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segunda-feira, 2 de setembro de 2019
Chevrolet Opala Standard / L / SL, Brasil
Chevrolet Opala Standard / L / SL, Brasil
Fotografia
Confiável e espaçoso, o sedã Opala caiu nas graças dos brasileiros nos anos 70. Com motores de quatro e seis cilindros, a versão básica se adequava a diversos usos: taxistas, frotas governamentais e famílias com filhos crescidos. Todos eram seduzidos pela robustez, conforto e facilidade de manutenção.
Dez anos após o lançamento, a GM faria uma reestilização mais profunda: como linha 1980, o sedã trazia um capô mais baixo e dianteira com linhas retas, presentes nos faróis retangulares e piscas envolventes. Na traseira, enormes lanternas retangulares.
Por dentro, nada de novo: continuava o mesmo Opala da década de 1960, com espaço e conforto para seis pessoas, graças ao banco dianteiro inteiriço fazendo par com o câmbio de três marchas manual, acionado por alavanca na coluna de direção. Até o interior era o mesmo. Mas ao volante, as principais modificações já se tornavam evidentes.
Para aproveitar o potencial dos pneus radiais, suspensões ganharam molas com novos pontos de apoio, buchas maiores, barra estabilizadora mais grossa e amortecedores recalibrados, além de uma nova geometria de direção, tornando a dirigibilidade mais neutra.
Curiosamente, os pneus radiais não eram de série, integrando uma longa lista de opcionais, como direção hidráulica, servofreio, espelho retrovisor direito, temporizador do limpador e lavador elétrico do para-brisa, ar quente e vidro térmico.
Os entusiastas da tocada esportiva davam adeus ao sexto passageiro: a transmissão manual de quatro marchas vinha com alavanca no assoalho e bancos dianteiros individuais. Para melhorar a estabilidade, havia também rodas esportivas de aço mais largas ou belas rodas de alumínio.
Mas não havia complexo de inferioridade: o Opala Standard podia ser equipado com vidros verdes, rádio e ar-condicionado. Frente às versões Comodoro e Diplomata só faltava o teto em vinil, o porta-malas acarpetado e o estofamento em caxemira – o interior do básico tinha vinil e tecido cotelê (algodão) cinza, preto ou marrom.
Sob o capô, cinco opções: o 4-cilindros 151 (2,5 litros) nas versões comum (90 cv), S (98 cv) e etanol (99 cv) e o 6-cilindros 250 (4,1 litros) nas versões comum (148 cv) e S (171 cv), sendo que as duas últimas poderiam ter o câmbio automático Turbo-Hydramatic 180 de três velocidades, com alavanca no assoalho.
As atualizações foram constantes: novo painel, volante redesenhado, freios a discos ventilados, ignição eletrônica, câmbio de cinco marchas (para o 4-cilindros), motor 6-cilindros a álcool e maçanetas embutidas. Em 1985, o Opala Standard recebeu a denominação L, sendo muito empregado por frotas governamentais.
Defasado, o Opala enfrentou o VW Santana e o Chevrolet Monza: mesmo com o 6-cilindros, ele custava menos que carros de categoria inferior, como Fiat Prêmio e VW Passat. A versão SL veio em 1988, com os faróis trapezoidais inspirados no Monza, coluna de direção ajustável e saídas do ar-condicionado para o banco traseiro.
O Opala se recusava a perder o posto de maior e mais sofisticado automóvel nacional, como atesta o colecionador paulistano Rafael Santos: “Este SL pertenceu à Polícia Civil de São Paulo: a elasticidade do motor e a quinta marcha tornam a dirigibilidade agradável, mas estabilidade e freios denunciam a idade do projeto”.
Já sem o motor de seis cilindros, o Opala SL ganhou sua última maquiagem em 1991: para-choques envolventes, grade e espelhos retrovisores redesenhados, supressão dos quebra-ventos e opção da direção hidráulica. Mesmo assim, o sedã despediu-se do mercado em 1992, sendo sucedido pelo Omega GL, que não conseguiu repetir o mesmo sucesso.
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