domingo, 6 de janeiro de 2019

Retorno do Bucentauro ao Cais do Palácio Ducal, Veneza, Itália (Il Ritorno del Bucintoro al Molo Davanti al Palazzo Ducale) - Giovanni Antônio Canal "Canaletto"


Retorno do Bucentauro ao Cais do Palácio Ducal, Veneza, Itália (Il Ritorno del Bucintoro al Molo Davanti al Palazzo Ducale) - Giovanni Antônio Canal "Canaletto"
Veneza - Itália
Museu Estatal Pushkin de Belas Artes, Moscou, Rússia
OST - 182x259 - Entre 1727 e 1729


O Bucentauro era a galera oficial de estado do Duque (Doge) da República de Veneza, na qual embarcava uma vez por ano, no dia da Ascensão, para celebrar e festa da união de Veneza com o mar.
O nome de Bucentauro provem do Veneciano, buzino d'oro (barco de ouro), latinizado durante a Idade Média para bucentaurus, nome de uma criatura hipotética mitológica similar a um Centauro, porém com corpo bovino.
Houve mais de um Bucentauro, sendo que os mais significativos registrados por historiadores e artistas foram o de 1311, o de 1449, os de 1526 e 1606 e, por fim, o maior de todos, o de 1729.
Essas embarcações eram utilizadas nos cortejos na laguna para receber as embaixadas e as mais altas personalidades da época, nas festas e principalmente no dia da Ascensão do Doge de Veneza.
O último e mais magnífico desses navios foi o construído em 1729, e tinha um comprimento de 33 metros. O barco de 1729 tinha dois níveis: a planta inferior era destinada aos remadores, com capacidade para 42 remos, cada um com 4 remadores. A planta superior era coberta com um enorme baldaquino que formava uma grande sala revestida de veludo vermelho que continha 90 assentos e 48 janelas. Essa sala era utilizada pelas maiores autoridades da República e terminava na popa com o famoso trono do Doge.
Em 1798 foi destruído na França por ordens de Napoleão Bonaparte. Finalmente, a embarcação terminou como Galera de prisioneiros. Isso foi um gesto com o objetivo político de destruir o símbolo de poder da República de Veneza, se não por cobiça para tomar todo o ouro que cobria o navio. Alguns restos ainda estão no Museu Correr na Praça de São Marcos em Veneza. Atualmente existe uma Fundação Bucentauro que recolhe fundos para reconstruir o que no passado foi a galera do Doge.

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