Caça AMX A-1, Força Aérea Brasileira, Brasil
Fotografia
O AMX A-1, ou simplesmente AMX é um avião de ataque
ar-superfície usado para missões de interdição, apoio
aéreo aproximado e reconhecimento
aéreo. Foi desenvolvido pelo consórcio internacional AMX Internacional.
Na Força
Aérea Brasileira, ele é designado A-1 (A-1A para a versão monoplace
e A-1B para a versão de dois lugares). Com a modernização o A-1 passa a
incorporar o M em sua designação na FAB, tornando-se então A-1M. Na Itália, ele tem o apelido
de "Ghibli".
O AMX é capaz de operar em altas velocidades subsônicas a baixa altitude, tanto de dia
quanto de noite, e se necessário, a partir de bases pouco equipadas ou com
pistas danificadas. O caça conta com relativamente baixa assinatura em infravermelho e
reduzida secção frontal ao radar,
para melhorar seu percentual de sucesso nas missões. A auto-defesa é
proporcionada por mísseis
ar-ar, canhões integrados
e sistemas de contramedidas
eletrônicas.
Em 1977, a Força
Aérea Italiana efetuou um requerimento para um caça-bombardeiro para
substituir seus Aeritalia G.91 e
alguns de seus F-104
Starfighter. Em vez de competir entre si pelo contrato, a Aeritalia (agora Alenia Aeronautica) e a Aermacchi concordaram
em fazer uma proposta conjunta, já que ambas as companhias estavam considerando
o desenvolvimento de uma classe similar de aviões por alguns anos. Os trabalhos
de desenvolvimento iniciaram em abril de 1978.
Em 27 de março de 1981, o
governo italiano e o governo do Brasil concluíram um
acordo de requerimentos conjuntos para as aeronaves, e a Embraer foi convidada
a se juntar ao programa em julho do mesmo ano.
Nesta parceria, ficou sob a responsabilidade da Embraer, além da
montagem das unidades para a FAB,
absorver o conhecimento para
o desenvolvimento e produção dos conjuntos e componentes do sistema de
acionamento dos trens de
pouso da aeronave. A Embraer forneceria tanto para as aeronaves
brasileiras quanto para as italianas, os conjuntos dos trens de pouso
principais, válvulas e atuadores de
acionamento, conjuntos de rodas, freios e conjuntos de suporte e alijamento de
cargas sub-alares. Todos estes componentes seriam de fornecimento brasileiro.
Para isso, foi criada em 1984 a
Embraer Divisão Equipamentos (EDE), que em 2008 passou a se denominar Eleb Equipamentos Ltda.
O primeiro protótipo voou em 15 de maio de 1984. Embora esse exemplar tenha sido perdido
durante o seu quinto voo (matando seu piloto), o programa de testes foi
considerado tranquilo. A produção em série foi iniciada na metade de 1986, com os primeiros exemplares entregues
à Força
Aérea Italiana e à Força
Aérea Brasileira em 1989. Desde então, ao redor de 200 AMXs foram
construídos.
O batismo de fogo dos AMX foi através dos esquadrões italianos, que
voaram 252 missões de combate sobre o Kosovo em 1999, como parte da Operação Forças Aliadas, sem nenhuma aeronave
perdida.
Em 2011, três aeronaves da base italiana de Trapani, na Sicilia, totalizaram 500
horas de voo em missões na Líbia, entre os meses de
abril e outubro, a serviço da OTAN.
Responsável pela incorporação de novas tecnologias como o HUD (Head-Up Display), HOTAS (Hands On Throttle And Sticks), MFD (Multi-Functional Display) e o RWR (Radar Warning Receiver), a Embraer Defesa e Segurança (EDS) entregou o primeiro
avião de ataque AMX modernizado, identificado como A-1M, para a Força
Aérea Brasileira em 3 de setembro de 2013.
A modernização seguiu o mesmo padrão das modernizações de outras
aeronaves utilizadas pela FAB, o A-29 e o Northrop F-5EM Tiger
II, com novos sistemas de navegação, armamentos, geração de oxigênio, radar
multimodo e contramedidas eletrônicas.
A Embraer Defesa e
Segurança é uma unidade da Embraer, criada em 2011, que detém
capacitação em gestão de integração de tecnologia e sistemas, através de
parcerias com empresas de alta tecnologia, como a Elbit e a Orbisat, dentre outras. Foi criada para assumir a
modernização dos vetores de combate (integração dos equipamentos e ensaios). A
Elbit foi a responsável pelos sistemas aviônicos e a
Orbisat, pelos radares e
sensoreamento remoto.
O programa previu o investimento de US$ 400
milhões ao longo de 5 anos para a modernização de 43 caças AMX A-1. O programa
também previu:
Substituição do radar pelo SCP-01, fabricado
pela Mectron, de São
José dos Campos.
Novo sistema de geração de oxigênio (OBOGS).
Novos MFDs
Iluminação compatível com o uso de óculos de visão noturna.
Visor montado no capacete.
Novo RWR.
Lançadores automáticos de chaff/flare.
Em maio de 2016, um remanejamento orçamentário elaborado pelo governo
brasileiro obrigou o Ministério da Aeronáutica a cancelar a modernização do
AMX. Das 43 aeronaves previstas, apenas três foram entregues à FAB.
Características:
Tripulantes: 1 (AMX), 2 (AMX-T; versão biplace de
treinamento/operacional)
Comprimento: 13,23 m
Envergadura: 8,87 m
Altura: 4,55 m
Peso vazio: 6 730 kg
Peso carregado: 10 750 kg
Peso máximo: 13 000 kg
Motor: um turbofan Rolls-Royce Spey 807
Empuxo: 4 994 quilogramas-força (11 000 libras-força)
Desempenho:
Velocidade máxima: 1 020 km/h
Alcance: 3 330 km
Razão de ascensão: 10 240 pés/min
Relação empuxo/peso: 0,47
Armamentos:
2 canhões de 30 mm DEFA 554 (aviões
brasileiros)
2 mísseis
ar-ar AIM-9
Sidewinder ou MAA-1 Piranha nos
trilhos das pontas das asas
3 800 kg de carga bélica em 5 pontos duros, incluindo bombas de
emprego geral e bombas guiadas por laser,
mísseis ar-superfície, foguetes e pods de
reconhecimento.

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