domingo, 20 de janeiro de 2019

Passagem do Chaco (Passagem do Chaco) - Pedro Américo


Passagem do Chaco (Passagem do Chaco) - Pedro Américo
Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, Brasil
OST - 198x240 - 1871

Passagem do Chaco é uma pintura de Pedro Américo, de 1871. A obra é do gênero pintura histórica e está localizada no Museu Histórico Nacional. Retrata um episódio da Guerra do Paraguai, em 1867, envolvendo Manuel Luís Osório. A pintura propõe-se a "glorificar" a atuação bélica brasileira no conflito no Paraguai, especialmente a Manobra de Piquissiri.
A obra foi produzida com pintura a óleo e suas medidas são: 198 centímetros de altura e 240 centímetros de largura. Faz parte da coleção de Museu Histórico Nacional.
A representação privilegia a natureza, ficando a campanha militar brasileira, liderada por Osório, relegada a uma importância pictórica secundária. Sobre a obra, foi dito:
“Na cena, os primeiros raios do vermelho da manhã caem sobre a infantaria montada. O pincel mágico de Américo teria colocado na tela os “vivos” primeiros raios do sol da manhã de forma tão sutil que o observador, na verdade, ainda não podia vê-los, mas já podia senti-los. Daí surge a pergunta: quem é que se atreveria a incomodar a tranquilidade dessa majestosa cena matinal? Apenas Osório, a “personificação da coragem” poderia fazê-lo; o herói, que havia atravessado o rio com uma tropa de doze soldados. Por um soldado tão corajoso e por um artista tão talentoso, o Brasil tinha que ser parabenizado. O quadro de Américo merecia aplauso também pelo simples fato de ter conseguido unir a representação de uma paisagem sublime com um acontecimento histórico glorioso para as futuras gerações.”
A floresta representa o território brasileiro, enquanto a área pantanosa é o Paraguai. Na clareira, avista-se o campo militar paraguaio e, com isso, parece que a batalha vai iniciar-se.
Passagem do Chaco foi uma encomenda do governo imperial brasileiro para expor uma façanha bélica no contexto da Guerra do Paraguai. A obra foi possivelmente intitulada de início "A passagem do Passo da Pátria" e foi apresentada na Exposição Universal de 1876, na Filadélfia. Nessa apresentação inicial, a pintura de Pedro Américo foi aclamada como uma obra épica, com especial atenção aos detalhes e minúcias.
Aclamada, a obra de Pedro Américo também suscitou críticas, como a de Rozendo Moniz Barreto, segundo quem Passagem do Chaco teria privilegiado demais a natureza e não a façanha militar brasileira. Também foi criticada a falta de autenticidade na representação das condições geográficas da área representada no quadro.
A chamada manobra de Piquissiri foi uma tática usada pelo comandante brasileiro Luís Alves de Lima e Silva, então marquês de Caxias, na Guerra da Tríplice Aliança. Em termos de estratégia, é considerada como a mais ousada e criativa de todo o conflito.
Após a queda da Fortaleza de Humaitá (Julho de 1868), Francisco Solano López concentrou as suas tropas em uma posição forte ao longo do riacho Piquissiri, na margem esquerda do rio Paraguai.
Para contorná-la, Caxias determinou a construção de uma estrada com onze quilômetros de extensão, na margem direita do Paraguai, através dos pântanos do Chaco, conduzindo à retaguarda dos paraguaios.
Com o apoio da Marinha Imperial, fez transportar 23 mil soldados para o início da estrada aberta, pela qual avançaram pela margem direita do rio, desbordando a posição fortificada inimiga.
As embarcações da Marinha, que já haviam forçado a passagem de Angostura, avançaram para o norte, onde reembarcaram as tropas que provinham da estrada do Chaco, transportando-as para a margem esquerda, em San António, ao norte do dispositivo inimigo.
López, convencido de que as tropas aliadas não poderiam cruzar o Chaco, foi surpreendido com o assalto aliado pela sua retaguarda, sendo forçado a recuar com as suas tropas sobreviventes. Seguir-se-iam os combates de Itororó, Avaí e Lomas Valentinas.




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