Chevrolet Opala Gran Luxo, Brasil
Fotografia
Baseado no
alemão Opel Rekord, o Opala foi o primeiro Chevrolet brasileiro. Com motores de
quatro e seis cilindros e duas versões de acabamento, ele conquistou a
vice-liderança do mercado meses após sua apresentação, em 19 de novembro de
1968, há exatamente 50 anos.
Resistiu bem
ao avanço da concorrência, até que a GM preparou a grande ofensiva na linha
1971: a versão Gran Luxo.
O mais
requintado dos Opalas era uma resposta a modelos maiores e mais caros, leia-se
Ford Galaxie e Dodge Dart. A ausência de itens como direção hidráulica,
ar-condicionado e câmbio automático era suavizada pela nova grade com faróis
emoldurados e por um padrão de acabamento externo e interno superior ao das
versões Especial e De Luxo.
O Gran Luxo se
destacava pelo teto de vinil preto, emblemas de arabesco nas colunas traseiras
e friso preto entre as lanternas. Os largos pneus de faixa branca 7,35-14
recebiam rodas com 5 polegadas de largura e as calotas de fundo preto eram
específicas para freios dianteiros a tambor (de série) ou a disco (opcional).
Carpete de
buclê de náilon e estofamento de jérsei com detalhes de vinil davam a distinção
no acabamento: a parte central dos bancos ostentava um arabesco em
baixo-relevo. Volante, tampa do porta-luvas e laterais de porta receberam
apliques imitando jacarandá. O nível de ruído era atenuado pelo emprego de
feltro fonoabsorvente.
A principal
inovação técnica era o motor 4100. Oferecido como opcional, o seis cilindros de
4,1 litros e 140 cv da versão esportiva, SS. Com 2,5 litros e 80 cv, o quatro
cilindros 2500 oferecia rendimento satisfatório, mas desagradava pelo nível de
aspereza e vibrações em marcha lenta.
A tração
chegava à traseira por um câmbio de três marchas com alavanca na coluna de
direção. Um dos opcionais era o câmbio de quatro marchas com alavanca no
assoalho. A dirigibilidade era favorecida por engates secos e precisos e o
banco inteiriço dava lugar a dois confortáveis assentos individuais.
Rádio,
relógio, desembaçador e luzes de cortesia no interior, porta-luvas, motor e
porta-malas eram itens de série. Entre os opcionais, conta-giros, calhas nos
vidros e filtro de ar para serviços pesados. Notório pelo conforto de rodagem,
o Gran Luxo podia receber barra estabilizadora traseira e diferencial
autoblocante para tocada esportiva.
Esportividade
não faltou ao modelo 1972. O primeiro Gran Luxo a ter a bela carroceria hardtop
de duas portas ganhou filete duplo pintado na lateral e novo tecido nos bancos.
Ficou só o motor 4100, identificado nos para-lamas dianteiros. Havia três cores
para o vinil do teto: branco, preto ou bege.
Avaliado por
QUATRO RODAS em setembro de 1971, o cupê Gran Luxo de três marchas acelerou de
0 a 100 km/h em 14,2 segundos e chegou aos 171,43 km/h. Um desempenho similar
ao da versão SS sem comprometer o conforto: a tendência ao subesterço era
facilmente corrigida pela tração traseira e pelo torque generoso.
Este modelo
1973, do colecionador Reinaldo Silveira, foi o primeiro a receber piscas
dianteiros nas extremidades dos para-lamas e luzes de ré ao lado das lanternas.
Calotas, volante e instrumentos foram redesenhados e a lista de opcionais
incluiu vidros verdes, ar-condicionado, câmbio automático Turbo-Hydramatic 180
de três marchas e faróis de neblina.
Rival de Dodge
Gran Coupe e Ford Maverick Super Luxo, o Chevrolet Gran Luxo 1974 deixou de ser
uma versão para se tornar modelo independente. Quase sem alterações, o carro
mais exclusivo da GM passou o bastão ao Chevrolet Comodoro, apresentado em 1975
após uma reestilização mais extensa da família Opala.
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