendida como sucata e desmontada
na Índia.
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