terça-feira, 17 de setembro de 2019

Olympia (Olympia) - Edouard Manet


Olympia (Olympia) - Edouard Manet
Museu d'Orsay Paris
OST - 130x190 - 1863





Olympia é uma pintura realista de Édouard Manet. Foi pintada em 1863, mede 130,5 por 190 centímetros e está no Museu d'Orsay em Paris. Foi selecionada para o Salon de Paris em 1865 e lá exibida.
O quadro mostra uma mulher nua ("Olympia") deitada em uma cama, enquanto uma serva lhe traz flores. Foram modelos Victorine Meurent e Laure. O olhar direto de Olympia causou choque e espanto quando a pintura foi exibida pela primeira vez, porque um certo número de detalhes na pintura a identificavam como uma prostituta. O governo francês adquiriu a pintura em 1890 após uma subscrição pública organizada por Claude Monet.
O que chocou o público contemporâneo não foi a nudez de Olympia, nem a presença de sua empregada totalmente vestida, mas o seu olhar de confrontação e uma série de detalhes identificando-a como uma semi-mundana ou prostituta. Estes incluem a orquídea em seus cabelos, sua pulseira, brincos de pérola e o xaile oriental em que ela repousa, símbolos de riqueza e sensualidade. A fita preta em volta do pescoço, em contraste com sua carne pálida, e seu chinelo solto sublinham a atmosfera voluptuosa. "Olympia" era um nome associado a prostitutas na década de 1860 em Paris.
A pintura foi inspirada na Vênus de Urbino de Ticiano, que por sua vez tem referência na obra Vênus Adormecida de Giorgione. Também há a referência, embora menos evidente, da obra de GoyaA Maja Nua.
Há também precedentes pictóricos para uma mulher nua, atendida por um servo negro, como Odalisca com um Escravo, de Ingres, Esther com Odalisca de Léon Benouville e Odalisque de Charles Jalabert. Também se compara com o quadro de Ingres 'Grande Odalisque". Mas ao contrário de outros artistas, Manet não descreveu uma deusa ou uma odalisca, mas uma prostituta de classe alta à espera de um cliente.
Embora Almoço sobre a Relva de Manet tenha provocado controvérsia em 1863, sua Olympia gerou protestos ainda maiores quando foi exibida no 'Salon de Paris' em 1865. Os conservadores rechaçaram a obra classificando-a como "imoral" e "vulgar". O jornalista Antonin Proust comentou posteriormente que "o quadro de Olympia só não foi destruído devido às precauções tomadas pela curadoria". Contudo, a obra tinha seus defensores. Émile Zola logo proclamou-a a "obra-prima" de Manet, e acrescentou, "Quando outros artistas corrigem a natureza pintando Vênus eles mentem. Manet perguntou a si mesmo porque deveria mentir. Por que não dizer a verdade?"



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