segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O Almoço dos Barqueiros, Chatou, França (Le Déjeuner des Canotiers) - Pierre Auguste Renoir

O Almoço dos Barqueiros, Chatou, França (Le Déjeuner des Canotiers) - Pierre Auguste Renoir
Chatou - França
Phillips Collection Washington D.C. Estados Unidos
OST - 130x175 - 1880-1881

O Almoço dos Barqueiros (Le Déjeuner des canotiers) é uma pintura a óleo sobre tela do pintor impressionista francês Pierre-Auguste Renoir realizada entre 1880 e 1881.
Incluída na 7ª Exibição Impressionista em 1882, foi apontada como a melhor pintura na exposição por três críticos. A pintura foi comprada a Renoir por Paul Durand-Ruel, e adquirida em 1923 (por 125 000 USD) pelo seu filho a Duncan Phillips. Encontra-se na Coleção Phillips em Washington, D.C.
A figura, que combinam com a natureza-morta e paisagem num mesmo trabalho, mostra um grupo de amigos de Renoir a relaxar numa varanda da Maison Fournaise, ao longo do rio Sena, em ChatouFrança. O pintor e patrono das artes, Gustave Caillebotte, está sentado em baixo à direita. A futura esposa de Renoir, Aline Charigot, encontra-se no primeiro plano a brincar com um pequeno cão. Nas mesas estão frutas e vinho.
A diagonal do corrimão serve para separar as duas metades da composição, uma onde se encontram muitas pessoas, e a outra quase vazia, exceto as figuras da filha do dono da casa, Louise-Alphonsine Fournaise, e o seu irmão, Alphonse Fournaise, Jr, os quais foram retratados de forma proeminente pelo seu contraste. Nesta pintura, Renoir capta uma imensa quantidade de luz. O principal foco da luz vem da grande abertura da varanda, ao lado do homem com chapéu. As camisolas sem mangas de ambos os homens em primeiro plano, e a toalha de mesa, refletem conjuntamente a luz espalhando-a pela composição.
Shortly after confirming his purchase of The luncheon of the Boating Party, Duncan Phillips wrote an enthusiastic letter from Paris informing his treasurer of the acquisition: “The Phillips Memorial Gallery is to be the possessor of one of the greatest paintings in the world… It will do more good in arousing interest and support for (the Phillips Memorial Gallery) than all the rest of our collection put together. Such a picture creates a sensation wherever it goes.” In an affirmation of Phillips’s foresight, these statements have proved themselves correct. The Luncheon of the Boating Party is undoubtedly among the most visited, commented upon, and memorable paintings in The Phillips Collection. Most of the models, all friends of the artist, have been identified. In the right foreground, Angèle, one of Renoir’s frequent models, turns her head toward the standing Maggiolo, a journalist. The painter Gustave Caillebotte sits backward in his chair and stares across the table at Aline Charigot, Renoir’s future wife, who coos at her terrier, while the burly Alphonse Fournaise Jr., son of the restaurant’s owner, leans against the balcony’s railing surveying the scene. In the center, Baron Raoul Barbier, a former cavalry officer, is seated with his back to the viewer speaking to the woman resting on her elbows on the railing, who is thought to be Alphonsine Fournaise, the daughter of the proprietor. Across the table from Barbier is the actress Ellen Andrée, drinking from a glass. Behind her, the top-hatted Charles Ephrussi, a banker and editor of Gazette des beaux-arts, chats with Jules Laforgue, poet, critic, and Ephrussi’s personal secretary. In the upper right, Eugène Pierre Lestringuez, an official in the Ministry of the Interior, laughs with Jeanne Samary, a famous actress with the Comédie Française, while the artist Paul Lhote, a close friend of Renoir’s, cocks his head. Renoir has immortalized his friends to such a degree that the image is “not anectdotal but monumental.” Marjorie Phillips was inspired to write: “In the light of time it does not matter much who the figures are. They are every man, all people.” The masterpiece is a very tightly composed work, uniting within one image the time-honored compositional traditions of figure painting, still life and landscape. Hailed as “one of the most famous French paintings of modern times” when it was first exhibited, The Luncheon of the Boating Party was flanked by Alfred Sisley’s Snow at Louveciennes and Banks of the Seine at the Phillips Memorial Gallery in December 1923. At the time, Phillips had intentions of forming a unit of Renoir’s works; however, as the painting came to serve its purpose as a magnet attracting to the museum “pilgrims to pay homage from all
over the civilized world,” Phillips realized that The Luncheon of the Boating Party was the only major work by the artist that he would need.
Renoir foi um dos principais integrantes do Impressionismo, sendo sua composição O Almoço dos Remadores a sua última grande obra no estilo, antes de buscar novos caminhos na pintura.
Na composição, o pintor retrata um almoço, num dia de feriado, no terraço do restaurante francês La Fournaise, nas margens do rio Sena, em Chatou, num dia quente de verão. A maioria dos modelos ali presentes são seus amigos e clientes habituais do lugar, todos muito jovens. Este quadro tornou-se um dos mais importantes do movimento impressionista.
Embora haja quatorze figuras na cena, são os dois barqueiros o eixo central da composição, não só pela robustez de seus corpos musculosos, como pelo tipo de roupa que usam, contrastando com os demais. Eles, ao contrário dos outros, usam camisetas brancas, deixando braços e pescoço nus. À época, a moral burguesa exigia que todo o corpo estivesse coberto, sendo que os braços nus dos atletas poderiam trazer constrangimento às mulheres, o que não parece ocorrer com as da composição.
Todas as cinco garotas presentes na mesa usam chapéus, pois esses eram, à época, o símbolo da respeitabilidade e de status social. As mais pobres têm os chapéus adornados de flores e fitas, ornados por elas mesmas. Ao fundo, uma mulher, ricamente vestida com seu casaco de pele e usando luvas, tapa os ouvidos, para não escutar os elogios dos dois fãs.
O terraço está fechado por uma balaustrada, e finas estruturas de metal suportam o toldo de listras vermelhas, que o cobre. Uma garota apoia-se despreocupadamente na balaustrada, enquanto ouve atentamente o personagem à sua frente. No parapeito também se encosta um dos barqueiros, numa atitude de ausência, parecendo mirar ao longe. Alguns personagens estão assentados ao redor de duas mesas, enquanto outros encontram-se ao fundo, no lado esquerdo da composição. Uma moça (futura esposa de Renoir) tem um cãozinho nos braços, que traz suas patinhas traseiras sobre a mesa.
Ao fundo, entre as ramagens, na parte superior esquerda da composição, algumas embarcações podem ser vislumbradas, deslizando sobre as águas do rio Sena. Observando os objetos nas mesas, é possível concluir que o almoço está chegando ao fim, ou seja, os remadores e seus amigos acabam de comer. Renoir mostra aqui sua perícia em pintar naturezas-mortas, ao representar os restos da refeição. Sobre a toalha branca da mesa, em primeiro plano, encontram-se um guardanapo amassado, uma fruteira, um pequeno barril de conhaque, garrafas de vinho semi-cheias e diversos tipos de copos: grandes para o vinho tinto, altos para o café, pequenos para conhaques e licores.


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