Chatou - França
Phillips Collection Washington D.C. Estados Unidos
OST - 130x175 - 1880-1881
O Almoço dos
Barqueiros (Le Déjeuner des canotiers) é uma pintura a óleo sobre tela do pintor impressionista francês Pierre-Auguste Renoir realizada
entre 1880 e 1881.
Incluída na 7ª
Exibição Impressionista em 1882, foi apontada
como a melhor pintura na exposição por três críticos. A pintura foi
comprada a Renoir por Paul Durand-Ruel, e adquirida em 1923 (por 125 000 USD)
pelo seu filho a Duncan Phillips. Encontra-se na Coleção Phillips
em Washington, D.C.
A figura, que
combinam com a natureza-morta e paisagem num mesmo trabalho, mostra um grupo de
amigos de Renoir a relaxar numa varanda da Maison Fournaise, ao longo do rio Sena,
em Chatou, França. O pintor e patrono das artes, Gustave Caillebotte, está
sentado em baixo à direita. A futura esposa de Renoir, Aline Charigot,
encontra-se no primeiro plano a brincar com um pequeno cão. Nas mesas estão
frutas e vinho.
A diagonal do
corrimão serve para separar as duas metades da composição, uma onde se
encontram muitas pessoas, e a outra quase vazia, exceto as figuras da filha do
dono da casa, Louise-Alphonsine Fournaise, e o seu irmão, Alphonse Fournaise,
Jr, os quais foram retratados de forma proeminente pelo seu contraste. Nesta
pintura, Renoir capta uma imensa quantidade de luz. O principal foco da luz vem
da grande abertura da varanda, ao lado do homem com chapéu. As camisolas sem
mangas de ambos os homens em primeiro plano, e a toalha de mesa, refletem
conjuntamente a luz espalhando-a pela composição.
Shortly after
confirming his purchase of The luncheon of the Boating Party, Duncan Phillips
wrote an enthusiastic letter from Paris informing his treasurer of the
acquisition: “The Phillips Memorial Gallery is to be the possessor of one of
the greatest paintings in the world… It will do more good in arousing interest
and support for (the Phillips Memorial Gallery) than all the rest of our
collection put together. Such a picture creates a sensation wherever it goes.”
In an affirmation of Phillips’s foresight, these statements have proved
themselves correct. The Luncheon of the Boating Party is undoubtedly among the
most visited, commented upon, and memorable paintings in The Phillips
Collection. Most of the models, all friends of the artist, have been identified.
In the right foreground, Angèle, one of Renoir’s
frequent models, turns her head toward the standing Maggiolo, a journalist. The
painter Gustave Caillebotte sits backward in his chair and
stares across the table at Aline Charigot, Renoir’s future wife, who coos at her terrier,
while the burly Alphonse Fournaise Jr., son of the restaurant’s owner, leans
against the balcony’s railing surveying the scene. In the center, Baron Raoul
Barbier, a former cavalry officer, is seated with his back to the viewer
speaking to the woman resting on her elbows on the railing, who is thought to
be Alphonsine Fournaise, the daughter of the proprietor. Across the table from
Barbier is the actress Ellen Andrée, drinking from a glass. Behind her, the
top-hatted Charles Ephrussi, a banker
and editor of Gazette des beaux-arts, chats with Jules Laforgue, poet, critic, and
Ephrussi’s personal secretary. In the upper right, Eugène Pierre Lestringuez,
an official in the Ministry of the Interior, laughs with Jeanne Samary, a
famous actress with the Comédie Française, while the artist Paul Lhote, a close
friend of Renoir’s, cocks his head. Renoir has immortalized his friends to such
a degree that the image is “not anectdotal but monumental.” Marjorie Phillips
was inspired to write: “In the light of time it does not matter much who the
figures are. They are every man, all people.” The masterpiece is a very tightly
composed work, uniting within one image the time-honored compositional
traditions of figure painting, still life and landscape. Hailed as “one of the
most famous French paintings of modern times” when it was first exhibited, The
Luncheon of the Boating Party was flanked by Alfred Sisley’s Snow at
Louveciennes and Banks of the Seine at the Phillips Memorial Gallery in
December 1923. At the time, Phillips had intentions of forming a unit of
Renoir’s works; however, as the painting came to serve its purpose as a magnet
attracting to the museum “pilgrims to pay homage from all
over the
civilized world,” Phillips realized that The Luncheon of the Boating Party was
the only major work by the artist that he would need.
Renoir foi um
dos principais integrantes do Impressionismo, sendo sua composição O
Almoço dos Remadores a sua última grande obra no estilo, antes de buscar
novos caminhos na pintura.
Na composição,
o pintor retrata um almoço, num dia de feriado, no terraço do restaurante
francês La Fournaise, nas margens do rio Sena, em Chatou, num dia quente de
verão. A maioria dos modelos ali presentes são seus amigos e clientes habituais
do lugar, todos muito jovens. Este quadro tornou-se um dos mais importantes do
movimento impressionista.
Embora haja
quatorze figuras na cena, são os dois barqueiros o eixo central da composição,
não só pela robustez de seus corpos musculosos, como pelo tipo de roupa que
usam, contrastando com os demais. Eles, ao contrário dos outros, usam camisetas
brancas, deixando braços e pescoço nus. À época, a moral burguesa exigia que
todo o corpo estivesse coberto, sendo que os braços nus dos atletas poderiam
trazer constrangimento às mulheres, o que não parece ocorrer com as da
composição.
Todas as cinco
garotas presentes na mesa usam chapéus, pois esses eram, à época, o símbolo da
respeitabilidade e de status social. As mais pobres têm os chapéus adornados de
flores e fitas, ornados por elas mesmas. Ao fundo, uma mulher, ricamente
vestida com seu casaco de pele e usando luvas, tapa os ouvidos, para não
escutar os elogios dos dois fãs.
O terraço está
fechado por uma balaustrada, e finas estruturas de metal suportam o toldo de listras
vermelhas, que o cobre. Uma garota apoia-se despreocupadamente na balaustrada,
enquanto ouve atentamente o personagem à sua frente. No parapeito também se
encosta um dos barqueiros, numa atitude de ausência, parecendo mirar ao longe.
Alguns personagens estão assentados ao redor de duas mesas, enquanto outros
encontram-se ao fundo, no lado esquerdo da composição. Uma moça (futura esposa
de Renoir) tem um cãozinho nos braços, que traz suas patinhas traseiras sobre a
mesa.
Ao fundo,
entre as ramagens, na parte superior esquerda da composição, algumas
embarcações podem ser vislumbradas, deslizando sobre as águas do rio Sena.
Observando os objetos nas mesas, é possível concluir que o almoço está chegando
ao fim, ou seja, os remadores e seus amigos acabam de comer. Renoir mostra aqui
sua perícia em pintar naturezas-mortas, ao representar os restos da refeição.
Sobre a toalha branca da mesa, em primeiro plano, encontram-se um guardanapo
amassado, uma fruteira, um pequeno barril de conhaque, garrafas de vinho semi-cheias
e diversos tipos de copos: grandes para o vinho tinto, altos para o café,
pequenos para conhaques e licores.
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